Eu estava louca para sair daquele hospital, e finalmente, sem demora o dia amanheceu, ou talvez eu que não tenha dormido e perdi a dimensão de dia e noite.
No caminho para casa não conseguia tirar os olhos de Lovatto, eu queria perguntar; como foi capaz? Porque faz isso com aquelas garotas?
— Amber, está tudo bem? — ela parecia se incomodar com o meu olhar, se bem que eu também me incomodaria.
Precisava ser mais discreta.
— Claro, me desculpa. Eu ainda estou meia sonolenta por conta dos remédios.
— Se quiser pode ficar na minha casa, querida. Não sei se ficar sozinha seria o melhor pra você agora, precisa descansar e eu tenho empregados ótimos a sua disposição. Sei que depois que sua mãe ficou da forma que está, as coisas andam uma bagunça e...
— Obrigado Lovatto, mas não. Na verdade tudo está em ordem, e creio que isso não seja da sua conta. Mas eu agradeço o convite e por tudo até o momento.
— Eu não quis ser rude Amber, me desculpe. A verdade é que me importo muito com sua família, talvez não se lembre mas, eu e Margô éramos muito amigas quando você era mais jovem, e então Hillary chegou para completar. Nosso grupo era como vocês, inseparáveis.
— Você e minha mãe?
— E a Hillary. Mas as coisas foram mudando, tivemos nossos filhos, casamentos, empresas, vícios — ela arranhou a garganta. Acho que se arrependeu de falar mesmo antes de terminar — Enfim, muitas coisas nos separaram.
— Você já era diretora do colégio Revensbawn?
— A verdade é que foram elas que me ajudaram a chegar lá. Venho dedicando quase trinta anos da minha vida aquele lugar, e no começo Hillary e Margô foram minhas âncoras, principalmente no financeiro — ela sorriu — Sempre serei grata a sua família. Sinto muito que sua mãe esteja nesse caminho, mas, ela vai sair das drogas.
"— Mas, com toda influência do nome Osthom na cidade creio que também sejam patrocinadores. — Disse Anitta, assistente de Lovatto."
Eu tinha medo da resposta antes mesmo de formular uma pergunta. Como eu nunca soube disso, e porque mamãe nunca me contou desse trio parada dura?
— Confesso que começaram um trabalho incrível, deve ser incrível ser a diretora do colégio mais conceituado em toda Chicago. Revensbawn possui projetos incríveis, Lovatto, sério!
— Tudo por vocês, meus pequenos brilhantes.
— Achei muito bom a inclusão de bolsistas na nossa escola. E o Empire? Foi ideia do trio ou esse projeto incrível você criou sozinha?
Lovatto mudou sua expressão e pareceu esquecer que estava dirigindo. Ela pregou seus olhos no meu, parecia saber onde eu queria chegar.
Talvez ela sabia de Olyvia, talvez ela tenha mandando matá-la, e agora sabia que eu como sua melhor amiga — pelo menos eu achava — sabia de tudo também.
Ou talvez eu só esteja dando mais espaço as paranoias da minha cabeça.
— Empire foi um dos primeiros projetos criados por Hillary, e foi um sucesso. Confesso que nenhum aluno de Revensbawn se interessou pelo projeto, digamos que vocês alunos não se importam muito com solidariedade não é mesmo? — debochou Lovatto.
— E que solidariedade o Empire tem né? Jovens sem muitos recursos ingressando em grandes universidades como Stanford, Yalle, Universade dos EUA. Uai! Tenho que confessar que isso é incrível, eu poderia ajudar em algo?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quem matou Olyvia?
Mystery / ThrillerTalvez ser o centro das atençoes não era o verdadeiro foco de Olivya. Mas sim esconder mais um segredo, ela so não sabia que o preço desse segredo seria a morte. Seus segredos dessa vez, foram longe demais e todos que estavam ao seu redor sofreram a...