Getaway Car || Percabeth AU

28.2

Quero MUITOOOO saber o que vocês vão achar desse capítulo, não deixem de me contar hein!
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📲 Annabeth

📲 Percy

Percy's POV

É um restaurante bem bacana que estamos, e posso ver que Annabeth está realmente feliz, com um brilho que não estava vendo ultimamente. Tinha um bom tempo que nós dois não fazíamos nada sozinhos, e deuses, eu me divirto muito com essa loira, agora que voltamos a passar mais tempo juntos eu percebi como senti falta. Apesar de nossas brincadeiras não serem íntimas como eram antes, afinal não flertamos mais um com o outro, dentre outras coisas que pisamos em ovos às vezes, ela ainda é uma das minhas pessoas preferidas no mundo.

— Eu realmente não acredito que ele quer o nome dele do jeito que o Stark tinha na torre dele. — dou risada, enquanto comentamos sobre o projeto que ela fechou.

— Acho que ele não sabe mais como gastar o dinheiro dele. Mas o que importa é que vai chamar atenção, e eu vou levar o crédito — ela dá os ombros, sorrindo divertida. — Obrigada por ter vindo comigo.

— É claro que eu viria, isso merece uma comemoração decente. Por isso estamos aqui, em um restaurante caro, tomando o champagne mais caro daqui, porque sua conta está super recheada agora — brinco.

— Na verdade estamos aqui porque o cliente é dono desse restaurante e eu não estou gastando um centavo nessa refeição. — ela ergue sua taça se gabando, me fazendo rir.

— Meus alunos no máximo me dão balas, os seus clientes te presenteiam com isso? — digo incrédulo.

- Pobre Percy, adorado por crianças e adolescentes que tentam do seu jeitinho serem carinhosos com o professor — ela revira seus lindos olhos cinzas, e não consigo explicar como me sinto bem vendo como ela parece leve.

Tento manter o foco apenas nisso, enquanto ignoro que essa leveza dela me deixa leve também, porque ela feliz me deixa feliz. Ignoro como ela está estupidamente linda nessa roupa social, ou como sempre que ela sorri, eu sorrio junto. Muita coisa para ignorar desde que cheguei aqui e ela se jogou nos meus braços, e eu percebi como sinto falta dela, como meu corpo estava acostumado com o seu, como eu não queria soltá-la de jeito nenhum.

Esses efeitos que ela causa em mim me faze sentir culpa, afinal, estou com a Calipso de novo. E eu imaginei que agora isso teria passado, considerando o tempo que passou. Tento manter minha namorada em mente, e no efeito que ela causa em mim, como ela é boa comigo, e que Annabeth é apenas minha amiga, que eu deveria vê-la apenas assim, como sei que ela me vê.

Quando terminamos a nossa refeição, em meio a muitas risadas, saímos juntos pela porta da frente. Percebo o exato momento que, do lado de fora, ao desviar de uma mulher parada na calçada, seu corpo enrijece. Sua postura muda totalmente, sua expressão divertida sendo substituída por surpresa, e toda a sua cor somindo.

— Mãe? — sua voz sai em um sussurro.

Viro rápido para olhar a mulher do outro lado de Annabeth, agora que sei quem é. Elas não têm muito em comum, a mulher tem cabelos escuros, rosto quadrado e lábios finos. Visualmente, para quem não conhece Annabeth, acharia que elas têm os mesmos olhos, mas eu vejo que não, longe disso.

A cor, sim, é o mesmo tom de cinza. Mas os olhos da mulher que eu sei chamar Athena são frios, absolutamente inexpressivos, ao contrário dos de sua filha, que sempre aqueceram meu peito. Uma palavra aparece na minha mente para definir seu olhar: dementador. Ela parece sugar qualquer coisa boa em mim, mas Annabeth então, a mulher parece sugar toda a existência da loira, que parece pequena e encolhida do meu lado.

— Annabeth — a mulher responde sem emoção nenhuma, enquanto seus olhos desviam para mim, depois para a filha de novo, analisando-a de cima a baixo. — Você engordou.

Meu queixo deve chegar no chão, ao mesmo tempo que fecho meus pulsos com força. Meses sem nenhum contato com a filha, e isso é a primeira coisa que ela resolve falar? Isso é algo que nem deveria passar na sua cabeça. Sinto tanta raiva que poderia facilmente jogar Annabeth nas minhas costas e arrastá-la para longe daqui.

— Eu... me desculpe. — a voz de Annabeth nem parece a dela, baixa, contida, sem força.

— Eu sabia que você não estaria se cuidado, não sem a minha supervisão, mas foi sua escolha. — abro a boca para mandar esse monstro para o inferno, dizer que é melhor ela medir bem as palavras que usa para falar com a própria filha. Faz todo sentido agora as inseguranças que Annabeth demonstra, visto que sua mãe deve incitá-las desde que ela nasceu, principalmente relacionadas a corpo e aparência. — Meu carro chegou.

Ela apenas anuncia, e sem se despedir, aguarda o manobrista sair do seu carro para ocupar o próprio lugar. E assim, ela vai embora, sem olhar para trás, como se não fosse a própria filha que tivesse encontrado, como se isso tivesse sido apenas um contratempo no seu dia.

Eu posso afirmar com toda certeza do mundo que nunca odiei tanto alguém, nenhuma das pessoas que acabaram com a minha autoestima, que brincavam com o nível da minha inteligência, ninguém chegou perto de causar esse nível de raiva em mim. A quantidade de sentimentos ruins e desejos piores ainda são tantos, que nem tenho coragem de pronunciar, pois isso faria de mim uma pessoa muito ruim e baixa.

Olho para Annabeth, aguardando sua reação, mas ela apenas encara por onde o carro de sua mãe seguiu. Imagino a dor que ela está sentindo, e meu ódio apenas aumenta. Eu só quero poder fazer algo, tirar sua tristeza e colocar em mim, convencê-la de que sua mãe só diz besteiras e ela não deve acreditar em nada.

— Annabeth... — começo.

Ela olha para mim, e seus olhos parecem distantes, opacos, tristes. Mas ela apenas suspira alto, girando a pulseira no seu braço.

— Vamos embora, Percy.

Ela apenas vira as costas, os ombros curvados, como se imaginasse que se encolhesse bem, poderia desaparecer, então começa a caminhar para o caminho contrário que sua mãe foi.

—
E AII?? O que acharam dessa super mãe? E o que vocês acham que vai acontecer de agora em diante??
Prometo que já já posto mais aqui, obrigada por quem ainda quis ler a história, mesmo um ano abandonada 💓