VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
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( CAPÍTULO VINTE E SETE )
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❛peço-lhe para que seja eternamente valente❜
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De forma ritmada, suas costas batiam para frente e para trás. As mãos envolviam uma cesta de palha, feita manualmente, repleta de pequenas frutas — morangos, amoras e dentre as espécies um único romã —, decorada com singelas flores de coloração azulada, atada à lírios tão puros quanto às intenções dos que lhe deram o adorável presente. Embora exausta, com os músculos doloridos e costas incomodadas, necessitada de um vigoroso banho com direito a ervas aromáticas e incenso das ilhas livres, a protagonista carregava em seu coração satisfação e felicidade perante os acontecimentos anteriores — dos quais marcaram sua memória.
Em busca à cumprir seus deveres como uma porta voz dos interesses do povo, uma função um tanto desconhecida à maioria dos nobres até então devido a discrição exigida pelo rei, Deianyra decidiu explorar por conta própria a vida dos plebeus mas, não apenas isso, retornando de um grandíssimo orfanato — onde descobriu os milhões de sonhos dos mais humildes aos extravagantes — seu interior despedaçava-se devido o choque de realidade, não era tola, o mundo visto de uma Castelo era deveras contrastante do lado de fora.
Frente à Aragorn, seu fiel guarda, do qual flagrou as vezes em que a loira controlou suas lágrimas, a mocinha desejava com todas suas forças deter alguma espécie de poder para melhorar a vida de crianças abandonadas. Em meio a devaneios, desapercebendo o quanto o guarda juramentada parecia refletir ao redor, muito menos ter observado suas ações com as crianças das quais os olhos brilharam ao ver uma futura rainha — parte delas acreditava que ela era uma verdadeira Deusa do Fogo.
— Se me permite a interromper...— a voz de Aragorn a despertou, arrancando um pequeno sorriso, motivando-o a continuar. Ela não saberia o que dizer diante das seguintes palavras do homem que a viu crescer: — Estou orgulhoso da senhora.
A Velaryon encarou com confusão à confissão, crendo ter ocorrido um equívoco em sua compreensão.
— Não escutou errado, Deianyra — a fala a deixou um tanto sem graça mas, o homem prosseguiu: — Disse que estou orgulhoso de você, de quem se tornou. Nunca pensei que veria uma nobre preocupada com os menos favorecidos de forma tão ativa, pelo menos não enquanto existem assuntos dos quais são considerados mais importantes do que a sobrevivência dos súditos.
