conversations and kisses

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Arthur sentia o ambiente a sua volta extremamente quente, isso era estranho, pois a varanda estava aberta e entrava uma brisa fria. O local estava meio escuro, sendo iluminado apenas pela luminária ao lado da escrivaninha e a luz da lua ao lado de fora. Mesmo com pouca iluminação era possível ver o quarto bem-arrumado de Dante sendo decorado com uma grande estante com livros, o guarda-roupa ao canto, a cama alguns centímetros afastada da varanda, a escrivaninha um pouco mais perto da porta do banheiro, o grande tapete felpudo no chão e tudo muito organizado

O moreno, até q enfim, sentiu a brisa fria quando Dante passou ao seu lado, saindo para fora da varanda e olhando para baixo

Dante notou q sua irmã e seu cunhado pareciam estar observando sua varanda a um tempo, logo Bea acenou e essa foi a deixa para Dante voltar para seu quarto e fechar a porta de sua varanda

– certo – o loiro dizia caminhando lentamente até a frente de Arthur e cruzando os braços – oq vc descobriu de tão horrível q está tão nervoso para me contar?

– como assim "oq eu descobri"? – Arthur dizia um pouco intrigado de como Dante havia chegado em tal hipótese

– você simplesmente chegou pra mim do nada, falando q precisava conversar e q vc tinha descoberto algo q era pessoal meu e q vc não deveria, eu não entendi muito bem, vc tava falando muito rápido – o loiro explicava enquanto andava de um lado para o outro

– ah, sobre isso...– Arthur dizia e abaixava um pouco sua cabeça

– vamo lá, dependendo do q é, uma hora ou outra eu provavelmente iria te contar, talvez fosse demorar mais do q o esperado, mas...– Dante tentava amenizar a situação e tentava não parecer ansioso, mesmo a ansiedade estando lhe matando por dentro

– eu fui à delegacia e eu meio q descobri o negócio do seu histórico e do acidente – Arthur ainda se mantinha de cabeça baixa e começava a brincar com um dos botões de sua camiseta

– ah...– Dante tinha um tom triste e aliviado em simultâneo, poderia ter sido pior

– eu sei q eu não deveria, mas o Luciano acabou citando q te conhecia e sem querer ele meio q me falou sobre seu histórico aí eu q tava tão curioso q eu nem pensei direito – Arthur dizia chateado consigo mesmo por ter feito algo tão estúpido

Dante ficou alguns segundos em silêncio e logo se agachou na frente do moreno, colocando suas duas mãos apoiadas no colo do mesmo

– eu entendo, acho q também faria o mesmo – Dante deu uma pequena risada sem graça – pensa comigo, um delegado chega pra vc e fala q um amigo seu já foi detido muitas vezes, é claro q vc ficaria curioso – o loiro lentamente retirava a mão do colo de Arthur e colocava no rosto do moreno – não precisa ficar com medo de eu ficar bravo ou qualquer coisa do tipo e como eu disse, uma hora ou outra eu iria te contar! – ele sorria fraco

– eu sei, mas eu não deveria... – Arthur ainda não conseguia olhar nos olhos de Dante por pura vergonha da burrice q fez

– eu admiro q vc entenda seu erro e q tenha tido coragem de admiti-lo, mas não precisa se culpar por isso, ok? – Dante tinha seu tom calmo e aconchegante, ele realmente não estava bravo, mas sim feliz por Arthur ter lhe dito a verdade

– não está com raiva, com ódio, bravo ou sla? – Arthur perguntava preocupado

– eu nunca ficaria com ódio de vc Arthur e não, eu não estou nenhum pouquinho bravo – Dante acariciava o rosto do moreno

– eu tenho uma pergunta sobre o acidente...– Arthur dizia agora olhando nos olhos do loiro, aquele olhar q era sempre tão claro e brilhante, estava turvo e escuro, propício para um afogamento

tão diferentes, mas tão Iguais (danthur)Onde histórias criam vida. Descubra agora