Arthur estava parado na estrada vazia, fazia um tempo q ele n passava por alí desde aquele dia
era desconfortável olhar em volta, as marcas de giz branco q um dia estiveram alí, já n estão mais, as motos amassadas e faltando pedaços tbm já foram retiradas do local, a única coisa q sobrou foram as pequenas lápides simbólicas do outro lado da rua e ele as encarava com um sentimento angustiante em seu peito, algo q ele n sabia explicar
talvez fosse raiva, ele sempre disse ao seu pai q aquilo n era uma boa ideia e q ele deveria parar com esse esquema de gangue
talvez fosse saudade, ele nunca havia ficado tanto tempo assim longe de seu pai e em pensar q ele ficaria mais o resto da sua vida sem ele...ele tinha mil e um sentimentos naquele momento, mas nenhum deles conseguia ser ou se parecer com a aceitação, aceitar q seu pai n estava mais lá e q nunca mais estaria, o cérebro de Arthur gostava de fingir q seu pai estava de férias e q ele voltaria em algum momento, mas ele n ia voltar, ele sabia q ele nunca mais voltaria
doía saber aquilo, doía mais ainda se lembrar daquela noite
flashs de luz se iniciavam na sua memória, ele n se lembrava oq aconteceu antes daquele dia, literalmente nada q aconteceu naquele ano antes do acidente, aquilo tomou conta da sua cabeça e se revivia nos piores momentos
em silêncio Arthur fechou os olhos e deixou sua mente o machucar mais uma vez
_____________________________________________
sentado em uma cadeira do lado da bancada do bar, onde Ivete comandava as bebidas, Arthur estava rodeado de amigos, tocando uma melodia leve em sua guitarrao bar estava prestes a se fechar, por esse motivo ele estava mais vazio q o normal, as pessoas lá eram todas conhecidas e amigas de seu pai, mais especificamente da sua "gangue de motoqueiros"
eles estavam prestes a sair do local, Arthur lembra de seu pai falar algo sobre verificar o gerador dos frizers e dito e feito, quando seu pai voltou, o mesmo anunciou o término do expediente do bar
as cadeiras e mesas já recolhidas estavam ao canto, Ivete ainda atrás do balcão certificava-se q tudo estava na geladeira e q n havia se esquecido de nada, já Arthur e alguns outros rapazes fechavam e trancavam as portas e janelas do bar, nunca se sabe quando alguém iria querer invadir o local
com ajuda de todos, o bar foi fechado rapidamente, dando espaço para se pai dar seu discurso motivacional q ele dava sempre aos finais do dia
– Olhando para cada um de vocês, sinto um orgulho tão grande que chega a encher o peito, tchê! – alguns deram uma pequena risadinha pelo ênfase no típico "tchê" – Sei q nesses últimos tempos, tudo anda bem difícil e mesmo assim vocês sempre estiveram ao meu lado, me dando todo apoio possível – Brulio fazia uma pausa lenta para respirar e buscar mais palavras em seu subconsciente – vcs sabem q n é só de consideração q se constrói uma família, é com união, respeito e um tanto de força nas bombachas que enfrentamos as lides do dia a dia. – Arthur percebeu q seu pai parecia mais sensível naquele dia, talvez tivesse acontecido algo, ou ele apenas estivesse um pouco emotivo de mais – quero q vocês saibam q cada um de vocês tem um taura no peito, um coração forte e guerreiro q me enche de orgulho todos os dias e q sempre me lembra o pq de eu ter escolhido vocês como membros da minha família. Nessas batalhas da nossa vida, é o nosso amor como família q nos matem firmes e nos levam pra frente, por isso q nós, Gaudérios nunca desistimos e nunca deixamos a família para trás, sei q tá sendo um tempo um pouco difícil, algumas pessoas perderam entes queridos, outras tiveram q se mudar, mas bah! N é isso q vai nos abalar, nós temos uns aos outros e até depois da vida estaremos sempre juntos – todos em volta olhavam para Brulio com muito carinho, o homem q dava medo em metade Carpazinha estava alí, quase chorando enquanto discursava sobre o quanto amava sua família, Brulio poderia ser um homem grande, mas seu tamanho equivale ao tamanho do seu coração molenga – Aqui, entre uma Harley e um whisky inglês, somos muito mais q amigos e mais do que família, somos parceiros de alma e coração. Então, não me canso de dizer, obrigado, do fundo do meu peito velho e rabugento, por serem vocês a razão do meu orgulho e o motivo de todos os dias eu me levantar e sentir o prazer de estar vivendo – assim q Brulio terminou seu discurso todos os outros no bar gritaram e deram assovios, Arthur olhava para seu pai com amor, tanto amor e carinho q ele nem conseguia explicar
VOCÊ ESTÁ LENDO
tão diferentes, mas tão Iguais (danthur)
Fanfictudo pode dar errado em um romance adolescente quando se é novo na cidade e encontra um belo loiro encantador q tem uma certa fama de certinho, mas ninguém sabe exatamente sobre seu passado (Ib de personagens: Cellbit/Rafael Lange, Ordem Paranormal)