Capítulo 3 'O destino embaralha as cartas, e nós jogamos'

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Capítulo 3

'O destino embaralha as cartas, e nós jogamos'

Carolina voltava mais um dia de sua rotina de trabalho na 'Fazenda Robles', a patroa chegava e examinava todos os animais pendentes, organizava as próximas visitas, além de ser super requisitada, já que era vista como a 'manda chuva' daquela localidade, faz muito tempo que Carolina Robles deixou de ser a 'filha do patrão' e passou a ter autonomia dentro daquela fazenda, primeira mente porque os empregados que ali estavam, gostavam muito da sua pessoa, não se podia dizer o mesmo de Jorge Robles, que nunca despertou a confiança de seus empregados, porque nunca fez questão de tratá-los bem, mas Carolina era diferente, batalhadora e gente boa, era elogiada por 10 entre 10 pessoas que conviviam com ela.

Parecia não haver defeitos naquela mulher tão segura e cheia de si, amava a vida, amava a fazenda, e sobre tudo, amava o peão Rodrigo Aguiar, eles se conheciam há muito tempo, e nunca se desgrudaram, a paixão despertou entre os dois amigos de infância, era difícil de se imaginar alguma coisa que pudesse separar os dois, as pessoas da fazenda achavam que um tinha nascido para o outro, mas o destino as vezes gosta de embaralhar tudo, só para ver como a vida caminha.

- Lurdes, Lurdes! Chamava Carolina, a sua babá de infância, que sempre esteve presente na sua vida.

- Sim, senhorita Carolina!

- Me falaram que você estava me chamando, eu queria saber pra quê?!

- Bom, hoje é noite de lua cheia minha menina, e você sabe como é a tradição!

- Você e suas crenças, já te disse que não acredito em nada disso!

- Menina Carolina, não seja incrédula, lembre-se que a previsão da morte da sua mãe se cumpriu!

- Nem me fale isso, só de lembrar tenho arrepios!

- Então, o que que custa menina Carol! Deixe eu ler a borra do café! Vamos ver o que tem no seu futuro!

- Não é difícil de prever, tem a fazenda, tem você, tem todo esse povo trabalhador, e tem o meu amor, Rodrigo!

- Cuidado menina Carol, as vezes o destino gosta de brincar com a gente!

- Não seja boba Lurdes, tudo vai acontecer como eu te disse!

- Então deixa eu ler a borra, você sabe que eu faço isso há muito tempo, desde o tempo que eu era uma menina, quando a minha avó lia a borra da patroa dela!

- Tudo bem Lurdes, não quero contrariá-la, sabe que eu gosto muito de você! Vou ceder aos seus caprichos!

- Então vamos entrar menina Carol, que se aproxima uma tempestade...

Diz Lurdes misteriosamente... Carolina olha o tempo e diz:

- Mas o dia está ensolarado Lurdes, acho improvável que chova.

- Mas o tempo é como a vida menina Carol, quando se pensa que ela está prestes a ficar ensolarada, vem uma tempestade que não se esperava, e derruba tudo, pra se construir depois, os mistérios e os segredos da vida, quem pode um dia desvendar?!

Carolina entra na cozinha, onde as outras empregadas preparavam o lanche dos peões, todas estavam a espera da previsão de Lurdes para Carolina, todos os meses esse momento era como uma novela, sempre havia uma revelação, Lurdes já havia acertado sobre a morte da mãe da veterinária, e desde lá, todos temem suas 'leituras da borra do café'.

Gigi, uma das empregadas, fica espantada quando dona Carolina chega a cozinha, ela não gosta muito das previsões de Lurdes, na verdade Gigi morre de medo.

O CEO e A Esposa Comprada: (Lorenzo - O Jogador) Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora