Bandana Boys | Jikook

6. O ataque do Capitão

Para o ataque, os jogadores devem assumir suas posições, armando a jogada de forma organizada sem perder o controle. Normalmente, tanto no basquete como em qualquer outro esporte, a uma estratégia chave para atacar.

Taehyung era a nova peça –chave de Jeongguk, estava do seu lado. Mas às vezes, as peças simplesmente não condizem com seu jeito de jogar, e tudo pode acabar dando errado.

Taehyung estava parado na cadeira apenas retirando os nós dos seus pompoms vermelhos, enquanto sentia Jimin prender a bandana preta e branca, atípica, em sua testa. Em jogos não oficias eles gostavam de trocar as cores, já que no cotidiano utilizavam de uma azul e outra vermelha. Jimin também puxou os cabelos compridos de Taehyung e o amarrou, já que hoje era um dia importante. Colocaram meias de esportes até a canela, regatas finas e bermudas supreme. Tudo para um visual incrível na primeira disputa do acampamento.

— Você está pronto? — Jimin perguntou conferindo o próprio reflexo, amassando seus cachos loiros em frente a testa enquanto Taehyung confirmava com a cabeça, lhe alcançando os pompoms azuis.

— Hyung, eu estou nervoso. — Taehyung segurou as duas mãos de Jimin e o beijou na testa, entre a pele e a bandana.

— Vai dar tudo certo, pare com isso, você sabe que é o melhor. E eu não falo isso porque sou seu amigo. Você é tão confiante para outras coisas, queria que fosse para o seu talento também.

Os dois seguiram lado a lado até encontrarem Jisoo e as outras garotas na parte de fora. As quatro elogiaram as roupas dos animadores e eles fizeram o mesmo, observando as saias pregadas rosa e preto da PinkUp.

— Vocês estão sabendo? Não vai ser nas quadras de concreto, vai ser no ginásio dessa vez. Os jogadores de 1987 estão aí para ver nossas apresentações. Eu estou tão nervosa! — Jennie começou a falar apressada tamanho seu nervosismo e Taehyung a abraçou.

— Eu também! Não acredito que vai ser no ginásio. Jimin hyung, eu sou melhor em quadras de cimento. — O acastanhado pareceu aflito e Jimin revirou os olhos, segurando sua mão.

— Eu já disse, Tae. Confia em mim. Nós todos vamos conseguir. — Taehyung concordou diversas vezes com a cabeça e seguiram o caminho até o espaço fechado.

O lugar estava uma confusão. Eram tantas cores, uniformes diferentes, saias pregadas e pompoms brilhosos. Os gritos eram contínuos e para onde olhassem encontravam garotas alongando e dando piruetas.

Os dois animadores caminharam até o espaço reservado no piso lustrado e trocaram olhares.

— Que os deuses dos pompoms de torcida nos guiem! — Jimin falou animado, enquanto Taehyung sorria fraco. — Não seria legal? Os pompons se mexendo sozinhos — Jimin riu. Taehyung sabia que ele estava falando coisas sem sentido apenas para ajudá-lo a não tremer de ansiedade.

Taehyung tinha um pouco de medo antes das apresentações. Ele ainda era metido, prepotente e exibido, mas sempre sentia um friozinho na barriga antes de pisar em quadra. Quando era sua vez, seu desempenho era excelente, mas até lá ficava um pouco nervoso. Jimin tinha o lance com as mãos, ainda só ficava seguro quando estavam de mãos dadas, mas ainda assim gostava da sensação de concorrer. Jimin parecia pleno demais, mas a verdade é que como todo líder de torcida, ele também gostava de ser o melhor. A insegurança chegava para ambos, a performance era o que importava.

E toda sua dedicação e horas de treino seriam compensadas hoje, em um passe para a próxima fase.

Jimin respirou fundo e espichou os braços para cima, erguendo uma de suas pernas junto e a segurando entre o braço esquerdo, alongando-se de olhos fechados. Tentava mentalizar coisas boas em meio a toda aquela gritaria. Eles já eram os diferentes dali. A única dupla. Era só mostrar para o que vieram.