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Eu estava no corredor do hospital faz exatamente 1 hora que eu esperava por ele. Eu nunca tinha pensado em perder o meu amor, e eu não vou pensar nisso, eu quero ele bem e aqui comigo.
Eu já não era a mesma desde da última vez que me vi com ele, eu estou com maquiagem simples borrada e cabelo bagunçado, meus olhos já estavam inchados de tanto chorar, nessas horas sempre vem o pior na mente e por mais que eu não quisesse pensar no pior era meio impossível, eu ter visto ele dessa maneira, com sangue dói tanto.
Vejo um médico vindo em minha direção e o mesmo diz
"Familiares de Gabriel Barbosa Almeida?" -Ele fala, ele parece cansado. Ainda tenho esperanças de que ele possa dizer "Ah ele tá bem, entre e fale com ele"
"Ah, oi doutor, eu sou a melhor amiga dele, como ele está?" -Tento não deixar transparecer o meu medo em minha voz mas falho. Melhor amiga? Isso eu já não era a anos.
"Olá, eu sinto muito nós tentamos de tudo, ele forte e ainda continuou acordado por alguns minutos e chamou por "Laura" mas ele não resistiu e veio a óbito, sinto muito senhorita." -Quando ele termina de falar é como se tivessem atirado em meu peito, como aquele Gabi daquele dia, feliz, que brincava comigo está morto? É impossível de acreditar. Eu não estava lá quando ele me chamou...
Sinto uma pequena pontada do meu peito e me ajoelho no chão chorando, era como se uma parte de mim estivesse simplesmente morta. E estava.
Minha aparência não estava nada boa e agora deveria está pior.
Minha respiração estava acelerada, eu soluçava, minhas mãos estavam trêmulas eu não conseguia me conter eu levava minhas mãos ao meus cabelos apertando com força tentando amenizar a dor que eu sentia, mas foi em vão eu sentia minha cabeça latejar e aquilo tudo só pararia, se eu estivesse com ele.
Meu nervosismo tomou conta de mim, minha respiração está descontrolada, sinto minhas mãos gélidas, se fosse outra pessoa que tivesse no lugar do meu garoto. Ele estaria comigo. Mas não, ele está morto.
Sinto o ar gélido sobre a minha pele fazendo eu me arrepiar me lembrando de que ele estaria aqui comigo, me abraçando e dizendo "Laurinha, vamos assistir a nossa série lá?"
Eu lembro também que costumávamos roubar as bebidas dos seus pais e subir no telhado e conversar sobre nosso futuro como se soubéssemos de algo, mas eu nunca planejei que um dia eu estaria perdendo você
Em uma outra vida, eu seria sua garota nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo
Em uma outra vida, eu faria você ficar, mesmo eu querendo que você ficasse aqui, agora comigo. Para sempre
