Capítulo 31

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As garotas se beijavam com afobação enquanto um filme qualquer rodava na televisão. Deena mal podia respirar, mas se negava a parar de beijar Sam. A garota gemeu baixinho quando Sam arrastou as unhas em suas costas por baixo da blusa e não resistiu em apertar com vontade a cintura de sua namorada, acariciando a barriga lentamente.

-- Dee, por favor... -- Sam sussurrou em um choramingo, enquanto Deena desceu uma trilha de beijos ao longo do pescoço da garota.

Deena queria, Sam queria, então por que não? Foi o pensamento impulsivo de Deena que a fez deslizar sua mão para dentro da calça de moletom que Sam usava, a acariciando por cima da calcinha. Ela ofegou quando sentiu o quão úmida a calcinha da garota estava.

"Não vou fazer nada além de ajudá-la. Não vou ir mais além." Repetia em seu interior como um mantra.

-- Isso é bom... -- Sam gemeu baixinho, abrindo inconscientemente as pernas e fechando os olhos para desfrutar do toque de Deena.

-- Eu vou te ajudar a parar a vontade, está bem? -- Deena murmurou, vendo Sam assentir e voltar a colar as bocas.

Os dedos de Deena começaram a massagear o clitóris de Sam por cima do tecido, fazendo a garota se contorcer abaixo de si.

-- Dee, isso é muito gostoso... -- Sam gemeu, mordendo o lábio inferior de Deena para abafar um gemido alto. Deena acelerou os movimentos, sentindo as unhas de Sam se arrastarem em suas costas.

-- É? -- Deena perguntou, quase explodindo em sua própria excitação.

-- Sim, você está se aproveitando de mim. Todos sabem disso. Você é uma aproveitadora de inocentes.

Aproveitadora.

Aproveitadora.

Os olhos se abriram e Deena se sentou na cama, olhando tudo em volta. Maldito pesadelo dos infernos!

Sentiu o desconforto em sua intimidade e se levantou, trancou a porta e voltou a se deitar. Fazia quatro fins de semana desde o primeiro que Sam havia ido em sua casa e desde então não conseguia parar de se excitar com simples toques ou a ter aqueles sonhos onde Sam ou Dani a acusavam de ser aproveitadora.

Ela sabia que não era, mas sabia que estava há tempo demais sem ter um orgasmo. Provavelmente era por isso que estava tão frustrada ultimamente. Isso acabaria ali, pensou.

Deena retirou sua roupa e olhou no relógio, em menos de uma hora ela teria que ir buscar Sam, era uma rotina de seus fins de semana elas passarem ali, juntas, enquanto no meio de semana Deena iria visitá-la em sua casa pelas manhãs, afinal suas aulas práticas haviam voltado.

A garota suspirou e focou em Sam: Não seria errado se masturbar pensando nela agora, seria? Afinal ela não era mais tão inocente naquele assunto e já havia deixado claro para Deena que se excitava com ela. Tal pensamento fez Deena descer uma mão até sua clavícula e acariciar a região, descendo-a até seus seios. Seus dedos indicador e polegar se fecharam contra o bico entumescido e ela o apertou levemente, enquanto sua outra mão escorregava por sua barriga até alcançar seu clitóris.

Ela não precisava de muito, estava completamente excitada e, por isso, começou a massagear o nervo rígido, lembrando dos beijos quentes que já havia trocado com Sam, lembrando da maciez da pele da garota, da suavidade do toque dela contra seu corpo. Ela arqueou a coluna quando sentiu que estava perto.

Doce céus, quanto tempo não experimentava a sensação. Seu centro pulsava em clamor a um orgasmo quando Deena introduziu dois dedos em seu interior, gemendo baixinho com a sensação avassaladora que dominou os seus sentidos.

Ela começou um delicioso movimento de vaivém e, com o polegar, acariciava seu clitoris. Acelerou os movimentos quando sentiu que estava na borda, seu corpo já estava suado pelos movimentos rápidos e graças ao calor que a inundava, mas não estava sendo o suficiente, então apertou seu seio com mais vontade e retirou os dedos de dentro dela, os levando completamente encharcados até seu clitóris e começando a massagear o nervo com os dedos que antes estavam em seu interior. Ela gemeu ao sentir o quão molhada estava e acelerou ainda mais, aplicando mais pressão.

Estava chegando.

Estava chegando.

Podia senti-lo.

Todavia, batidas na porta a fizeram pular assustada.

-- Quem é? -- Deena perguntou, sentindo a frustração e o mau humor inundarem cada célula de seu ser.

-- Sam e Dani estão lá embaixo. -- Simon gritou de volta, fazendo Deena estranhar. Era sempre ela que ia buscar Sam.

-- Avise-as que vou tomar um banho bem rápido e em um segundo já desço. -- Disse, recolhendo suas roupas do chão. -- E diga para ficarem à vontade. -- Avisou por fim, indo em direção ao banheiro.

Ela não conseguiria terminar o que havia começado, nunca funcionava por pressão, então nem se daria ao trabalho de tentar.

[...]

-- Oi, coisa linda. -- Deena disse assim que desceu da escada, dando um selinho em Sam, afinal Dani já havia se acostumado, porque Sam se recusava a ter uma despedida sem um beijinho decente, como costumava chamar. -- Olá, Dani. -- Deena disse, dando um beijo no rosto da mulher.

-- Olá, criança. -- Dani respondeu gentilmente. -- Não precisa fazer essa cara, só vim porque Sam alegava estar com saudades e queria te contar a novidade. -- Falou rindo ao ver a expressão preocupada no rosto de Deena.

-- Novidade? -- Deena perguntou confusa, mas paralisou ao ver Sam se levantar do sofá e caminhar pela sala. Seus olhos percorreram o ambiente à procura das muletas, mas não as encontrou.

-- Oh meu Deus... -- Ela disse incrédula. -- Eu estou... Estou tão feliz. -- Deena exclamou, vendo Sam se aproximar dela e tocar seu rosto delicadamente.

-- Por que está chorando, Dee? -- Sam perguntou, enxugando uma lágrima do rosto de Deena.

-- Porque a minha namorada está complemente bem e isso faz muito feliz meu coração. São lágrimas de alegria, sua boba. -- Deena explicou, colando sua testa na de Sam.

-- Agora eu vou poder descer as escadas e preparar nosso café da manhã igual você faz para mim. -- Sam disse sorrindo.

-- Deena será que podemos conversar um momento antes de eu ir? -- Dani perguntou e Deena assentiu.

-- Claro, como está? -- Deena perguntou, dando um selinho em Sam e acenando com a cabeça para Dani a seguir até a cozinha. -- Eu estava pensando, se você quiser vir passar os domingos com a gente eu ficaria muito feliz. Não gosto da ideia de te deixar sozinha por um fim de semana todo.

-- Sam anda exigindo uma certa liberdade normal para sua idade, prefiro não atrapalhar. -- Dani disse sem jeito, se ajeitando em uma das cadeiras dali. Deena imitou seu movimento e também se sentou.

-- Imagina, Sam adora sua companhia e eu também. Não se preocupe com isso. -- Deena disse, segurando a mão da mulher.

-- Acredito que precisem de um momento de privacidade e, bem... -- Ela limpou a garganta. -- Meu limite de constrangimentos foi muito ultrapassado, então estou bem com isso. -- Replicou rindo e Deena assentiu.

-- Bem, sobre o que queria conversar? -- A mais nova perguntou.

-- Sobre, hm, vocês. -- A mulher disse envergonhada. Deena arqueou uma sobrancelha. Sobre elas? O que Dani teria para falar, afinal?

Em Um Piscar De Olhos- sᴀᴍᴇᴇɴᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora