Capítulo 49

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Penúltimo capítulo.

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O sol forte do verão já dava suas caras e exatamente por tal acontecimento que Deena estava estirada em sua toalha de banho, enquanto tomava sol. Ela usava seus óculos de sol e um biquíni vermelho. Seus olhos estavam fechados enquanto ela desfrutava da sensação de um domingo tranquilo.

Sua namorada estava na água, brincando de guerra de água com sua mais nova amiga Ziggy. Haviam ido juntas à praia e combinaram com o restante dos amigos de Deena, que logo estariam ali.

Sam havia começado a frequentar diversos cursos. Ela estava determinada a realmente começar a escrever livros e não abandonaria seu sonho. Ziggy frequentava as aulas de um desses cursos e assim se conheceram.

A garota era linda, sexy, educada e bissexual. Tinha todos os requisitos para Deena poder se remoer de ciúmes.

Mas não acontecia isso.

Pelo contrário, ela confiava na garota. Ela é respeitosa e jamais faltou com respeito a Sam ou sequer a olhou de forma diferente. Deena estava bem com isso e por isso não se preocupava em sua namorada estar usando um biquíni preto sexy e estar se divertindo com outra.

-- Amor. -- Sam chamou, se jogando molhada em cima de Deena. A maior arfava por ter corrido desde a água até a areia, que é onde Deena estava.

-- Oi. -- Deena disse, se sentando.

-- Ziggy disse que mandou uma cópia dos dois primeiros capítulos que escrevi para uma editora e eles querem que eu mande o material completo em três meses. -- Sam disse e Deena sorriu animada.

-- Acha que consegue? -- Deena perguntou e Sam assentiu, se ajeitando no colo de Deena. -- Estou tão orgulhosa. -- Deena disse abraçando o corpo molhado sobre si. -- Me deixa ler? Não acredito que deixou Ziggy ler. -- Deena disse rindo.

-- Sou prioridade no mundo literário, Dee Dee. Aceite. -- Ziggy disse rindo, se jogando na areia.

-- É sobre um casal que se conhece na prisão. -- Sam disse. -- Mas as cenas de amor eu faço todas pensando em você. -- Sam disse e Deena sorriu.

-- Quero ler. -- Deena disse, deixando um bico dengoso invadir seu rosto.

-- Vou deixar só porque sou muito, muito boazinha, está bem? -- Sam perguntou e Deena sorriu assentindo.

-- Está mais do que bem. -- Deena disse, sentindo Sam lhe dar um selinho.

-- Mas então, Ziggy, você viu só que minha namorada está ficando com marquinha do biquíni? -- Sam perguntou e a outra olhou.

-- Vi, mas sinceramente aquela garota gostosa se aproximando chama mais a minha atenção. -- Ela disse, tendo a atenção presa em alguém.

-- Boa sorte. -- Deena disse baixinho ao ver de quem se tratava. -- Ela está conosco e se chama Sheila.

-- E aí, doida. -- Simon disse se jogando na areia. -- Cadê as cervejas?

-- O Tommy vai buscar, não vai? -- Deena pediu piscando os olhinhos e o garoto suspirou.

-- Só se me disser quem que é essa ruiva linda do seu lado. -- Ele disse sorrindo e Deena riu.

-- Desiste. -- Deena avisou e Thomas negou com a cabeça.

-- Puta merda, eu só conheço mulher casada, que namora ou tá em rolo com alguém. -- Thomas disse indignado. -- Mesmo assim é um prazer, moça. -- Ele disse a ela. -- Vou comprar as cervejas. Alice e Cindy, vêm comigo porque só tenho duas mãos.

-- Vamos lá, fracote. Não presta para fazer nada sozinho mesmo. -- Alice disse batendo na bunda do garoto.

-- Estou adorando essa marquinha. -- Sam sussurrou no ouvido de Deena e a menor mordeu o lábio inferior.

-- Em casa eu tiro o biquíni para você ver ela melhor. -- Deena sussurrou de volta e Sam suspirou.

-- Acabou a praia. É hora de irmos. -- Sam disse e Deena riu alto.

-- Não, senhorita. Saiba esperar. -- Deena disse e Sam assentiu desanimada. Deena, de repente, estranhou o fato de Sheila estar conversando animadamente com Ziggy, que acabara de conhecer, enquanto Simon estava sentado ao lado de Deena quieto. -- Não estavam ficando? -- Deena sussurrou para seu amigo.

-- Não mais. Eu vou me juntar com o Thomas. -- Simon falou sorrindo, se deitando na toalha que havia estendido após retirar a camisa.

-- Hey, princesa... -- Deena chamou, ganhando a atenção de Sam para si. -- Seu aniversário é em poucos dias.

-- Sim. Vou ter idade para ir para as baladas com você e beber enquanto a gente se pega no meio da pista de dança. -- Sam disse enlaçando seus braços pelo pescoço de Deena.

-- Você anda lendo muito livro. -- Deena disse e Sam assentiu. -- O que quer ganhar de presente?

-- Pode ser um ursinho chamado Leo que seja considerado nosso filho? Ah não, espere! Já tenho esse. -- Sam brincou e logo sorriu. -- Eu não preciso de nada, Dee. Eu já tenho você na minha vida, o curso que eu quero, meu livro tem grandes chances de ser publicado...

-- Mas não tem nada que queira? -- Deena perguntou e Sam pensou um pouco.

-- Na verdade tem.

-- O quê?

-- Você na minha vida até ficarmos bem velhinhas. -- Sam disse e Deena fitou como o reflexo do sol atingia os olhos azuis.

-- Pois eu também quero isso e se depender de mim vai ser assim mesmo.

-- E dois ou três filhos para eu poder contar estórias igual você fez comigo.

-- Oh, vai roubar minhas estórias? -- Deena perguntou fingindo aborrecimento.

-- Não, vou criar as nossas. -- A menor suspirou e abraçou a cintura de sua namorada, apoiando o queixo um pouco acima de seu busto.

-- Amar você me ensinou tantas coisas, sabia? -- Deena perguntou e Sam a olhou compenetradamente. -- Aprendi a me conhecer; descobri que, apesar de desastrada, consigo lidar com situações que exigem equilíbrio emocional; Aprendi a ser mais paciente; percebi que ter a memória ruim me serviu para confundir os quartos e entrar no vinte e três. -- Deena disse rindo ao se lembrar daquilo.

-- Engraçado que você é ruim de memória, mas nunca esqueceu o número do quarto que eu estava. -- Sam disse brincalhona e Deena sorriu abertamente.

-- A gente nunca esquece o número do bilhete premiado que tem como recompensa o amor da nossa vida. -- Sam sentiu milhares de flores crescerem em seu interior ao ouvir aquilo

-- Tem razão. -- Sam respondeu. -- Eu nunca esqueci da sua voz ecoando na minha cabeça quando eu sequer havia acordado ainda. Talvez os quatorze anos em coma, de alguma forma, foram meu bilhete premiado, porque me fizeram chegar até você. -- Sam disse e Deena sentiu seu coração bater loucamente em seu peito. -- Aliás, te trouxeram até mim.

-- E o que vento nos trouxe ninguém mais leva de volta. -- Deena disse e Sam sorriu, sentindo o vento da maresia esvoaçar seus cabelos, mas não importava a bagunça que estivesse por fora, por dentro tudo estava intacto. Era como se o interior de sua alma fosse um museu, completamente dedicado à Deena Johnson.

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Agora falta o último capítulo e o epílogo.

Em Um Piscar De Olhos- sᴀᴍᴇᴇɴᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora