- 𝐏𝐫𝐨𝐥𝐨𝐠𝐨

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Kaella e Aemond, nascidos em 110 d.c nas Terras da Coroa.

"Nós nascemos e iremos morrer juntos, issa jorraelagon"— meu amor

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"Nós nascemos e iremos morrer juntos, issa jorraelagon"
— meu amor

A tempestade cercava a Fortaleza Vermelha na noite em que Alyssane e Alicent davam a luz aos seus queridos bebês. Podia-se ouvir os gritos de ambas a quilômetros de Westeros.

Os trovões e raios caiam em sintonia aos gritos das mulheres, gritos que horas mais tarde deixariam a garganta delas secas e arranhadas. O corpo delas ficariam doloridos por andar em seus quartos em busca de conforto e uma boa posição para a saída de seus filhos. Hematomas fortes seriam deixados em seus corpos que demorariam meses para voltar ao normal, assim como o formato de suas curvas.

Os deuses não foram piedosos com elas.

Mas por que isso importaria? Elas já estariam com as suas lindas crianças de cabelos brancos em seus colos. Herdeiros lindos, montadores de dragões enormes, que elas esperavam impacientemente que saissem de seus ventres.

Mulheres nasciam destinadas a fazer o melhor para ter uma família bonita e grande. Este era o preço de carregar um ventre.

Empregadas passavam a cada segundo com toalhas e água quente para confortar sua rainha e sua lady. As duas sangravam muito, o parto não foi fácil. O sangue que caia no meio de suas pernas era como se fosse a chuva caindo fora de seus aposentos. Eram iguais, na verdade.

Diferente de Alicent, que havia sangue cor carmesim, Alyssane estaria botando para fora um líquido preto, como se uma maldição estivesse sendo concretizada. A mulher se colocou nessa posição por estar infeliz com a sua gravidez e lançar duras palavras durante o crescimento da criança em sua barriga. Palavras que os Deuses escutaram detalhadamente.

Mas tudo ficaria bem, pelo momento ser tão difícil, elas sabiam que iriam dar a luz a grandes guerreiros que poderiam contar histórias sobre como seu nascimento influenciou em seu caráter forte.

Ambas colocaram suas últimas forças tentando tirá-los de dentro. Os gritos cessaram e os trovões pararam. As crianças iriam nascer juntas, no mesmo horário e dia. Isso seria um motivo de grandes laços no futuro.

O silêncio retornou à corte e todos que estavam nela se entreolharam. Esperavam ouvir gritos radiantes e fortes de crianças. Cada segundo que passava era uma agonia para aqueles que escutaram o barulho de dor a noite toda, se acostumar com o silêncio não foi fácil.

O primeiro choro foi ouvido, e todos bufaram de alívio batendo palmas e agradecendo aos deuses pelos príncipes terem sobrevivido ao parto. Alicent tinha dado à luz a um belo menino.

Ao invés de um barulho fino e agonizante que os bebês soltavam, ouviram apenas o grito da Lady Alyssane saindo de seus aposentos. Um grito de raiva e desprezo.

— Tire isto de perto de mim! — a mulher de cabelos claros, assim como sua irma Aemma, ordenou aos gritos, ainda com os fios desgrenhados pelo parto.

As criadas ficaram em choque, qual a razão de uma própria mãe estar tratando sua pequena criança deste modo?

Retiraram o minúsculo ser que estava no colo de sua mãe e levaram para uma pequena cômoda.

O bebê não nasceu chorando por estranheza ao chegar em um novo mundo, o pequeno ser humano sorriu com seus dentes ainda não nascidos para as mulheres que estavam olhando atenciosamente para ele.

Com todo cuidado do mundo, uma delas molhou sua mão em uma bacia de água e levou para o rosto da criança, retirando o sangue, depois para a barriga e chegou na parte em que descobriria se seria um belo príncipe, ou uma linda princesa.

A mulher entendeu o motivo do desprezo da Lady. A pequena era uma menina de cabelos escuros. Com as bochechas mais gordinhas que já haviam visto em uma criança, a pele tão pálida que seus dedinhos e nariz eram vermelhos. Era um ser adorável.

Cadê? — ele olhou ao redor do quarto — preciso ver minha nova criança — o príncipe continuou adentrando o quarto com a voz contagiante, ansioso para ver sua filha.

Sem pensar duas vezes o homem pegou a criança, seus olhos se prenderam na perfeição que estava em seu colo. Ele balbuciou o bebê em seu colo, se apaixonando a cada segundo.

Mesmo quando soube que era uma menina, ele não deixou sua feição cair, continuou amando sua querida filha. Seu desejo era um menino, mas como poderia odiar um ser tão lindo?

Diferente de seu marido, Alyssane odiou a criança desde o segundo em que foi apresentada para o mundo. Mesmo sem culpas, a menina carregaria o ódio de sua mãe pelo resto de sua vida.

"Você apenas me odeia por eu ser melhor, mamãe"

Targaryen Witch | House of the DragonOnde histórias criam vida. Descubra agora