𝐊𝐚𝐞𝐥𝐥𝐚 𝐓𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐲𝐞𝐧, a primeira de seu nome, a bruxa vermelha, foi distanciada da Corte. O motivo de seu exílio foi o dom pelo qual a menina herdara: a escuridão do seu sobrenome.
Muitos ousavam dizer que a mesma era uma bruxa perigosa...
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— Aemond! — gritei para o menino enquanto se esquivava da espada de madeira no campo de treinamento. Ele virou-se pra mim e acabou perdendo a concentração.
Sir Cole jogou seu peso em cima dele e o mesmo caiu. Eu me assustei e fui correndo ajudá-lo. O príncipe não precisava de ajuda para levantar, mas fiquei muito preocupada com o menino no chão.
Tentei puxar seu braço e pegar impulso para levantá-lo. Ele soltou minha mão e me deu um empurrão.
— OLHA O QUE VOCÊ FEZ — berrou comigo —JÁ FALEI QUE NÃO É PARA ME CHAMAR ENQUANTO TREINO.
Eu me afastei assustada com tristeza em meu olhar. Não queria deixá-lo bravo, desejava ver meu amigo e andar pelos jardins com ele. Vi algumas crianças que estavam ali rir do menino, o que o deixou mais furioso ainda é desencadeou uma crise de raiva.
— Desculpa, eu...eu não queria te atrapalhar — gaguejei com lágrimas em meus olhos, andando com passos largos para trás.
— Não interessa qual era a intenção, você sempre estraga tudo. Bruxa bastarda — ele cuspiu as palavras enquanto caminhava em minha direção.
Eu abri a boca e soltei um suspiro de choque. Todos ao redor olharam para mim. Eles sabiam sobre o boato de que eu poderia não ser filha de Aemon Targaryen por conta de meus cabelos. Aemond sabia a dor que essa história me causava e mesmo assim tocou na ferida.
Eu olhei para ele com os olhos marejados, sem querer acreditar no que o menino gritou para todos ouvirem. Minha boca estava aberta e minhas sobrancelhas franzidas, balancei a cabeça em negação olhando para o mesmo. No momento eu quis jogar alguma maldição no príncipe, quis queimá-lo com Hydrax, talvez.
Sua expressão suavizou-se e ele percebeu as palavras duras que jogou em minha direção. Ele aproximou-se com o braço estendido e tentou tocar em meu braço.
— Me perdoe, meu príncipe — fiz uma pequena reverência e corri em direção ao palácio. Corri como se o lugar não houvesse fim, como se eu fosse chegar ao limite do lugar.
— Kaella, espere — o menino gritou, mas eu já estava longe. Eu chorei até dormir aquela noite.
— Kaella, acorde! — senti alguém me balançar na cama.
Acordei assustada, meus rosto estava molhado e eu estava sem fôlego.
— Você está bem? — o caolho meu perguntou enquanto tirava meus cabelos do meu rosto molhado.
Eu senti raiva dele pela lembrança que meu sonho me trouxe. Ele sempre me tratava bem e outra hora explodia. Quem iria garantir que ele não faria isso agora?