{Capítulo 114}

560 66 71
                                    

*Fernando on*

-Para o primeiro dia de passeio eu marquei de irmos para a cachoeira, mas aí o guia nos deu outra opção para termos mais "privacidade". Conhecemos o rio sucuri, era muito lindo, demorou umas três horas pra chegar, mas valeu a pena. A água era cristalina e tinha vários cardumes-

-Para nosso sorte, o nome do rio se da pelo formato dele e não por ter cobras, a Maiara estava com medo, mas no fim deu tudo certo e nós não encontramos nenhuma cobra, mas encontramos vários animais lindos. Depois de aproveitar e muito bem, nós vestimos nossa roupa novamente e voltamos para onde o carro estava-

Mai: Parece que pra voltar foi mais rápido

Fer: Também achei. Quer almoçar aqui ou no restaurante do hotel?

Mai: Melhor no hotel para descansarmos

Fer: Certo. Vou chamar o Tiago -Ia entrar para chamar, mas logo vi a Maitê-

Maitê: O Tiago pediu pra avisar que vai ficar por aqui, vou colocar a localização no GPS pra vocês e dar o meu número caso vocês se percam

Fer: Tá bom, obrigado! -Ela coloca a localização no GPS do carro e me da o número de telefone dela. A Maiara só observava, ciumenta, e olha que a moça deu em cima DELA. Despedimos e voltamos para o hotel- E esse bico?

Mai: Estou normal

Fer: Você está com ciúmes de uma mulher que deu em cima de você?

Mai: Foi só um elogio. Vocês dois ficam cheio de sorriso um pro outro -Não me aguentei e ri-

Fer: Eu te amo doidinha. E não foi só um elogio, ela olhou sua bunda e mordeu o lábio -Ela se calou e foi assim até chegarmos no hotel- Gostou do passeio?

Mai: Muito, foi incrível! Me desculpa

Fer: Tudo bem. Fico feliz que tenha gostado e que não tenha aparecido uma cobra pra te fazer passar mal

Mai: Uma apareceu, mas dessa eu gosto -Ela sorriu e nós entramos no quarto-

Fer: Aí Maiara. Vou pedir nosso almoço -Ela foi tomar banho e eu pedi o almoço, respondi algumas mensagens da minha mãe e depois que a Maiara saiu, eu entrei no banho. Me vesti e sentei na varanda com ela, já com a nossa comida- Quer começar agora?

Mai: Não prefere começar primeiro? Vou me sentir mais confortável -Ela deu um sorriso fraco e eu dei um gole no refrigerante antes de começar a falar-

Fer: Com 16 anos eu conheci uma moça, ela tinha a mesma idade que eu e nós morávamos perto um do outro. Meses depois começamos a namorar escondido, pois o pai dela não deixava ela sair pra lugar algum, só a escola mesmo. Então sempre nos encontrávamos lá ou eu arriscava minha vida indo até a janela da sua casa.
Um dia o pai dela descobriu, por alguma pessoa da escola e mudou ela de turno, e trancou tudo na casa, até nas janelas ele colocou cadeado e levava a chave para o quarto dele. Um dia ela ficou com a mãe dela em casa e a mãe era totalmente contra as ações do pai, mas não falava nada e deixou que ela se despedisse. Nós prometemos que não íamos desistir um do outro e que quando fizéssemos 18 anos íamos fugir.
Pois bem, chegou meus 18 anos e eu esperei até chegar o dela. Quando finalmente chegou, esperei por ela onde marcamos, mas nenhum sinal, então resolvi ir até a casa dela e ouvi uma gritaria, quando entrei ela estava morta no chão. A mãe dela me entregou uma carta, disse que ela pediu para me entregar e nela eu descobri que ela tirou a vida porque o pai abusava dela e ela não suportava mais aquilo. Meu mundo desabou ali, mas atendi o pedido dela e segui em frente, achei que nunca seria capaz de amar outro alguém, virei um idiota que só pensava em si. Mas hoje eu não a amo mais, percebi que o meu amor por você é bem maior, que aquilo foi uma loucura de adolescência, que eu só precisava conhecer a dona do meu coração pra ver isso

Mai: Eu sinto muito -Ela senta no meu colo e me abraça- Espero que ela esteja em um bom lugar

Fer: Eu também. Enfim, isso explica o porquê fui um completo idiota com a Aline a ponto de fazer ela perder o filho, casei sem amar ela. E fui obrigado a casar porque a desgraçada era menor de idade e mentiu pra mim, acho que nunca te falei isso

Mai: Não falou, estou bastante impressionada. Não que eu duvide da capacidade daquela vagabunda

Fer: Agora me fale sobre você

Mai: Eu sempre fui muito careta, então tive apenas um namorado com 17 anos, terminamos super rápido e só vim me relacionar com alguém novamente aos 24, que foi com o Erick. Éramos felizes, mas isso até um ano de relacionamento, depois ele começou a ficar agressivo, quando eu falava alguma coisa me empurrava, segurava meus braços com força deixando as marcas por dias. Aí quando eu falava que ia embora, ele mudava totalmente e me pedia perdão, e eu fui aceitando aquilo.
Passou meses e ele me pediu em casamento, aceitei achando que ali fosse a chave para nossa felicidade de volta, mas o inferno continuou e foi piorando, ele falava que não ia aceitar esposa dele viajando por aí, que queria que eu ficasse em casa cuidando de filhos e eu tiraria o diu assim que ele quisesse! Às vezes íamos sair e eu colocava um short, ou uma roupa decotada e ele rasgava ela no meu corpo, mas depois ele me dava flores e muitas outras coisas, e acabava conseguindo meu perdão porque eu criei uma dependência emocional.
Um dia eu resolvi ir onde ele trabalhava, comprei várias coisas para comermos lá, mas assim que abri a porta do escritório a secretária dele estava em cima da mesa e ela sorriu quando me viu, e levantou um teste de gravidez que estava na mesa. Eu deixei tudo cair e com isso consegui a atenção dele, mas sai correndo dali o mais rápido possível e percebi que ele não veio atrás de mim. Peguei algumas roupas e corri para um hotel que era ao lado da casa de show, e lá eu conheci o Gabriel. O Erick tentou me procurar, ia na casa da Maraisa, me ameaçava por mensagem, tentava ir no aeroporto mas eu sempre me aproximava dos seguranças e ele saía, depois pedi medida protetiva. Com toda essa perseguição eu e Maraisa nos mudamos, troquei de número e ele nunca mais me procurou, só não sabia que o pai dele me vigiava

Fer: Que escroto do caralho! Ainda bem que ele está pagando pelo que fez. E sobre a família dele, você nunca teve curiosidade de conhecer?

Mai: Com certeza, sempre cobrava isso dele, mas ele falava que não tinha uma boa relação com os pais dele e mudava de assunto. Quando eu fazia perguntas, tipo sobre o que aconteceu para eles se afastarem, ele começava a ficar agressivo e surtava

Fer: Ele deve ter se afastado pelo pai ter matado a mãe dele e depois se reaproximado só para poder saber sobre você

Mai: Também acho que foi isso. Obrigada por me ouvir, foi muito bom desabafar

Fer: Pra mim também. Nós nunca falamos sobre isso e eu tinha muita curiosidade em saber sobre o Erick por causa do que aconteceu, mas não falei pra não te deixar pior e porque minha prioridade era cuidar de você

Mai: Tudo tem um momento certo e o momento de conversarmos sobre dores passadas um do outro, foi esse. Depois de quase dois anos nós ficamos sozinhos para conversar com calma

Fer: Nem acredito que já temos dois filhos

Mai: Uma gestação só e já veio meu casalzinho

Fer: Será que na próxima vem gêmeos de novo?

Mai: Acho que não, Deus tenha misericórdia

Fer: Eu não gosto de números ímpar

Mai: Que pena

Fer: Chata -Ela me beija e eu coloco o mão dentro do seu vestido, apertando sua bunda com força- Vamos entrar

Mai: Você é incansável

Fer: É só pra dormir bem -Falo deitando ela-




















Eita glória

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Dançarina do ventre (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora