{Capítulo 48}

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*Fernando on*

-Saí do quarto e bebi um pouco com meus amigos. Eles foram embora tarde, ajeitei as coisas que ficaram lá, subi para o quarto e tomei um banho antes de deitar. Fiquei acariciando a barriga da Maiara até dormir também-

-Hoje era véspera de Natal e nós iríamos para a casa dos meus pais. Maraisa já veio me acordar com uma gracinha, na verdade eu nem estava dormindo, só estava com preguiça de levantar mesmo-

-Antes que minha bebezinha ficasse brava, fiz minhas higienes e nós seguimos para a casa dos meus pais. Maraisa também iria passar natal com a gente, sei que ela e a irmã sempre passam juntas, e também a Maraisa é da nossa família-

-Ajudei a cozinheira com a comida e em outras coisas também, não gostava de ficar parado. Fiz uma galinhada e depois do almoço a Maiara deitou na rede para falar com os pais. Deitei com ela e nós acabamos dormindo, mas não dormi tanto quanto ela-

-Ia acordar ela pois sei que ela não dormiria mais tarde, mas não deixaram, ela estava sentindo contrações e era bom ela descansar pois daqui pra amanhã os gêmeos vem, eu acho. As oito minha mãe acordou ela e ela subiu para arrumar-

-Minha prima pediu para fazer o cabelo e a maquiagem dela, e ela deixou. Depois de um tempinho ela já estava pronta, uma maquiagem leve, o cabelo ruivo com algumas ondinhas e um vestido vermelho lindo! Fiz milhares de elogios e nós descemos-

-A família ficou elogiando ela e a Maria não estava gostando nada daquilo. Quando finalmente deu a hora de comer, ops, 00:00 nós nos abraçamos e desejamos feliz natal. A Maria não quis abraçar a Maiara, queria me abraçar, mas eu não deixei e ela ficou bem brava-

-Finalmente a ceia! Estávamos concentrados na oração, Maiara apertava minha mão algumas vezes e percebi ela inquieta. Na hora do "Amém", ela grita fazendo todos olharem pra ela "A bolsa"-

Mara: Que bolsa?

Mai: A bolsa estourou gente! -Olhamos para os pés dela e debaixo tinha um pequena poça d'água-

Fer: Meu Deus! Meus filhos vão nascer. Meu amor você tá sentindo dor? Da pra chegar no hospital? Você tá bem?

Mai: Marido, calma. Estou sentindo dor, mas dá sim pra chegar no hospital, respira! Se você desmaiar de novo eu peço divórcio

Fer: Aí gente, me dá água -Sentei e a Maiara sentou ao meu lado. Logo me entregaram um copo d'água e eu bebi rapidamente-

Mai: Vamos comer?

Fer: O que? Precisamos ir para o hospital

Mai: Meu amor, deixa eu te avisar uma coisinha. Seus filhos não vão nascer rápido assim tá? Dá pra comer trinta ceias

Fer: Tem certeza? Você vai ficar sentindo dor?

Mai: Tenho sim. As contrações vem e vão, podemos comer tranquilamente

Sérgio: Sendo assim, vamos comer antes que piore -Todos colocaram sua comida e a Maiara nem parecia que estava em trabalho de parto, eu estava mais nervoso que ela-

Mai: Aí Deus -Ela segura minha mão com força-

Mara: 38 segundos -Maraisa fala quando a Maiara solta minha mão-

Fer: O que?

Mara: A duração das contratações

Fer: Vou ligar na Sarah -Saí da mesa já ligando na Sarah e a Maiara veio atrás de mim-

ligação on

Sarah: Eu sabia que ia ser hoje! -Precisei afastar um pouco o celular do ouvido pelo grito dela-

Fer: Parabéns pela intuição

Sarah: Mas e aí, como ela está?

Fer: Ela te explica melhor -Entreguei o celular para a Maiara-

Mai: A minha bolsa estourou no amém da ceia acredita?

Sarah: É porque tá vindo duas bençãos

Mai: Amém. Mas respondendo sua pergunta, as contrações estão com intervalos de 12 minutos e 38 segundos de duração

Sarah: Anotei já. Onde estão?

Mai: Na chácara dos meus sogros, mas já estamos indo para o hospital

Sarah: Tá bom. Já vou para o hospital mandar prepararem tudo

Mai: Tá bom. Beijo

ligação off

Fer: Vamos?

Mai: Sim, tem que passar em casa para pegar as bolsas

Filomena: Já coloquei as coisas de vocês no carro. Deus acompanhe vocês e que nossa senhora lhe dê um bom parto minha filha

Mai: Obrigada sogra. E obrigada família -Despedimos deles e fomos para casa-

-Parecia que não ia chegar nunca mais, a cada 12 minutos vinha uma contração e a Maiara gritava. Não sabia se acelerava ou se respeitava a sinalização, escolhi a última opção para não colocar a vida de ninguém em risco-

Mara: Encosta o carro Fernando

Fer: Pra que?

Mara: Só encosta -Fiz o que ela pediu- Você está muito nervoso, deixa que eu dirijo. Vão para o banco de trás -Fizemos o que a Maraisa mandou e voltamos para a estrada-

Mai: Como dói -Abracei ela enquanto ela apertava minha mão. Finalmente chegamos em casa, Maiara quis trocar a roupa então entrou também-

-Peguei a bolsa dela e as dos gêmeos e nós seguimos para o hospital. As contrações agora vinham de 10 em 10 minutos, depois de uma hora chegamos no hospital pois até de madrugada e em plena véspera de Natal, São Paulo tem trânsito-

Sarah: Minha gravidinha linda chegou! Senta aqui -Maiara senta na cadeira de rodas e nós fomos para o quarto onde estava tudo preparado- Ajuda ela a trocar de roupa para começarmos

-Tirei a roupa que a Maiara usava, coloquei um top e uma camisola do hospital que era aberta na frente. Ela deitou na cama e Sarah veio com doppler fetal, ela colocou na barriga da Maiara e logo o som alto dos batimentos de um deles invadiu o quarto-

Mai: Tudo ok né?

Sarah: Um sim, vou procurar o outro -Ela procurou do outro lado e respiramos aliviados quando ouvimos os batimentos ecoarem- Tudo ok. Vamos ver a dilatação, dobra os joelhos e abre bem as pernas -Maiara faz o que ela pediu e ela coloca luvas mas mãos, e lubrifica o dedo-

Mai: Puta merda -Ela dá um pulinho e Sarah rir-

Sarah: Dilatando perfeitamente bem, sete centímetros já, muito bem!

Mai: Espero que eu consiga até o final

Fer: Você vai conseguir

Mara: Estamos com você!


















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tô nervosa
comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Dançarina do ventre (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora