{Capítulo 123}

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*Maiara on*

-Enquanto eu começava minha manhã maravilhosamente bem, só que não, cheguei a conclusão de que eu precisava voltar para o Brasil. Eu estou enjoando bastante, sentindo muita tontura e fraqueza, então tenho que me cuidar para não acontecer nada grave-

-Fernando me ajudou a tomar banho e depois nós descemos para tomar café, fui obrigada a tomar um chá, mas até que me deixou melhor. Depois falei com o Fernando sobre irmos pra casa, conversei com os meus pais também e a Maraisa vai ter que voltar também pois a mãe do Wendell tá com alzheimer e ele quer ficar com a mãe enquanto ela ainda lembra um pouco dos filhos-

-Dormimos a tarde inteira, estava bastante frio e ninguém ia fazer nada. A noite, fomos aproveitar juntos em um restaurante e logo o enjôo voltou. Chamei o Fernando pra ir no banheiro comigo, mas ele já foi lembrando que não podia entrar, me estressei logo e a Maraisa foi comigo. Quando eu estava melhor, voltamos pra mesa e eu vi o Fernando conversando em outra mesa, tentei passar sem ele me ver, mas ele me segurou e me apresentou para a prima-

-Ele conseguiu me deixar mais brava ainda quando falou "essa aqui é a Maiara", mas quando viu o meu olhar tentou concertar a frase falando "minha esposa". Ela foi simpática até, conversava animadamente comigo e aquilo estava me dando raiva. Fernando estava igual ela, bastante animadinho, chamei ele pra ir sentar pois não estava bem, enquanto ele se despedia eu soltei sua mão e fui pra mesa. Ele sentou do meu lado e perguntou se estava tudo bem, e eu respondi ele da maneira que ele merecia-

Mara: Está melhor?

Mai: Sim -Nossos pratos chegaram e eu e o Fernando ajudamos os gêmeos a comer primeiro-

Almira: Nunca vi dois bebês comerem tanto!

Mara: Por isso estão parecendo duas bolas

Wendell: Vocês tem uma tia malvada

Mara: Até você contra mim?

Wendell: Não estou contra ninguém

-Eu só observava todo mundo conversando e respondia o necessário. Pedimos a sobremesa e os gêmeos acabaram dormindo, então voltamos pra casa. Fernando até tentou segurar minha mão, já que meu pai e o Wendell quiseram levar os gêmeos, mas eu enfiei as mãos no bolso do casaco. Chegamos em casa e depois de ajeitar os gêmeos no berço, fui pro meu quarto-

Fer: Eu quero saber o que está acontecendo, Maiara

Mai: Por que estaria acontecendo algo?

Fer: Você voltou do banheiro totalmente estranha! Isso é ciúmes?

Mai: E se for?

Fer: Eu acho desnecessário, pois ela é minha prima e foi super legal com você! Não tinha necessidade de você quase não retribuir o abraço dela e ter dado aqueles risos falsos

Mai: Eu só fiquei imaginando uma coisa, Fernando. Será que você já comeu ela?

Fer: Pelo amor de Deus, Maiara! O pai dela é irmão da minha mãe, a gente cresceu juntos

Mai: Ué, você já comeu a vagabunda da Maria

Fer: Que você sabe muito bem que não é prima minha de sangue, não se faça de louca pois eu já contei toda a história pra você no dia em que você conheceu ela! -Ele já estava bastante estressado-

Mai: Ah, agora eu sou louca. Eu só não sei o que esperar do seu passado com ela, ainda mais depois de você ter me apresentado como sua esposa só depois que eu te olhei

Fer: Você tá impossível, Maiara. Olha o que você está falando! Eu te apresentei com o seu nome, pois é o certo a se fazer

Mai: Pode falar o que você quiser, aproveita e fala que eu tô insuportável também

Fer: Parece que é o que você quer ouvir, eu tô me esforçando o máximo pra não perder a cabeça, pra cuidar de você!

Mai: É, eu quero ouvir você sendo sincero. Me irrita te ver sendo tão paciente, mentindo que não se irrita, tipo agora

Fer: Então eu vou atender seu pedido, Maiara -Ele fica em pé e vem até mim- Você está insuportável, você é ignorante até com seus pais, sua irmã e comigo que tô do seu lado a todo tempo, servindo de tapete pra você pisar e fazer o que quiser. Satisfeita? -Levantei a mão pra bater nele, mas ele segurou-

Mai: Some da minha frente, eu odeio você! Você não está fazendo mais que sua obrigação -Dessa vez eu gritei-

Fer: Concordo, minha obrigação é cuidar de você e dos nossos filhos. Na verdade, não é bem obrigação, é amor mesmo, a gente cuida das pessoas que ama. Mas eu acho que não inclui ser tratado mal sem ter feito nada e ser ofendido dessa maneira

Mai: Saí daqui agora!

Almira: O que está acontecendo? Trouxe um chá -Minha mãe entra no quarto com a Maraisa-

Mara: Não quero me intrometer não, mas já que tá todo mundo ouvindo o que está acontecendo. Eu vim pedir pra vocês pararem com essa palhaçada, não tem necessidade desse ciúmes desnecessário e nem dessa discussão

Almira: Maraisa tem razão. E outra, eu sinto muito filha, mas seu nome é Maiara e não "esposa do Fernando". Ele fez certo em te apresentar com seu nome, ou você queria que ela se referisse a você como "esposa do Fernando" por não saber seu nome? Pensei que você fosse independente e mulher o suficiente para não ficar "atrás " de homem nenhum, e sim ao lado, sendo respeitada da mesma maneira

Mara: Porra

Mai: Cala a boca, Maraisa!

Mara: Tô saindo antes que sobre pra mim

Fer: Eu também, vou dormir na sala

Almira: Volta aqui Fernando. Você vai dormir aqui, ao lado do sua mulher, não da pra fazer os gostos da Maiara sempre

Mai: Mas -Sou interrompida-

Almira: Sem "Mas". Se precisar eu vou sentar aqui e esperar os dois dormir, não há necessidade alguma dessa palhaçada toda -Me tranquei no banheiro e fui tomar banho, fiquei bastante tempo lá, chorei até me acalmar. Quando saí o Fernando já estava deitado-

Fer: Me desculpa pelas coisas que falei, você me estressou e me ofendeu bastante

Mai: Eu não quero falar agora -Coloquei dois travesseiros no meio de nós dois e deitei de costas pra ele-













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Tô boazinha, quanto tempo não posto dois capítulos em um dia kkkkkk

Comentem bastante e não esqueçam da estrelinha

Dançarina do ventre (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora