VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
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( CAPÍTULO TRINTA )
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❛nascida sobre o lema de fogo e sangue mas ungida na tempestade do mar, o fogo que alastra sobre os oceanos é perigoso porque é invisível — venenoso❜
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O cenário era caótico: os céus enublaram-se, o cruel acinzentado sujava a bela harmonia, pesadas nuvens provocavam chuva grossa, uma verdadeira tempestade, como dilúvio nas ruas de Porto Real. Para todos, os deuses pareciam rugir junto aos dragões que inquietaram-se no Fosso por ela, pelo Fogo do Reino que delirava, sobre uma cama — acharam que seria uma crise comum tal como era criança mas não era nada similar — com uma febre pavorosa, causando delírios à sua sanidade.
Era como ser fervida, cozinhada — devorada — de dentro para fora, em um calor que fazia-lhe suar, desejar o gélido, o frio mas incapaz de livrar-se da quentura a ponto de sua voz doer ao falar, fora de sua racionalidade por mal raciocinar propriamente, era como Deianyra Velaryon estava.
Seu fiel marido, Príncipe Caspian não pode dormir, ao lado da cama em que a protagonista estava balbuciando, fora de sua consciência. Nos corredores, a princesa de cabelos loiros caminhava ao lado de seu marido, Laenor, com temor e nervosismo — seu desejo era de estar ao lado da outra —, indo em direção aos aposentos da Velaryon, questionando a cada instante a saúde de sua amada.
— Ela irá se recuperar, Rhaenyra — assegurou Laenor, segurando na mão de sua esposa, atraindo atenção à jovem que parou de sentir seu interior um furacão conforme andavam com pressa, pareceu um calmante.
Era o toque que precisava para diluir o nervosismo que assolava os frágeis nervos. Embora, no fundo, o Velaryon estivesse com o fundo de seu estômago a revirar-se, receoso com o estado de sua irmã mais velha. Levantou o olhar, com cautela para o amigo, o marido do qual cultivava aos poucos um apreço devido ao esforço que fazia para sustentar e construir a tal relação que deveriam demonstrar.
— Está seguro disso? — a Targaryen questionou, examinando seus olhos, ciente de que, os Velaryon mais do que ninguém, entendiam a gravidade da condição de Deianyra.
