2. Apenas um aprendiz

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Pedra do Dragão

O pequeno dragão, Arrax, voa com dificuldade de volta para casa. Sua asa esquerda está machucada e suas patas também. Diversas vezes não consegue se manter no ar quase desabando. 

Depois de muito esforço, ele consegue chegar ao seu lar. A essa hora já não podia mais se aguentar e cai no chão rolando.  Seus grunhidos de socorros são desesperadores. Imediatamente Rhaena, que conseguiu ouvir o clamor do dragão e veio acudi-lo.

— Arrax! Arrax! — Disse a menina correndo desesperada ao encontro dele. Ela estava ofegante pois não havia tido sinal de seu futuro marido.— Onde está Lucerys? O que houve com ele?

Arrax mal conseguia erguer a cabeça pois estava ferido demais para isso. Rhaena caiu-se aos prantos ao ver seu estado. Ela segura a cabeça dele em seu colo.

— Cadê ele, Arrax? Por favor, me diga onde...— Ela não consegue terminar. No fundo sabia que ele havia morrido. Arrax não voltaria sozinho.

A criatura solta um último grunhido antes de desmaiar. Seu rosto está tão triste quanto de Rhaena. Ele amava seu montador.

— Rhaena! Filha!— Grita Daemon Targaryen, seu pai. — É o dragão do Lucerys.— Damon não consegue reter as lágrimas. Ele não era seu filho, mas ele sempre amou o menino como um.

— Meu senhor!— Diz um guarda se aproximando correndo.— Trago notícias do príncipe Lucerys!

Daemon pega o pergaminho que estava com o guarda e o abre sem calma. O encara por alguns segundos e depois o joga no chão.

— O que houve pai? — Pergunta rapidamente Rhaena.

— Aemond...

Praia desconhecida.
            Casa de Rengus o pescador

Três  dias depois.

Luke desperta de mais um pesadelo gritando.
O mesmo pesadelo tem o atormentado todas as noites. Um dragão imenso o abocanhava sem dó. Isso não é normal. Pensava o garoto. 

Luke olhou para todos os lados, mas não encontrou seu mais novo amigo, Rengus o pescador. Ele decide se levantar da cama para tomar seu café. Ele vasculha evasculha e acha apenas um pedaço de pão seco. Observa o bulhe mas não há nada lá.

— Não tem nada. —  sussurra o menino para a lata vazia. Há um pouco de brasa na lareira, porém não era o suficiente para se aquecer. — Preciso aumentar esse fogo. Vou buscar mais lenha.

Ele abre a porta da casa e pisa na areia descalço. Seu pés começam a apertar a areia. A brisa gelada da manhã batia em seu rosto balançando seus cabelos negros. Ao olhar um pequeno varal, avista as roupas que usava no dia em que Rengus o encontrou.

Elas tinham uma coloração preta e vermelha. Com alguns detalhes em amarelo que mais parecia Ouro. Talvez fosse ouro. Ele não podia saber.

— Ouro? Será que eu sou um nobre? — Ponderou o menino. — De jeito nenhum!

Luke olha para seu lado esquerdo e avista o mar agitado. O céu completamente nublado e o vento frio atingindo seu rosto eram sinais  de chuva para mais tarde. Mas não parecia ser uma chuva muito forte.

Ao andar mais um pouco, avista uma floresta a alguns metros. Galhos! Pensou. O menino tentou correr, mas sentiu uma dor no calcanhar direito que não havia reparado.

— Aí! Parece que ainda não estou totalmente bem.

A floresta é muito silenciosa. Não há sons de passaros nem de qualquer outro ser vivo. Isso  estava o incomodando demais. Pelo caminho, começou a coletar galhos e folhas que encontrava. Quando percebeu que era o suficiente decidiu voltar para casa.

Antes de chegar, avista um pequeno barco. Rengus deve ter voltado. Ao entrar dá de cara com o velho, que  carrega uma bolsa cheia de peixes.

— Peguei nosso almoço! — Diz o velho chacoalhando a bolsa que respinga água sem parar.

— Tudo isso?

— Não. Vou deixar alguns para vender na Vila. — Rengus abre a sacola com sua adaga e despeja os peixes na mesa. Todos médios e pequenos. — Onde estava?

— Fui pegar lenha para a lareira.— Responde Luke as amostrando para ele.

O menino se abaixa e as joga para o seu lugar.
Rengus continua concentrado na comida que acabara de pescar.

— Vou limpar esse peixe e depois vou por ele para cozinhar. Sei fazer um cozido divino.— O menino
ri.

— O senhor pode me ensinar a pescar? Parece ser legal.

— Por favor, garoto. Não me chame de senhor. Me faz parecer mais velho do que realmente sou.

— Me desculpe.

— Tudo bem. Eu o ensino a pescar. Mas já deixo de aviso de que ficará fedendo.

— Nada que um banho não resolva. — Os dois caem na gargalhada.

— Vamos! Pegue um peixe me ajude a limpa-lo.

Rengus começa a lhe contar uma história de como aprendeu a pescar. Seu pai tinha lhe ensinado com dez anos. Na primeira vez, caiu direto na água. Quase morreu afogado pois não sabia nadar. Seu pai teve que socorre-lo as pressas. Naquele dia não conseguiu pegar um peixe sequer. E assim se seguiu nas próximas duas semanas até pegar um.

— Espero que eu não caia na água também.— Diz Luke rindo.

— Não vai. Eu ensino melhor que meu pai. Garanto.

Rengus continua lhe contando histórias de suas peripécias como um jovem pescador e Luke presta atenção em cada palavra do que ele dizia.

Fortaleza vermelha
               King's Landing

Um banquete em nome de Aemond acontece em um salão do Palácio. Musicas, bebidas e uma farta comida marcam precensa graças ao então proclamado rei Aegon II Targaryen.

— Um brinde ao meu querido irmão, Aemond!— Diz o rei levantando um copo de vinho. — Ele que, em nome do reino acabou com o bastardo da nossa amada irmã mais velha, Rhaenyra. A única coisa ruim é que Sunfyre não poderá come-lô.

Todos no local bradam em nome de Aemond. Cheios de alegria pela morte de um garoto.

— Aemond! Aemond! Aemond!

                         Continua....

>Nota do Autor<
Muito obrigado a todos que tiraram seu tempo para ler minha história.

Ela é um pouco simples estou escrevendo mais por diversão, mas eu estou adorando dar um rumo diferente pro Lucerys.

Desculpem por qualquer erro ♡. Não tive tempo de revisar

Qualquer opinião, ideia ou sugestão podem deixar aqui, ok? :)

(Sejam respeitosos por favor!)

Até o próximo capítulo!

House Of The Dragon- As Crônicas Do Príncipe PescadorOnde histórias criam vida. Descubra agora