3. Agora é guerra

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Pedra do Dragão

Todos estão lá para prestigiar um funeral digno para o príncipe morto. Lordes que permaneciam em pedra do dragão, sua avó e seu avô Rhaenys Targaryen e Corlys Velaryon, suas primas Baela e Rhaena Targaryen que se seguravam uma na outra consumidas pela dor, seus irmãos Jofrey, Aegon III e Viserys II agarrados com suas amas.

Mais a frente dos outros, estava sua mãe e seu padrasto Rhaenyra e Daemon Targaryen. A Rainha estava caida de joelhos ao chão totalmente em prantos. Daemon a segurava enquanto suas lágrimas escorriam também.

- Hoje aqui, estamos a lamentar a covarde morte do Príncipe Lucerys Velaryon, Herdeiro de Derivamarca filho da nossa rainha Rhaenyra Targaryen, primeira de seu nome. - Dizia um lorde em alto Valiriano. - Enviado como um mensageiro e morto por um mercenário que dizia ser seu tio. Um dragão com cento e oitenta anos, experiente em batalhas ceifou a vida de um e quase levou seu Dragão também.- O homem aponta para Arrax que solta um grunhido de tristeza.

Do alto do monte, surge Caraxes de Daemon. Se aproximando mais e mais de onde deveria estar o corpo do menino. Não havia sobrado nada para queimar, mas a tradição teria de ser feita.

Daemon ergueu a cabeça ainda segurando sua amada esposa. Rhaenyra não conseguia se conter de tanta tristeza. O rei consorte ,então, olhou para seu dragão e soltou o comando em alto e bom som:

- Dracarys!

Os panos enrolados sucumbem imediatamente com a chama do dragão. Ao fundo é possível escutar os gritos de Syrax, refletindo o sentimento de sua montadora severamente abalada.

Todos permaneceram olhando, porém com o tempo foram indo embora. Só sobrando Rhaenyra.

[...]

Depois de um tempo. A rainha Targaryen foi ao encontro de sua montaria. Rhaenyra acariciava o rosto do dragão calmamente. As duas precisavam da companhia uma da outra.

- Vamos Rhaenyra!- Disse Rhaenys, a rainha que nunca foi, se aproximando.- Os lordes a esperam.

- Tiraram tudo de mim! - As palavras saem de sua boca fervorosamente. - Tudo! Meu trono, uma filha... e agora o outro.

- Sei como é perder filhos.- A velha deixou escapar- Também perdi dois, mas precisamos rever o que vamos fazer quanto a Alicent e Aegon.

- Eles vão ter o que merecem... vão pagar pelo que fizeram. E em nome dos meus filhos que eles tiraram, aquele trono será meu. Assim como todos os sete reinos!

Praia desconhecida.
Casa do velho Rengus.

Rengus e Luke encontravam -se no pequeno barco do pescador. Ele explicava ensinamentos de pesca ao garoto que segurava um anzol próximo da água.

- Meu pai dizia que pesca é paciência calma e serenidade. Ele falava dela quase como se fosse uma religião própria. - Rengus pega uma isca e coloca na ponta de seu anzol. Ele conta um, dois, três e joga sua vara nas águas. - Viu? Não precisa de muito esforço.

- Parece ser bem fácil mesmo. - Disse o menino entusiasmado.

- E é. Quando aprender não irá mais querer sair do mar. É tão bom sentir essa brisa todo o dia. Ouvir o barulho do mar. Refletir um pouco sobre a vida.

De repente as palavra de Rengus somem e só o silêncio permanece no lugar. Luke começa a refletir sobre seu passado. Ou o que restava dele em sua memória. Tentava achar algum indício de quem era e de onde morava. Se tinha irmãos, algum animal de estimação. Riu sozinho com a hipótese.

House Of The Dragon- As Crônicas Do Príncipe PescadorOnde histórias criam vida. Descubra agora