𝐉𝐮𝐥𝐢𝐚𝐧𝐚: é uma fisioterapeuta apaixonada por sua profissão que tem como o maior objetivo aliviar a dor e ajudar ao próximo, porém quando vinnie se torna seu mais novo paciente, seu mau humor constante e antipatia a faz se questionar se é mesm...
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📌 NEW YORK
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Despeço-me do meu último paciente do dia com um sorriso. Olho para a a secretaria e como Amanda não estava lá, ela ainda devia estar com algum paciente. Fecho a porta da minha sala e olho meu relógio de pulso, ainda faltava uma hora para eu ir para a casa de vinnie. Hoje o trabalho terminou mais cedo do que o planejado.
Pego meu celular e assim que o desbloqueio vejo uma notificação de memórias da galeria do meu telefone. Clico na mesma sentando na cadeira e meu coração se aperta ao vê um vídeo de 6 anos atrás. Nós duas estávamos tão felizes em estar conhecendo a neve pela primeira vez. Eu tentava fazer um boneco de neve que era mais complicado do que eu havia pensando e ela gargalhava com minhas tentativas frustradas. O vídeo acaba, passo para a próxima imagem com nós duas com largos sorrisos e no fundo a árvore de natal da Rockefeller Center em Nova York. Passo para outra imagem com meus olhos lacrimejando e rio baixo ao vê uma foto de nós duas todas encapuzadas na estátua da liberdade, eu a abraçava com os olhos fechados e ela fazia uma careta para a câmera. Lágrimas começam a escorrer, porém a batida na porta me faz sair da galeria de foto e abrir o Instagram. Limpo rápido minhas lágrimas antes de escutar Amanda entrar em minha sala.
— Amiga, preciso de sua ajuda para comprar os presentes de natal de minha família. O natal é em menos de duas semanas e ainda não comprei nada. Espero esse ano...— ela para de falar assim que me vê e eu dou um sorriso para disfarçar minha cara de choro
— O que aconteceu?
— Nada— respondo, mas Amanda não acredita em mim nem por um segundo. Ela olha para meu celular e mesmo com o Instagram ainda aberto ela parecia saber exatamente o que tinha me deixado assim.
— Essa época do ano deve ser mais difícil, não?— ela fecha a porta atrás de si e se aproxima de mim
— Você quer um abraço?
— Sim— me surpreendo com o soluço que sai dos meus lábios e levanto da cadeira indo para os braços abertos de Amanda.
Ela não diz mais nada. Apenas me aperta com mais força. Não sei quanto tempo se passou comigo chorando em seu ombro, mas eu já me sentia bem melhor quando me afastei. Percebo que ela também tinha algumas lágrimas em seus olhos e ela as enxuga.
