Tombstone // Lucaya

Girl Meets Captain Science

Lucas podia sentir a mão de Maya tremendo, mesmo que ele a segurasse, ele deixou o silêncio pairar entre eles, apenas admirando o azul dos seus olhos, que era tomado por uma grande quantidade de preto, tentando passar a tranquilidade de que tudo aquilo finalmente tinha acabado, mesmo que, por dentro, ele estava se sentindo da mesma forma que ela. Maya, por outro lado, repetiu a frase de Lucas várias e várias vezes em sua cabeça, desde o último segundo, tentando não dizer nada errado ou estragar aquele momento. Ela percebe que deveria dizer algo, e seu corpo reage, com um pequeno movimento, tentado afastar Lucas, mas ele a segura, não deixando ir tão longe.

- Está tudo bem? -Ele pergunta calmamente.

- Sim. Está. -Ela sorri. - Me desculpe, eu só...

- Não estava esperando por isso? -Ela concorda.

- Eu sabia que esse momento iria acontecer, eu só não imaginei que no final realmente seríamos eu e você.

- Você sabe o mais legal disso?

- O quê?

- É que eu finalmente te deixei sem resposta. -Maya ri da sua animação.

- Eu não acho que isso vai funcionar. -Ela diz em um tom sério, piscando enquanto tenta o afastar.

- O quê? -Seu sorriso diminui.

- Eu não namoro cowboys. Você acha que Pappy Joe aprovaria uma relação com uma garota da cidade?

- Maya! -Seu tom a faz rir novamente. - Você nunca vai deixar de me provocar não é mesmo?

- Você esperava que isso acontecesse depois que se declarasse para mim?

- Eu não me declarei para você. -Ele tenta disfarçar.

- Ah, é mesmo? -Ela ri. - Então eu deveria esquecer que eu faço seu coraçãozinho de cowboy saltitar?

- Pff, eu nunca diria isso.

- Então é isso? Nós terminamos tão rápido quanto não acontecemos?

- Não sou eu, é você.

- Nós ainda poderíamos ser amigos. -Ela faz uma careta. - Na verdade não. -Ela se afasta, dando as costas para ele.

Ele segura seu braço, a fazendo voltar para a mesma posição, só que agora mais perto. Lucas, acaricia seu rosto, com a outra mão, sentindo Maya tão perto que ele podia sentir seus lábios levemente encostados nos seus, mesmo que eles não estivessem se beijando. Ele achou que depois que finalmente contasse à ela como realmente se sentia, o nó no estômago e aquele nervosismo iria embora, mas tê-la tão perto, principalmente agora, que os dois estavam em evidência, fazia seu estômago dar cambalhotas, como nenhuma vez havia dado. Ele a puxa, acabando com o minino espaço entre eles e toda aquela vontade que ele estava de fazer aquilo. Maya tentou reprimir o sentimento de segurança que a cercava, pois acreditava que ela não deveria depositar essa confiança em ninguém além dela mesma e Riley, mas os braços de Lucas a seguravam na medida certa para ela abrir mão de suas inseguranças e acreditar que alguém realmente pudesse a amar dessa forma.

××××

- Podemos conversar? -Maya pergunta, se juntando à Riley na bay window.

- Claro. -Ela sorri. - Está se sentindo melhor?

- Estou. Eu também quero falar sobre isso, mas não agora.

- E sobre o que você quer falar?

- Eu nunca te contei como tudo isso começou... Eu e Lucas.