Girl Meets Riley's House

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Maya pov

Recebi uma ligação de Riley hoje mais cedo me chamando para ir na sua casa, não estava no clima, mas minha mãe insistiu que eu saísse e fizesse novos amigos, fui obrigada a ouvir uma palestra de como queria que as coisas dessem certo aqui em Nova York, eu amo minha mãe, mas as vezes ela exagera no drama, deve ser o sangue de atriz, isso tudo resultou em eu estar almoçando na casa de Riley, com seus pais, em pleno domingo.

Porém não foi tão ruim como imaginei, o Sr. e a Sra. Matthews são legais, e o irmãozinho mais novo de Riley, Auggie é um fofo, a comida estava sensacional, á algum tempo eu não comia comida caseira.

Depois do almoço Riley me levou ao seu quarto, na mesma janela onde nos conhecemos anos atrás, ela me perguntou de Milão e o motivo pelo qual voltei para Nova York, não sou muito de me abrir com as pessoas, mas ela fazia parecer tão natural que quando percebi ela já sabia de metade da minha vida. Ela me contou como as coisas mudaram desde que eu fui embora e falou um pouco sobre Farkle, Lucas, Zay e Smackle, contou como era lidar com seu pai sendo seu professor e de como eles tinham uma boa relação.

- Você tem uma vida boa, Riley, não perca isso.

- Eu?

Ela riu.

- Você viveu em Milão, conheceu muita gente famosa, tem todas as roupas que sempre quis, era a menina mais popular do colégio, sua mãe é Katy Grace, todos a conhecem. A vida de quem é boa mesmo?

- Isso nunca me trouxe felicidade. Eu morava em Milão e isso me tornou mais solitária do que nunca, todos os meus amigos só estavam do meu lado porque eu sou a filha de Katy Grace, quando ela parou de fazer sucesso eu sentava sozinha na mesma mesa que antes tinha a maioria dos atletas e líderes de torcida. Os famosos que conheci era um pior que o outro, todos com narizes empinados, porque só o que importa é dinheiro. Minha mãe estava sempre ocupada, se eu á via durante o dia era milagre.

- Então por que você não queria voltar para NY?

- Milão era um inferno, mas eu tinha tudo lá, eu estava acostumada.

- Sinto muito, Maya.

- Valorize o que você tem, Riley, vale muito mais que tudo que eu já tive.

Ela, sem saber o que falar, apenas me abraçou, e, apesar de me deixar desconfortável, por incrível que pareça, foi melhor do que dizer qualquer coisa.

- Temos muitas coisas para aprendermos uma com a outra. Já vou avisando que eu dou muito trabalho.

Ela diz me fazendo rir.

- Riley, seus amigos chegaram.

A voz de Topanga soou da cozinha.

- Eu esqueci completamente! Eu chamei Farkle, Lucas, Zay e Smackle para assistirmos um filme. Quer assistir com a gente?

Eu concordei.

Nós fomos para sala onde estavam os outros, depois de algum tempo de conversa eles escolheram o filme. Tudo ocorreu bem até um certo momento do filme, mas ele começou a ficar chato demais e os meninos começaram a jogar pipoca um no outro, enquanto Riley brigava com eles dizendo que teriam que limpar a sujeira depois.

Desligamos o filme e ficamos conversando, Lucas e Zay falavam sobre o Texas, lugar aonde eles nasceram, Farkle e Smackle esbanjavam sua inteligência e Riley o seu exagerado otimismo, que já nem me incomodava tanto.

- O que vocês contumavam fazer no Texas?

Riley perguntou interessada.

- Quando éramos pequenos nós bricavamos no mato e quando ficamos maiores íamos á restaurantes e show's ao vivo.

- E você dançava com os cavalos.

Disse o provocando.

- Sim, na verdade eles até me ensinaram a dançar quadrilha.

Ele sorriu e piscou, eu o encarei surpresa por rebater.

- O que sentem mais falta de lá?

- O céu estrelado.

Lucas disse.

- É algo que a gente não vê aqui em Nova York.

Zay completou.

- Espero que algum dia a gente possa conhecer o Texas.

- Vocês vão adorar.

- E conheceremos todas as vacas, com quem o Huckleberry conversa.

Ele fez uma careta impressionado com o apelido.

- Ficarei feliz em apresenta-las.

Revirei os olhos e ele riu.

- Pessoal, meu pai chegou, temos que ir.

Farkle diz após checar seu celular.

- Maya, quer uma carona?

- Não precisa, eu moro por perto.

- Tudo bem, nos vemos amanhã.

Eles saem e sobra apenas eu e Riley.

- O que acha de dormir aqui?

- Acho melhor não, não quero incomodar vocês.

- Mas não vai, aliás meu pai acha ótimo a idéia de eu ter outra amiga além da Smackle.

- Ele surta por causa dos meninos?

- Sempre que pode.

Fala me fazendo rir.

- Tudo bem, vou ligar para minha mãe e avisar que vou passar a noite aqui.

Depois de avisar minha mãe, nós voltamos ao quarto de Riley, ela arrumou a cama para nós duas e depois se sentou na janela ao meu lado.

- Tudo bem, o que mais quer saber?

- Hmm, você disse que seu pai surta por causa dos meninos, você já deu algum motivo para ele ficar mais louco?

- Como assim?

Ela me olha confusa.

- Você gosta de algum deles?

- Uh... Eu... Não gosto ninguém.

- Você é uma péssima mentirosa. Me conta.

- Eu não sei direito... Eu tenho um crush idiota no Lucas, mas ele não faz ideia.

- O Lucas, uh?

A olhei.

- Sim, por que?

- Não, nada. Só achei que cowboy não fosse seu estilo.

Ela ri.

- E você, gosta de alguém?

- Não mesmo. Não tenho tempo pra perder com garotos.

- Duvido.

- Está duvidando de mim?

Ela concorda com a cabeça.

- Deixa eu tirar essa dúvida pra você.

Pego travesseiro que está do meu lado e bato na sua cabeça. Ela me olha indignada e eu rio.

- Isso vai aconter com frequência?

- Bastante.

Digo sorrindo.

- Tudo bem, eu aguento.

Não demorou muito até o sono vir. Já na cama, Riley me contava sobre quando Auggie arrancou o rosto do seu bichinho dê pelúcia, meus olhos começaram a pesar e eu só lembro da voz dela sumindo na minha mente.

Tombstone // LucayaOnde histórias criam vida. Descubra agora