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— Ele diz que está entediado, então se tivéssemos alguma pergunta, ele poderia decidir respondê-la.

— Finalmente. — diz Wei Ying, sentando-se. — Pergunte a ele por que ele está tão bravo.

— Acho... — diz Lan Zhan com cuidado — que devemos começar um pouco mais devagar... — Ele tira algumas notas, então espera por uma resposta. Ele vem em ordem bastante curta. — Perguntei como ele está se sentindo agora e ele me disse que está entediado.

— Bem, se ele nos permitisse eliminá-lo, ele não ficaria mais entediado ! — diz Wei Ying baixinho, o que lhe rende uma risada rara, mas de tirar o fôlego de Lan Zhan. Wei Ying olha para ele e seus olhares se encontram. — Demais e antes da hora? — Wei Ying pergunta, abrindo um sorriso, e Lan Zhan lhe dá um pequeno sorriso em troca.

Ele dedilha mais notas nas cordas e o guqin responde. Lan Zhan pisca, parecendo surpreso.

— Ele me disse que jogou você contra a parede porque você tem cara de menino que faria o que seus amigos fizeram com ele.

Wei Ying ofega, a mão voando para o peito.

— O quê! Isso é horrível! Por que eu faria o que aqueles meninos fizeram?

Lan Zhan franze a testa enquanto toca mais notas. Lentamente, uma resposta vem.

— Ele diz que é possível que eles não tivessem a intenção de fazer o que fizeram, mas aconteceu, de qualquer maneira, e agora ele está preso aqui.

— Caramba, você não estava brincando que esse garoto ia começar a falar em breve. Ok, ok, pergunte a ele: o que exatamente aconteceu?

Lan Zhan acena com a cabeça, pergunta. A resposta vem devagar, hesitante. Lan Zhan espera para contar a Wei Ying até que a nota final soe. Ele parece... profundamente triste. Wei Ying espera.

— Ele diz que os meninos o atraíram para a mansão abandonada para explorá-la e disseram que estariam com ele o tempo todo. No entanto, eles saíram e o barricaram, como uma brincadeira. Ele tentou romper a barricada, mas em seu tentativas, ele se machucou. Ele... arranhou as paredes e tentou quebrar as janelas fechadas com tábuas, mas não conseguiu. Ele começou a se jogar contra a parede. Em pânico, ele se jogou contra a barricada com tanta força, ele quebrou a cabeça. Ele acordou e percebeu que poderia atravessar paredes. Ele está aqui desde então.

— Ah, isso é horrível... — Ele envolve seus braços em volta de si mesmo. — Para que conste, eu nunca faria isso. Eles nunca voltaram para buscá-lo?

— Aparentemente não."

— Quando foi isso?

Lan Zhan pega algumas notas e o garoto responde.

— Há muito tempo. Ele pensa noventa anos, pelo menos.

— Esse pobre garoto, não é à toa que ele só faz adolescentes desaparecerem. — Wei Ying suspira. — Ouça, pergunte a ele - ele não está cansado disso?

Lan Zhan acena com a cabeça, toca. Envia  uma pergunta, mas nenhuma resposta vem.

— Foda-se. Bem, essa é a nossa resposta, eu suponho... — Eles caem em silêncio. — Você acha... — Wei Ying pergunta depois de um tempo — que ele nos deixaria tocar Rest de qualquer maneira? Ou ele vai fazer barulho de novo?

— Eu ficaria preocupado com a reação dele... — diz Lan Zhan lentamente. — Acredito que podemos esperar um pouco mais. Ele pode voltar.

Wei Ying suspira e encosta a cabeça na parede, olhando para a escuridão.

— Sim. Sim, tudo bem. Ei... — ele acrescenta, lembrando e se virando para Lan Zhan. — Você não ia dizer algo antes que ele voltasse?

Lan Zhan olha para ele, depois para seu guqin.

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