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Wei Ying acorda novamente em uma sala vazia. Sua garganta está dolorida e sua boca tem um gosto horrível, mas a dor de cabeça se foi, assim como, felizmente, a náusea. Cada osso ainda parece doer, mas isso acontecerá quando você for golpeado contra a parede algumas vezes.

Ainda assim, quando tenta se erguer nos cotovelos, consegue, e é quando percebe que, debaixo das cobertas, está apenas de cueca. Oh. Tudo bem. Isso... isso faz sentido.

Ele olha ao seu redor. Há uma lâmpada baixa acesa, mas as cortinas ainda estão fechadas contra a luz do dia. Uma rápida olhada no relógio lhe diz que são 4 horas – ele dormiu boa parte do dia. Isso é provavelmente o melhor. Ele se pergunta onde Lan Zhan está, então percebe uma necessidade urgente de fazer xixi.

Porra. Tudo bem.

Lentamente, ele se descobre, depois consegue se sentar e firmar os pés no chão. Até agora tudo bem. Ficar em pé é um pouco mais desafiador, mas ele consegue isso também, balançando apenas um pouco. Ele está ficando velho demais para isso. Trinta anos não deveria ser velho demais para nada, e ainda assim aqui está ele, sentindo-se como um velho apenas de uma caçada noturna. Patético, realmente.

Ele caminha lentamente até o banheiro. Acende a luz, levanta o assento. Faz xixi por um milhão de anos. Ruboriza, lava as mãos. Ele encontra um tubo de pasta de dente e escova os dentes, depois lava com o enxaguante bucal de Lan Zhan apenas para se livrar do gosto na boca. Ele ouve caso Lan Zhan esteja de volta, então se aventura no chuveiro, porque está se sentindo absolutamente rancoroso. O banho o deixa tonto, mas também o faz se sentir melhor, mais humano. Ele se seca e tão lentamente, ele se arrasta de volta para a cama. Ele está prestes a entrar quando a porta do quarto se abre e Lan Zhan entra com uma bolsa nas mãos. Wei Ying congela, assim como Lan Zhan. Wei Ying está extremamente ciente de como ele está nu debaixo de sua toalha.

— Uh, oi. Apenas. Banheiro...

Lan Zhan acena com a cabeça e finalmente entra na sala.

— Você tomou banho. Isso significa que você está melhor?

Wei Ying assente.

— Sim, desculpe. Peguei emprestado alguns de seus produtos de higiene pessoal. Eu apenas me senti... nojento. Estou melhor agora.

— Claro, não é um problema. — Lan Zhan o estuda, como se não acreditasse totalmente nele. — Eu trouxe comida para nós. — diz ele depois de um momento e coloca a sacola em um banco. — Você acha que poderia comer um pouco de macarrão? — Ele pega uma tigela de sopa de macarrão, e quem é Wei Ying para dizer não?

— Inferno sim, estou morrendo de fome. Uh, deixe-me apenas... — Ele cora enquanto procura suas roupas. Lá estão eles, pendurados ordenadamente sobre a cadeira.

Ele vai e veste a camiseta, depois a calça jeans por baixo da toalha. Ele realmente se sente muito melhor – dormir ajudou. Agora que ele está de pé, ele acha que pode até continuar de pé, o que é bom, porque há apenas uma cama, e não é Wei Ying quem está pagando por isso.

Quando ele se vira, Lan Zhan está ocupado pegando pauzinhos, colheres e guardanapos e colocando-os na mesa.

— Por favor. — ele diz quando finalmente olha para Wei Ying. — Pegue a cadeira.

— Ah. Obrigado. — Wei Ying, sentindo-se incrivelmente estranho, senta-se. Lan Zhan empurra seu pote de sopa para ele, assim como os talheres, então vai se sentar na cama com seu recipiente de – Wei Ying checa – macarrão seco com alguns legumes. Wei Ying tenta não se sentir excessivamente constrangido enquanto engole sua sopa, o caldo absolutamente delicioso e vivificante. — O que você pagou por isso. — ele diz com a boca cheia — vale o dobro disso - ele aponta para a comida de Lan Zhan.

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