Perfect ∞ Larry Stylinson

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Harry

"Terão que compreender que a invasão da Polónia por parte da Alemanha foi a causa próxima à Segunda Grande Guerra, já que provou a revolta dos alemães perante o Tratado de Versalhes..." bocejei inevitavelmente, lutando contra mim mesmo para conseguir manter os olhos abertos, já que História não é propriamente a disciplina pela qual nutro o maior interesse.

Na minha cabeça martelava desde o início da aula o facto de que daqui a cerca de quinze minutos terei que acompanhar a pequena loira afogada em maquilhagem até casa dela para passar uma tarde inteira fechado no mesmo quarto que a criatura para fazer um trabalho de Hsitória.

Adoro a minha vida.

"Harry..." senti uma leve pressão no meu ombro, o que me fez inclinar a cabeça para descobrir quem me chamava. Abri um sorriso para a Cara, que retribuiu amigavelmente. "Uhm, eu precisava da tua ajuda para uma coisa, achas que podias ir lá a casa no fim de semana ou assim?" franzi de leve o cenho mas assenti, sussurrando uma resposta.

"Mas passa-se alguma coisa?" a rapariga encolheu os ombros, fazendo um gesto com a mão.

"É sobre o desfile, preciso de uma opinião masculina e o meu pai está fora de questão." Assenti, contendo uma gargalhada, ao que Cara me deitou a língua de fora e me empurrou para que ficasse virado para o quadro negro de novo.

Cara Delevigne era minha amiga desde o infatário, foi a primeira rapariga que conheci que tanto brincava com bonecas como se juntava aos rapazes para chutar uma bola. Não pensem coisas, Cara é lésbica e nós nunca sequer pensamos em ser algo mais do que amigos. Ela é uma das melhores pessoas que conheço e já me ajudou em muitas alturas complicadas, e até embaraçosas de mais para se comentar. Lembro-me de uma vez que fomos a uma festa juntos e sem saber muito bem como acordámos no dia a seguir semi-nus na cama dela, quando o pai dela entrou pelo quarto dentro e quase teve um enfarte. Esse foi o dia em que o ódio do senhor Delevigne por mim começou. Aquele homem despreza-me completamente, para ele eu sou apenas uma terrível influência para a sua inocente e angelical menina.

Se ao menos ele soubesse...

Cara pode ser uma pessoa fantástica, que nunca julgou ninguém e que está sempre pronta a ajudar os outros, mas ela já fez e ainda faz muita porcaria. Embora, para os pais, ela seja apenas uma ótima aluna que respeita o que lhe é imposto e é um excelente exemplo para toda a população adolescente.

Ela está a trabalhar para ser modelo. Como existe ensino obrigatório, ela irá terminar os estudos e então dedicar-se mais a fundo à carreira de modelo. Na minha opinião, ela nasceu para aquilo, ela é linda e tem um corpo fantástico, além de que - pelos desfiles a que eu já assisti - ela tem um brilho especial na passerelle. Enfim, algum nascem predestinados.

Foi despertado dos meus pensamentos pela campainha estridente do colégio, e tudo o que pude fazer foi bufar em frustração já que teria que gastar a minha preciosa tarde com a loira violadora visual em casa dela.

Mr. Robinson ainda tentou dizer alguma coisa para a turma mas desistiu assim que reparou no quanto os diversos alunos se assemelhavam a uma manada de búfalos a tentar sair pela porta.

Recolhi as minhas coisas na mochila velha e já quase a furar de lado, colocando a mesma às costas quando vi Zayn aproximar-se de mim e rir baixinho.

"De que tanto te ris, uhn?" tentei soar bem disposto, arrumando a cadeira no devido lugar.

"De ti. Parecias prestes a deitar fumo pelas orelhas quando tocou." Ele brincou e eu fiz uma careta, vendo por trás do ombro do moreno quem se aproximava de nós.