O Livro Acabou de Me RESPONDER!?

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Parei com o rosto encostado no livro, sentindo o cheiro de velho das páginas. Passei as últimas páginas amarelas procurando algo mais.

"O quê? Onde está o resto? O que aconteceu com Alvo e Rose? Eles chegaram em Hogwarts? Que aventuras viveram? Mas ONDE ESTÁ O RESTO?"

Soltei um grito de frustração.

-O que você tem menina? - minha mãe perguntou aparecendo na porta do quarto.

-Mãe, acabou! - Gritei, mostrando as páginas em branco. - Acabou! Estou revoltada! Como isso? Pode isso produção? O que eu faço agora mãe, me ajuda!

-Katrina! - reclamou ela cruzando os braços. - A história só acaba quando queremos! Você não quer que acabe, então escreva mais! Você tem bastante imaginação para isso, sei que tem.

-Mas mãe! Eu não vou escrever num livro.

-Querida, se tem páginas em branco é porque queriam que escrevessem.

-Bem... - falei depois de um tempo. - É verdade... é, acho que vou escrever.

Minha mãe sorriu para mim. Levantei e peguei minha caneta no guarda-roupa. Eu tenho tanta caneta que tem algumas espalhadas por aí! A caneta da vez era preta. Encostei a ponta no papel e simplesmente comecei a disparar palavra atrás da outra!

"Alvo seguiu a procura de uma cabine mais vazia. Rose se separou dele e foi em outra direção do trem ao ver uma das primas deles dois. Em dado momento, Alvo passou por uma cabine fechada e, olhando de relance, percebeu que estava vazia. Empurrou a porta de correr e realmente tinha razão. A cabine estava vazia. Ele sentou ao lado da janela e ficou vendo as árvores passarem rapidamente."

Parei um pouco. Precisava que algo acontecesse. Ele não podia chegar a Hogwarts sem acontecer nada durante o percurso. Afinal, ele era filho de Harry Potter. Li as últimas palavras de Harry no capítulo anterior e lembrei da ruiva. Ela disse que ia dar uma batata para uma coruja. Set, curti muito esse nome.

"-Ei, eu estava sentada aí. - disse uma voz.

Alvo se virou para ver uma ruiva parada na porta com uma garrafa de água.

-Ei, você foi o garoto que eu derrubei na estação! - exclamou ela, sentando-se na cadeira a frente dele.

-Sim, fui eu.

-Me desculpa, sou tão desastrada. Uma vez tropecei numa falha no chão da calçada e derrubei um saco inteiro de batatas.

-Caramba, que desastre! Qual o seu nome?"

Estanquei. Voltei a ler o que já havia escrito. "Espera, eu sou muito desastrada. Eu tropecei na calçada uma vez e derrubei um saco inteiro de Ruffles! Estou me descrevendo!" Me levantei e fui tomar um gole d'água. Por que eu estava me descrevendo? Sou tão apaixonada por O Menino que Sobreviveu assim? E eu tinha escrito aquilo de forma tão automática e espontânea...

Tentei parar. Por que isso me incomodava? Afinal, eu era realmente apaixonada por livros, com esse não seria diferente. Decidi ignorar e voltei ao quarto para continuar a escrever, mas fiquei muito assustada quando vi uma coisa a mais depois da fala de Alvo.

"-Katrina. Katrina Peverell"

Eu não tinha escrito isso, não tinha.

"-Legal, Alvo Potter.

-Ei, você é filho do Harry Potter, não é? Vocês se parecem muito.

-Ah, todo mundo diz isso. 'você parece seu pai mais novo Al.' Bem, mas eu não uso óculos, é a única diferença.

-Há, há, deve ser bem chato não? Viver sendo comparado com alguém?

-Muito. As pessoas esperam que eu seja tão bom quanto ele foi. Para o meu irmão é fácil, ele é bem inteligente como a tia Hermione e a mamãe também, e é descolado, todo mundo gosta dele..."

-MÃE! - gritei muito alto. -MÃE, O LIVRO ESTÁ ESCREVENDO SOZINHO. MÃE, VEM AQUI, RÁPIDO!

O livro agora parara de formar palavras. Minha mãe veio correndo. Agora a tinta estava sendo absorvida pelo papel.

-Mas que...

A página ficou em branco. Passou-se alguns segundos e era como se a tinta voltasse ao papel. Agora, não era mais uma língua estranha, era português mesmo, mas a caligrafia era igual a do livro, como se fosse o autor ou autora que estivesse escrevendo... não, era impossível, o livro era velho de mais para isso.

"Que bom que você encontrou o livro, Katrina Duarte. Ou deveria dizer... Katrina Peverell?"

Estanquei. Encarei minha mãe. Ela olhou para mim. Voltamos a fitar o livro, que agora estava absorvendo a tinta outra vez. Ficou limpo.

-Responda. - disse minha mãe.

-O quê?

-Responda ao livro.

-Mas, mãe...

-Você leu esse livro, que têm bruxos, magia e essas coisas, e se recusa a acreditar que o livro tem vontade própria? Responda.

Peguei a caneta e encostei na folha. Rapidamente, escrevi:

"Quem é você?"

Para minha surpresa, as palavras foram absorvidas e, segundos depois, voltaram a se formar novas palavras.

"Alguns me chamam de Jane. Outros de Tia Jô. Mas sou conhecida mais por J. K. Rowling, autora da série Harry Potter e também quem escreveu a verdadeira história do bruxo mais famoso do mundo."

Fiquei parada durante muito tempo encarando o livro. Harry Potter. Eu já sabia que havia essa série, imaginei que esse livro fosse um daqueles volumes únicos da série, mas parecia diferente.

-Mãe, o livro acabou de ME RESPONDER!? - exclamei.

E foi aí que meu mundo virou de cabeça para baixo.









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Romierys Targaryen.

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