Eu Viajo Via Pó de Flu (Pior. Ideia. Do. Mundo.)

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No outro dia, eu mal pude acreditar quando vi uma coruja das torres na minha janela. E realmente, tinha um papel com um endereço. E realmente tinha uma carta de Hogwarts. E tinha meu nome escrito nela! O saquinho de Pó de Flu também veio. Era meio cor de areia, mas brilhava um pouco.

Eu estava maravilhada. Era tudo realmente verdade! Quando minha mãe viu a carta, quase morreu com a quantidade de materiais que deveriam ser comprados. Pensei que os olhos dela fossem saltar das órbitas. Mas, bem, se a Rowling havia dito que meu pai deixara dinheiro, então ele deixara dinheiro. Não sei como, mas deixara.

~§~

Na tarde do dia 20 eu estava inquieta. Passara a semana toda pensando em que lareira iríamos usar, já que na nossa casa não tinha uma. Cada segundo que eu tinha de folga eu pensava nisso. Na sexta, minha mochila estava arrumada, mas eu não tinha ideia de como fazer para viajar.

Quando minha mãe voltou do trabalho, por volta das seis e meia, eu a indaguei sobre nossa falta de lareira. E ela não me respondeu nada.

Entrei quase surtando em casa. Então, o que iria acontecer agora? Eu estava parecendo um furacão de tão agitada, o que era uma ironia, já que meu nome é Katrina e tudo o mais...

-Kat, dá para você ficar calma? - Pediu minha mãe.

-Mas mãe, como ficar calma? Nosso único meio de viagem é o Pó de Flu, e sem lareira, ele é inútil. - Reclamei.

-Vamos ter que encontrar uma lareira então...

-Uma lareira não vai simplesmente cair do céu mãe.

Eu saí caminhando para fora e parei na frente da casa. Já estava escuro, e eu não fazia ideia de que horas eram em Londres agora. Eu sei, pode falar que eu estava sendo muito dramática, mas não tenho culpa. Aquele momento havia sido muito importante para mim, era uma mudança completa na minha vida, e estava sendo derrubado pela falta de uma lareira estúpida!

"Com certeza a Rowling está nos esperando, mas até agora não encontramos uma lareira. O que significa que é melhor eu começar a tratar isso tudo como um sonho..."

-Katrina.

Me virei e encarei minha mãe.

-Senhora.

-Você não pode simplesmente surtar pela falta de alguma coisa. Se você quer, tem que ir atrás. E não me olhe com essa cara, eu sei o que você está pensando. "Ai, mãe, sem discurso agora." Mas eu estou falando muito sério. E tem outra coisa, você não respondeu a um livro que escreve sozinho, recebeu uma coruja carregando uma carta com seu nome escrito nela e ganhou um saco de Pó de Flu para desistir agora. Pensa um pouco, você é uma bruxa! Você consegue Katrina. - ela parou na minha frente e pôs uma mão no meu ombro. Suas próximas palavras fizeram efeito. - Você é uma Peverell.

Tudo bem, pode falar. Vai, eu sei que agora você está dizendo: "mas que...". Mas eu vou te falar, o peso que esse sobrenome tem em mim é absurdo. Por quê? Ele me lembra quem eu realmente sou.

Eu encarei minha mãe. Ela sorriu e eu sorri de volta. Uma ideia acabara de se formar na minha cabeça.

-Espero que a senhora não me ache uma delinquente pelo que vamos fazer agora.

Minha mãe riu alto. Ela tinha uma aparência tão jovem que podia se passar facilmente pela minha irmã e ninguém desconfiaria de nada. As vezes, ela até parecia ser uma amiga ao invés de uma mãe para mim.

-Você é uma bruxa, certo? Que eu saiba, ainda podemos abusar um pouco.

Encarei minha mãe e ri. É, agora ela não era mais minha mãe, era minha parceira de aventuras.

~§~

-Katrina, você é doida.

Eu e minha mãe espreitávamos do quintal da vizinha a sala dela. Ela tinha uma lareira, mas era uma das poucas que tinham. Agora, eu e minha mãe estávamos esperando. Ela estava se aprontando para sair de casa, e aproveitaríamos a deixa para usar a lareira. Pegamos o endereço da casa dela para podermos voltar, só não sabíamos como voltar na hora certa.

-Eu disse para a senhora não achar que eu sou uma delinquente, mas foi a única coisa que eu pude pensar.

Nós duas continuamos ali, observando atentamente. Estávamos, claro, sussurrando, mesmo porque seria suicídio falar alto ali onde a gente estava.

-Você tem ideia de que horas ela vai sair?

-Na verdade não. Nunca observei muito ela sabe. Mas ela vai sair, disso eu sei. Ela sempre sai nas sextas.

Ficamos ali, nós duas abaixadas, esperando. Passou tanto tempo que pareceu que eu tinha errado desta vez.

Até que, às 20:30, um telefone começa a tocar dentro da casa. Minha mãe e eu pulamos de susto, mas recebemos uma notícia boa ao ouvir a vizinha dizendo que já ia sair.

Às 20:50 minha mãe e eu invadimos a casa da vizinha.

Eu sei, é muita loucura fazer isso, mas era nossa única opção. Quando a nossa vizinha foi trancar a janela, colocamos um pedacinho de pau para que a janela não ficasse completamente fechada, mas a fechamos direito assim que entramos.

-Certo, agora... - comecei. - A senhora vai primeiro. Entra na lareira, fala o endereço alto e claro, e joga um punhado do pó no chão. - falei para a minha mãe.

Ela me ouviu. Entrou na lareira e ficou parada. Entreguei para ela um pouco do pó brilhante.

-Qual é mesmo o endereço? - ela perguntou. Puxei o papel e li para ela.

-58 Birkenhead St, Londres, Inglaterra.

Minha mãe repetiu o endereço e jogou o pó que eu dei. Chamas verdes irromperam do chão e ela saiu rodopiando.

Desapareceu.

-Meu Deus, funciona! - gritei. Pulei dentro da lareira e fiz o mesmo. - 58 Birkenhead St, Londres, Inglaterra. - e joguei o pó no chão.

A sensação? Horrível.

Eu senti como se estivesse sendo sufocada por poeira e por fumaça. Rodopiei como uma louca, vendo imagens desconexas passarem pela minha frente. Parecia que eu estava sendo puxada por um aspirador de pó desgovernado. Meu olhos arderam tanto que eu os fechei.

De repente, tudo parou, e eu caí de quatro num assoalho de madeira, espalhando uma nuvem de pó.

-Ai.

Minha cabeça doía um pouco, mas não era nada que me fizesse morrer.

-Depois de um tempo, você acaba se acostumando. - disse uma voz. E não era minha mãe.

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Heeeeeey meus lindos Donuts! Aqui está, mais um capítulo! Hummm, de quem será a voz que falou com a Katrina, alguma ideia? Respondam aí nos comentários! Não esqueçam de votar, é só clicar na estrelinha, me faça feliz!

Bem pessoas, este capítulo era maior, mas como achei que seria muito grande e poderia ficar cansativo (sério, eu mesma achei chato de ler aquela coisa), decidi deixar o resto para o próximo capítulo. E vocês vão ter que esperar até o próximo sábado! Aaaahhh... *meme com olhinhos tristes*

Donuts, podem comentar a vontade! Eu vou ficar maravilhosamente feliz em responder os comentários de vocês! Beijos, e até semana que vem!


Romierys Targaryen.

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