𝐢. 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫

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QUANDO OUVIU A CONVOCAÇÃO PARA A COPA Helena se viu na obrigação de mandar uma mensagem educada para ele

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QUANDO OUVIU A CONVOCAÇÃO PARA A COPA Helena se viu na obrigação de mandar uma mensagem educada para ele. Tudo corria de acordo com o plano, para o alívio de todos os diretores de marketing desse lado do rio Tâmisa.

Ela assistiu a convocação do sofá de seu loft, com um olhar desinteressado e um livro aberto, só deu um sorriso satisfeito quando seu agente a encheu de notificações.

Ela abriu as mensagens como uma criança teimosa e encarou o contato antes de digitar.

você: parabéns pela convocação!!! não que eu esperasse algo diferente.

A atriz se levantou e caminhou até o quarto. O apartamento era de um tamanho médio, porém considerando a situação atual de imóveis em Londres, terrivelmente luxuoso. Era areado e agradável e lotado de estantes de livros comprados em sebos e pinturas compradas em lojas de antiguidade.

Helena abriu as portas do guarda-roupa, soltou um suspirou e começou a preparar as malas.

Era incrível como o modesto plano do pessoal do marketing e relações com o público estivesse correndo tão nos trilhos. E ao contrário do jogador na tela, Helena sabia apreciar a maneira calculada em que o castelo de cartas se ergue. Espadas a copas, coringas a valetes, reis a rainhas.

A copa do mundo era, principalmente para brasileiros, uma chance de ouro. Helena não tinha nenhum interesse no que aconteceria em campo, além é claro do desejo pelo hexa que corria nas veias dela como em qualquer outro brasileiro.

A publicidade fora dele é muito mais interessante para uma cantora e atriz tentando reatar laços como uma cultura nacional.

Seu telefone tocou um alarme. Helena desviou o olhar e viu o nome na tela.

Andrade, Richarlison: Obrigado 👍

Helena Abreu adoraria esquecer que os dois já haviam se conhecido antes, adoraria esfregar aquela memória da cabeça do jogador também, com um Veja Removedor de Manchas de Terríveis Primeiras Impressões.

Um mês atrás ela se sentou na sala de seu agente lado a lado com o jogador como duas crianças na diretoria.

Ela estava usando um vestido preto e óculos de sol em formato de coração—mesmo que estivesse nublado. O que era de longe o menos estranho sobre aquela belíssima manhã.

Paul, o agente, sorriu para ela como se Helena fosse um gatinho atropelado ao abrir a porta, revelando que não estariam sozinhos naquela reunião.

—Devo admitir que fico constrangido por ser o único que sabe português aqui—ele disse, em inglês.

—Uma hora você aprende—soltou uma voz carregada de um sotaque familiar. O tom também não lhe era estranho, Helena conheceu milhares de pseudohomens assim. Ele carregava na voz a marca de alguém crente de que o mundo é grande piada cujo apenas ele é capaz de entender.

𝐜𝐚𝐥𝐥 𝐢𝐭 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐲𝐨𝐮 𝐰𝐚𝐧𝐭, richarlison Onde histórias criam vida. Descubra agora