Beatrice— Qual é o caso? — perguntei a Robbins, enquanto colocava minhas luvas.
— Eu achei ele na rua, nos fundos do hospital. Tinha uma carta. Ele se chama Benjamin, 11 meses, tem um ferimento profundo na perna esquerda e está com um ferimento na cabeça. — Arizona falou com pesar e eu olhei pro meu marido engolindo em seco.
— Como tiveram coragem? Ele só tem 11 meses. — falei indo pra perto do bebê que não parava de chorar. — Se afasta. — pedi a Robbins que examinava ele.
Quando ela se afastou confusa, eu peguei ele no colo com cuidado e coloquei ele deitado no meu peito, como fazia com o Henry e comecei a ninar ele que aos poucos foi se acalmando. Quando vi, as lágrimas já estavam descendo pelo meu rosto.
— Ei. — Mark suspirou se aproximando e deu um beijo na minha cabeça, secando minhas lágrimas.
— Eu sei que não é fácil de se ver e é uma coisa terrível. Eu sei, eu também sou mãe. Mas ele precisa de você agora. — Robbins falou. — Eu vou falar com a polícia e o serviço social. — saiu.
— ele só tem 11 meses. 11 meses, Mark.
— Eu sei, amor. — deixou um beijo no meu ombro.
•••
— Com licença, você é a doutora Daddario? — ouvi a voz de uma mulher ao meu lado, e continuei anotando no prontuário.
— Sim. O que deseja?
— É a médica responsável do caso do Benjamin, certo? — encarei a mulher.
— Na verdade...— fui interrompida.
— Ótimo. Eu fui verificar ele com a polícia, e ele não para de chorar, você pode ajudar? — suspirei assentindo e a segui até o quarto.
— O que houve? — questionei a Robbins, quando entrei no quarto e a vi com os dois policiais.
— Eu estava mostrando os ferimentos à eles. Ele acordou e não para de chorar. Eu peguei ele no colo, como você fez hoje, mas não deu certo, ele chorou mais ainda. — Arizona me encarou desesperada enquanto o bebê chorava desesperadamente no seu colo.
— Me dá ele. — estiquei os braços na direção do bebê que se jogou no meu colo.
— Vocês podem ver ele depois, agora não é uma boa hora. — falei com eles antes de sair com o bebê resmungando e soluçando no meu colo. — O que tá fazendo? — encarei a assistente social por cima do ombro.
— O meu trabalho. Tenho que ficar de olho nele. E então? Para onde estamos indo? — sorriu me encarando e eu suspirei entrando no elevador. — Inclusive, sou a Taylor. Taylor Davis.
O bebê encostou a cabecinha no meu peito, enquanto soluçava baixinho e brincava com a minha orelha.
— Ele gosta de você. — a assistente social falou e eu a olhei de rabo de olho. — Você transmite segurança pra ele.
O elevador se abriu e eu caminhei em direção a creche, com ela me seguindo.
— Escuta, Day, eu sei que não pode ficar adulto aqui, mas será que pode abrir uma exceção? — perguntei para uma das meninas que cuidava das crianças.
— Claro. — falou após olhar para a assistente atrás de mim.
— Mama! Mama! Mama! — sorri ao ouvir os gritinhos do Henry que correu desajeitado até mim. — que é? – me abaixei na frente dele e o bebê levantou a cabeça, olhando meu filho com curiosidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗙𝗮𝘁𝗲 𝗜𝗻 𝗙𝗮𝘃𝗼𝗿² | Mark Sloan (EM PAUSA)
RomanceCom Callie grávida e Trice inicando a sua pesquisa da cura do Alzheimer junto com Derek, muita coisa vai mudar. A chegada de não só um, mas três bebês na roda de amigos.