Min Barnepike | Drarry

04. far blir bedre

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Boa leitura!

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04. far blir bedre.

Draco estava sentado em uma poltrona no canto do quarto de Astrid enquanto bebia calmamente seu whisky.

Era pouco mais de meia noite quando ele entrou no quarto, sem entender o porquê, ele só queria observar a garotinha dormindo, ter certeza de que ela estava bem.

É difícil ser pai, ele observa, ainda mais ser pai de Astrid.

Observar a garota faz ele lembrar da mãe dela, Astoria era uma boa pessoa, ele pode até dizer que um dia talvez fosse chegar a amá-la, ele nunca saberia, no entanto.

Astoria foi sua melhor amiga por anos, até que uma noite depois de uma bebedeira eles fizeram Astrid, Astoria não queria filhos, mas Draco queria.

Então eles começaram a namorar, não era fácil, em muitos momentos Draco pensou em jogar tudo para o alto, quanto mais tentavam se amar mais se odiavam.

Mas então Astrid nasceu, e por seis meses tudo foi perfeito, ao menos para ele, ele trabalhava e quando chegava em casa tinha uma filhote cheirosa o esperando, uma namorada legal e um sentimento crescendo no seu peito.

Até que tudo se foi, ele acordou um dia com o choro alto de Astrid e Astoria não estava na cama, ele se levantou para ver se a garota precisava de ajuda, mas Astoria não estava no quarto da filhote.

Ele rodou o apartamento e ela não estava lá, eram três da manhã e, quando ele viu a carta no balcão, a ficha dele caiu.

Tinham poucas palavras, mas ele nunca se esqueceria delas ou de como sua filhote chorava com fome enquanto ele tentava entender como esquentar o leite que a loira deixou em uma mamadeira.

As palavras rodando sua mente outra e outra vez.

"Me desculpe por isso, Draco, você mais do que ninguém sabe que meu sonho nunca foi esse, eu não quero ser mãe, eu não quero ser uma esposa, eu não quero essa vida, eu achei o anel no meio das suas coisas e isso me apavorou, enquanto eu me sentia sufocada você estava pensando em propor, eu sinto muito, mas não posso fazer isso, vocês dois são um raio de sol e eu sou uma chuva de madrugada, você quer casar e eu quero fazer meu nome, eu precisava ir."

Draco lembra de ligar chorando para a sua mãe porque ele não sabia fazer aquilo, ele estava sozinho e apavorado.

Depois daquilo ele começou a beber e fugir do apartamento como se aquele lugar fosse uma praga.

Ele se enfiou em trabalho e em responsabilidades, deixando a maior de todas para a sua mãe.

Como ele podia estar com Astrid quando tudo nela o fazia lembrar?

Os olhos azuis, o cabelo loiro, o narizinho.

Ela é a mãe dela inteira.

E Draco não conseguia lidar com isso.

Alguns meses depois ele conheceu a mãe de Katrine, o nome dela era Pansy.

Ela era fútil, mesquinha, esnobe, mas o sexo deles era bom e eles se ajudavam nos períodos.

Até que a gravidez veio e nenhum dos dois queria um relacionamento e Pansy com certeza não queria um bebê.

Então Draco basicamente teve uma barriga de aluguel, ela teve Katrine, abriu mão de todos os direitos e foi embora, sumiu da vida dos dois.