Min Barnepike | Drarry

08. dette er min mor

08. dette er min mor.

Demorou alguns dias (11 dias, para ser exato), mas Harry conseguiu convencer Draco a colocar Astrid em uma aula de balé após a alfinha comentar que queria ser bailarina como a Barbie.

E então lá estavam eles, como sempre atrasados para sair de casa, a aula começaria em trinta minutos e se eles tivessem sorte eles levariam vinte até o estúdio.

— Harry, nós precisamos sair. — Draco falou enquanto balançava uma Katrine sonolenta no colo, sua filhote estava dormindo pouco durante a noite por conta dos dentinhos nascendo.

— Espere, alfa, estou arrumando o cabelo dela. — falou concentrado em fazer o coque perfeito em sua abelhinha.

— Ômega, o cabelo dela está incrível, acredite em mim, sim? Sabe que eu não mentiria pra vocês, temos que sair ou ela vai se atrasar, não queremos que nossa garotinha se atrase no primeiro dia. — falou e o ômega bufou fazendo biquinho.

— Está bom mesmo? Quero ser um bom ômega e arrumar o cabelo dela, minha mamma costumava arrumar meu cabelo todo dia pra ir pra escola. — falou e Draco sorriu carinhoso.

— Um gatinho tão dedicado, o cabelo dela está ótimo, não está, abelhinha? — perguntou para a garota que parecia aérea enquanto tomava achocolatado no seu copinho de bico, mas que olhou rapidamente para o pai.

— Eu linda, gatinho arrumou. — sorriu e Draco sorriu franzindo o nariz para a sua filhote fofa. — Astrid ner-vo-sa pra ir pro balé. — falou tendo que falar a palavra difícil devagar assim como seu ômega ensinou. — Mas não preciso, porque gatinho e pappa vão estar comigo. — falou sorridente.

Astrid fazia o coração de Harry se encher de carinho e orgulho e uma leve olhada para a pequena ômega que estava começando a pronunciar melhor as poucas palavras que conhecia o seu coração transbordava.

Ouvir Katrine falar sua primeira palavra, e ser para o chamar de 'mamma' há quase um mês atrás mudou algo dentro dele.

Ele era mãe agora.

Ele não consegue explicar em que momento nos seis meses trabalhando ali ele passou de funcionário para parte da família, mas aconteceu de uma forma tão suave e tão certa.

Ele se sentia tão sortudo por ser a figura materna de Katrine.

Ainda assim, uma pequena parte dele se encolhia sempre que Astrid o chamava pelo nome, ou por 'gatinho'.

Ele ama isso, mas, ainda assim, tem uma pequena parte invejosa e amargurada dele que não queria aquilo.

Queria mais.

Seu lobo via aquela família como sua matilha, eles eram sua matilha na forma mais pura da palavra.

Harry morreria pelas suas filhotes e ele não sabe em que momento isso chegou para ele.

Mas ainda assim, ser o Harry, o gatinho, não era o suficiente.

Ele queria ser a mamma, queria ser o ômega.

Porque sim, Harry queria Draco.

E ele sentia que o alfa o queria de volta.

Às vezes ele conseguia ouvir com certeza as sirenes tocando em alto som "esse é seu alfa" e ele via nos olhos do alfa a mesma realização.

Mas então ele dava um passo à frente e Draco dava dois passos para trás.

Era tão malditamente confuso.

Draco o deixava maluco.

Como há dois dias atrás quando ele estava cozinhando e Draco foi até lá e o abraçou por trás beijando sua bochecha e murmurando como ele estava cheiroso e então simplesmente o soltou e sumiu.