Me levantei fui ao banheiro e para minha sorte ou não, nada tinha acontecido, não tínhamos transado, ou se tínhamos não deveria ter sido muito bom, porque do meu ponto de vista sexo bom deixa marcas no corpo, tomei um banho caprichado, higienização completa e fui pra cozinha preparar um cappuccino porque eu estava com uma vontade louca de um, terminei o café fui a panificadora busquei pães, bolo, e um queijo fresco, voltei pra minha casa e tinha um bilhete na minha cozinha deixado pelo Edgar dizendo: Fui a minha casa tomar um banho e escovar os dentes, já volto. Se fosse o Agnaldo usaria minhas coisas e se servisse vestiria minhas roupas, não foi muito tempo o Edgar entrou, se desculpando por não ter tocado a campainha, eu falei que sem problemas já tinha me visto de cueca, poderia entrar na minha casa sem tocar a campainha essa era a senha.
Rimos um pouco, e ele me disse que eu só não o vi de cueca porque estava muito bêbado, aproveitando a deixa eu disse pra ele que esse é um dos piores problemas da bebida perdemos chances únicas, ele deu uma arqueada na sobrancelha direita e disse:
– Quem disse que essa chance foi única? A felicidade pode estar na porta ao lado não é isso que os intelectuais costumam dizer...
Se sentou comigo para tomarmos café, ficamos um do lado do outro, comemos em silencio, ele lendo as noticias pelo aplicativo do celular e eu verificando as minhas redes sociais do meu, a tecnologia afastando as pessoas próximas e aproximando as distantes né, sempre assim... Tomamos nosso café, o senso de oportunidade dele é ótimo, ele sempre se preocupa em estar incomodando, ou atrapalhando...
– É melhor eu ir embora né, já fiquei tempo demais aqui e você deve ter mais o que fazer além de ficar me aturando.
– Imagine fique a vontade, eu não tenho nada pra fazer, sua companhia é muito bem vinda, agora a grande pergunta é... Você quer ficar?
Sabe quando constrangemos uma pessoa? Ele ficou exatamente com essa expressão abaixou o rosto e ficou vermelho, perguntei mais uma vez se ele queria ficar, ele me olhou e apenas fez um sinal positivo com a cabeça o que foi muito bonitinho de se ver, ele já é avermelhado quando fica com vergonha então... Nossa chega a ser inspirador do quão vivido ele fica, fomos para o meu quarto assistir tv, porque estava um calor louco em Goiânia e tudo que eu queria era ficar no ar-condicionado, enquanto assistíamos tv conversamos sobre coisas banais, em certo momento ele ficou calado eu olhei para o lado ele dormia coitado, tinha acordado cedo só pra escovar os dentes e tomar banho, que gracinha, como sono é uma coisa contagiante, não demorou muito eu também apaguei, peguei no sono...
Acordei às duas da tarde, o Edgar ainda dormia ao meu lado, me levantei, coloquei o lixo pra fora, porque tinha me esquecido de fazer isso no dia anterior, quando estou na minha calçada o Agnaldo abre a porta da casa deles e sai junto com a Lola, ela me vê e vem correndo pra me abraçar, como eu queria não ser tão bom como eu sou. Ela me abraçou disse que estava com saudades que queria que eu almoçasse com eles, eu já disse isso, mais repito que vontade eu tenho de andar armado mais nesse caso eu queria ter uma calibre doze pra dar um tiro na cabeça dela, mais me controlei e me contentei em falar...
– Adoraria mais não posso estou com visita em casa, vou preparar algo pra comermos aqui mesmo, mais agradeço o convite.
O Agnaldo me olhou com uma cara de ódio, eu adorei, mais já me questionava se queria mesmo ele, não sei pela primeira vez eu não dei aquela bambeada nas pernas quando eu o vi, sei lá, não é fácil explicar eles saíram e eu fui pra minha casa, queria sair pra comer, mais nesse horário os bons restaurantes já fechavam então fiz algo na minha casa mesmo... já tinha terminado o almoço e nada do Edgar acordar então fui ao quarto chama-lo estiquei o braço pra o acordar ele me puxou e eu fiquei em cima dele, fiquei entre suas pernas, por mais escuro que o quarto estivesse eu ainda conseguia ver seu rosto que tinha um leve sorriso, controlei a situação e disse ao ouvido dele...
– Vem comer, já esta servido.
– Será que eu entendi direito, porque eu realmente acho que não.
– Pervertido, eu me referia ao almoço, vamos almoçar, deve estar morrendo de fome.
A boca dele tinha um cheirinho de hortelã deu vontade de beijar, mais me controlei, sou um homem que tem um controle incrível, ao invés desse pessoal gastar fortunas com yoga deveriam ter aulas comigo, eu arraso nessa arte... eu assei uma costela bovina, arroz branco, salada síria, e fritei batatas tudo muito simples mais até eu comi muito, e ele então nem se fala, eu ficava pensando como ele conseguia ser magro com um apetite monstro daquele, só caminhada não podia ser, mais a forma que ele come é bem mais comportada que a do Agnaldo, almoçamos juntos e fomos descansar no quarto coisa mais errada do mundo comer e deitar mais era preciso, ficamos um tempo deitados na cama papeando, e ele me disse que iria embora pra eu poder descansar, me deu um selinho tímido e foi embora, eu tranquei a minha porta e voltei pro meu quarto, eram mais ou menos quatro da tarde, fiquei pensando na agradável companhia que ele tinha se tornado e pensando em como ele poderia ser na cama com certeza deveria ter uma pegada bruta e pouco romântica, considerando a trombada que ele me deu...
Não vi mais ninguém no domingo apenas troquei umas mensagens com ele, durante a semana eu evitei ver o Edgar, se bem que era complicado ele tinha mudado de turno no trabalho dele, e começava agora as 6 da manhã e saia as 15:00 horas, as 16:00 já estava em casa tinha mudado seu horário de caminhada, ou seja não mais o veria todo dia de manhã suado e de regata, a semana foi intensa e tumultuada tive que ensinar minha receita no restaurante, e ela bombou no cardápio, foi apelidada de gordice dos deuses por alguns clientes, por levar Sorvete de chocolate belga, leite condensado e iogurte grego, mais admito é uma delicia, fiquei até cinco da tarde no restaurante, fui pra minha casa estacionei o carro na porta já que iria pra faculdade mesmo, e entrei em casa... Assim que entrei minha campainha tocou eu estava na porta ainda, abri era o Edgar com um sorriso enorme no rosto e olhos luminosamente azuis.
Me disse que estava com saudades me abraçou e me deu um presente, ano passado aqui na cidade teve um estilista que estourou, as camisas dele que custavam entre 80,00 reais passaram a custar 300 uma coisa de louco, e se tornaram peças com o mesmo peso de Hugo Boss e Giorgio Armani, me deu uma camisa desse designer eu fiquei maravilhado com a iniciativa, mais ao mesmo tempo muito sem graça odeio ganhar presentes sem retribuir...
– Obrigado Edgar, mais eu não comprei nada pra você, se soubesse teria te dado alguma coisa pra retribuir.
– Me dá um beijo pra mim já é mais que o suficiente pra retribuir o presente que eu estou te dando.
– Serio quer mesmo um beijo meu?
– Já tem um tempo que eu quero e pra mim essa semana não passou porque fiquei bravo comigo mesmo por não ter tentado isso antes, mais então vou ganhar meu beijo ou não?
– Entra e fica a vontade eu vou ao meu quarto trocar de roupa, e quando eu voltar eu venho com a resposta, mais se mantenha otimista as chances são boas...
Dito isso ele abriu um sorriso e entrou na minha casa, e ficou me esperando na sala enquanto eu caminhava pro meu quarto trocar de roupa, na verdade eu fui escovar os dentes, tinha acabado de comer doce no caminho pra casa, e também tinha que criar coragem pra fazer o que ele queria...
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O Cara da Casa ao Lado.
RomanceDeo um gay que ver sua vida muda de cabeça para baixo com a chegada de seus novos vizinhos dois héteros mulherengo e muitos folgados. Deo se ver no meio de dois lindos homens disputando seu Amor...