O Cara da Casa ao Lado.

23-O interrogatorio da "cobra" sogra

tivemos uma tarde muito agradável na minha casa, muito mesmo apenas nós dois conversando e fazendo graça, sem nenhuma visita inesperada e nem telefonemas surpresas apenas a gente, jogamos videogame, e decidimos não sair pois no outro dia eu não queria estar com aquela cara de derrota na casa da mãe dele, pelo contrario eu decidi que faria algumas sobremesas pra levar, chamei ele pra ir ao mercado comigo, não no Extra do setor ferroviário, eu não piso lá até hoje, fomos ao Carrefour, eu ainda não tinha em mente o que faria para minha sogra, mais seria algo fantástico, fui pegando coisas aleatórias, o Edgar empurrava o carrinho e ficava colocando a mão em tudo como crianças, eu observando ele, apenas de bermuda, camiseta e chinelo, mesmo assim estava tão lindo...

E como de costume sempre encontro alguém no mercado e lá estava ele o Lucas e o top Chef mais desta vez tinha mais duas pessoas com eles, quando me viram fizeram aquela cara de bosta e o Lucas abaixou a cabeça, olhei pro Edgar que já estava com a cara fechada olhando pra eles, e aqueles olhos claros ficam ainda mais lindos quando ele faz cara de mau, compramos tudo o que eu queria pagamos e fomos pra minha casa, quando cheguei coloquei tudo no balcão e esperei a inspiração pra começar, o Edgar também já sacou que eu gosto de ficar sozinho quando cozinho e foi pra sala jogar videogame, mais se sentou no sofá que dava pra me ver da cozinha, um fofo mesmo, por fim eu fiz um bolo de bolacha Maria e pasta Americana, Uma torta de frutas vermelhas e Iogurte Grego, desenvolvi uma receita de iogurte que leva queijo fica com a mesma textura de Danoninho é divino...

Fiquei exatamente quatro horas dentro da cozinha, andando entre o micro-ondas, forno elétrico, fogão e freezer essa coreografia que eu tanto adoro, não quis fazer nada exagerado pra não correr o risco de ficar forçado então só fiz receitas geladas, odeio cozinhar em cima da hora, mais ainda fiquei com a sensação que deveria ter feito os meus tão famosos cupcakes, meus amigos apelidaram de DeoCakes achei legal o nome, quem sabe um dia, depois que terminei tudo ainda preparei jantar para mim e o Edgar, fiz charutos de Carne é um saco de fazer, tem que cortar a carne em fatias muito finas é quase um processo cirúrgico, porem fiz com a maior boa vontade do mundo, ele adora minha comida, fora os charutos eu fiz arroz branco e salada de tomate e couve, tudo muito simples...

Adoro o ver comer, come muito bem, parece criança comendo, ele fica concentrado só no prato dele e nem nota que eu fico olhando pra ele feito um bobo, admirando ele comer, e como de costume ele comeu mais de duas vezes, quando ele como pouco aqui em casa é duas vezes, tomou suco de abacaxi e hortelã, eu queria tirar ele desse mundo de coca-cola e refrigerantes era minha missão em 2012, fui pra sala com ele depois de jantarmos e ficamos lá até as 3 horas da manhã, acordamos no domingo de manhã as nove horas da manha, tomei meu banho rezando para aquele dia passar logo, eu queria vir embora antes mesmo de ir, mais era inevitável, saímos da minha casa exatamente as 10 da manhã fomos no carro dele, mesmo eu insistindo para irmos cada um em seu carro mais fazer o que, ficaria estranho mesmo, quando chegamos já tinham seis carros na porta da casa, eu já desesperei...

Quando desci do carro eu pensei que meu coração fosse parar dentro do meu peito, pegamos as sobremesas e entramos na casa dele ele me pedia pra ficar calmo e eu quase chorando de tanta ansiedade e medo, a casa é bonita e com muita área de circulação com uma ótima área de lazer nos fundos e era lá que o pessoal dele estava quando nos viram a maioria se silenciou e ficou me observando andar, a não ser por uma mulher que veio em nossa direção pegou as bandejas da minha mão voltou e me deu um abraço, era a irmã dele. Ela é geneticista eu ainda não sei o que isso significa, ela me disse que eu sou um desperdício de material genético, porque meus dentes são bons, estrutura boa e blá, blá, blá parecia meu pai examinando gado quando ia negociar com outro agropecuarista, me apresentei a ela em reciprocidade ela fez o mesmo, me disse se chamar Eliana e me segurando pelo braço me arrastou onde estavam todos me apresentando a um por um, foram educados me olharam nos olhos quando me cumprimentaram.

Finalmente chegamos ao pai do Edgar, é o mesmo de ver ele, porem com o cabelo preto e um pouco mais baixo, ele se levantou me cumprimentou e ficou me olhando calado, eu queria correr, mais quando o silencio ficou estranho ele disse... Bem Vindo. Isso quebrou o climão que tinha ficado, a irmã do Edgar me agarrou pelo braço de novo e me levou pra dentro da casa na cozinha, onde tinham algumas mulheres, finalmente eu estava em casa, eu me referia a cozinha Ok... (Risos) quando entrei minhas receitas já tinham feito sucesso, me perguntaram onde eu tinha comprado tudo, eu disse que tinha feito isso foi a melhor coisa que eu fiz todas caíram de amores por mim, menos a mãe do Edgar que começou a me interrogar sem nem ao menos ter me cumprimentado...

- O Edgar me disse que você estuda pra ser cozinheiro de restaurante é verdade?

- Na verdade eu estudo gastronomia, e pretendo ser chef de cozinha sim.

- Chef e cozinheiro é a mesma coisa, e quando ganha um cozinheiro com diploma hoje em dia.

- Em média uns R$ 6.000,00 onde eu trabalho o nosso Chef ganha R$ 10.000,00 isso varia de quantas receitas suas tem incluídas no cardápio.

- E você por algum acaso tem receitas nesse cardápio? O que sua família faz? Você vem de onde?

- Eu tenho uma receita no cardápio senhora e mais três em analise, o nosso chefe tem 5, meu pai é fazendeiro, minha mãe é biomédica e eu sou de Goiatuba-GO.

- Você tem irmãos? Eles tem ensino médio completo? E com quem você mora naquela casa?

- Tenho duas irmãs senhora, a mais velha é Odontóloga e mora em Ribeirão Preto e minha irmã do meio é Cardiologista aqui mesmo em Goiânia no Hospital Santa Genoveva, eu moro sozinho porque a casa é minha eu não pago aluguel.

Quando respondi tudo o que ela queria saber o tratamento comigo mudou totalmente, aquela filha da puta interesseira até abriu um sorriso pra mim e me cumprimentou finalmente e disse que apesar de tudo eu ainda era um bom partido para o filho dela, eu já estava saindo da cozinha as tias dele me chamaram de volta pra ajudar no almoço, eu fiz de bom grado, pensei comigo mesmo - Eu vou é conquistar esse povo pela boca, vou fazer todo mundo elogiar minha comida. Eu comecei a cozinhar e ensinar ao mesmo tempo como fazia isso, ela me pediu pra fazer um quiabo mais não poderia escorrer porque o pessoal não gosta e nem poderia ser frito, ela estava me testando.

Eu tenho uma receita ótima para isso não acontecer, é horrível quando o quiabo (baba) mais eu sei secar ele sem fritar, fiz o que ela me pediu, uma sala síria, e fiz arroz de forma, elas nunca tinham visto desenformar arroz antes, fica parecendo um bolo, decorei ele com tomates, e a mãe dele fez o resto, ela fez uma carne recheada, feijão tropeiro, sentamos pra comer, todos impressionados com minha receita de arroz o melhor de tudo é que se corta ele igual a bolo e a base não desmancha o segredo é um corte com linha que eu faço quando desenformo fica tudo durinho na hora de ser servido. Mesmo todos me tratando bem eu via que tinha um clima de hostilidade principalmente com a mãe dele que ficava com indiretas pra cima de mim toda hora, e ainda se sentou do meu lado.

O Modo como me comporto a mesa é diferente deles, eu tenho modos eu saboreio a comida, e ela errou a mão no sal e na pimenta da carne ficou muito acentuado, quase tive que tomar agua mais me segurei pra não dar na cara que não gostei, tinham umas crianças lá que ficavam conversando comigo, as mães estavam de boa, mais a minha sogra toda hora chamava eles, ou mandava eles irem brincar, por certo pra não pegarem minha doença, servimos as sobremesas, era obvio que todo mundo iria amar até minha sogra ficou surpresa com o meu iogurte, ela comia como criança e as crianças então nem se fala, adoraram tudo o bolo, a torta, o iogurte fiz sucesso no almoço, ou melhor na hora do almoço porque quando ele acabou eu fui acolhido pela minha cunhada que me levou pra varanda da frente com as outras mulheres, porque no fundo tinham estranhos, os homens ficaram mudos com minha presença, então me juntei as mulheres, foi até agradável mulheres sabem ser cordiais mesmo sem gostar...

Quase agradeci quando o Edgar me chamou pra despedir de todos, quando íamos saindo eu fiz o convite para visitarem a minha casa quando quisessem a irmã do Edgar disse que mal esperava a hora do meu convite e as tias dele disseram que também iriam e finalmente fomos embora pra casa a mãe dele me deu um tchau seco e o pai dele já foi mais caloroso agradeceu minha presença, a comida e disse para voltar quando quisesse, nos despedimos deles e finalmente fomos embora...