Cᴜɪᴅᴀᴅᴏs.

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Dobro a esquerda ignorando o olhar das pessoas sobre mim seguindo reto. Alisha seguia reto, e em nenhum momento olhava para trás. O que houve com ela? Parecia abatida, suja...

O que houve com você prima...?

Meu pé esquerdo escorrega sobre o lodo verde do chão, meu pé vai para frente e meu corpo fica impulsionado com ele. E sinto a forte pancada em minha cabeça. Fico meio zonza. Viro meu corpo para cima vendo o céu em clima de chuva. O sol estava se escondendo atrás das nuvens.

— Any!? — Meu corpo é levantado do chão e foco no rosto em minha frente. — Caramba está sangrando, vem comigo. — Adam pega em minha cintura me conduzindo até o banco da praça, me sento colocando a mão na testa vendo um pouco de sangue assim que a retiro. — Foi uma bela pancada.

— Acho que sim. — Respondo confusa e o vejo sorrir de lado negando.

— Me espere aqui, já volto. — Assenti.

ALISHA! Dou um pulo do banco ignorando a dor em minha cabeça olhando para os lados. É claro que a perdi de vista. Suspiro pesado tirando o celular do bolso. No segundo toque, Vinnie atende.

— Vinnie, eu a perdi de vista.

— Perdeu?

— Praticamente bati de cara com o chão. — Ouço sua risada me fazendo revirar os olhos.

— Desculpa, é que eu imaginei a cena agora. — Sorrio negando vendo Adam se aproximar com algumas coisas em sua mão. — Precisa de ajuda?

— Não seja idiota Hacker, eu to viva. Tenho que desligar.

— Lenço umedecido e um Band Aid. — Ele mostra os dois os erguendo, como se estivesse mostrando á uma criança. — Afinal, o que houve?

— Minha prima. — É tudo que respondo e sinto o úmido do pano passando lentamente.

— O corte foi pequeno. Vou passar esta pomada, não está muito inchado. — Assenti sentindo uma leve dor. — Pronto. — Ele se afasta olhando o canto de minha testa analisando sua obra de arte.

— Obrigada. — Adam sorri tímido guardando de volta tudo na sacola. Calço meu sapato soltando um suspiro pesado e me levanto começando a andar de novo.

— Espere! — Me viro vendo minha bolsa em sua mão. — Quer uma carona até a empresa? — Se aproximando, pego a bolsa em agradecimento.

— Não está tudo bem, eu vou comprar alguma coisa antes, ainda não comi nada. — Aperto minhas mãos nervosamente uma na outra.

— Posso acompanhá-la?

— Hã... pode ser. — Falo confusa arrumando minha bolsa sobre o ombro. — O que fazia por este lado?

— Almoçando, quando estava saindo te vi correndo levando uma bela cabeçada. —Rimos. Adentro a lanchonete pedindo algo rápido e simples. Ao terminar de comer, peço a conta. — Está com dor ainda?

— Não, estou bem. — Puxo a carteira pronta para pagar, mas logo sou barrada. — Mas...

— Pode deixar. — Nego imediatamente o encarando seria.

𝗠𝗬 𝗗𝗢𝗠𝗜𝗡𝗔𝗗𝗢𝗥.↳ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᶜ̧ᵃ̃ᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora