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•Ivy.

Estou em um parque de diversões, sentada em um banco com uma flor azul em minhas mãos.

Vim sozinha para o parque, mas sem intenção de brincar nos brinquedos, vim apenas para relaxar e olhar as crianças brincando nas montanhas russas.

Não moro aqui, moro bem longe inclusive, amanhã irei embora, então por isso vim aqui, para distrair a cabeça.

Fico observando a flor, tão frágil, um aperto mais forte e ela se machuca, talvez eu seja assim, como uma flor.

— olá, bela dama. — uma voz familiar me chama, em meio as risadas das crianças do parque.

E então eu olho para cima, havia um garoto em pé na minha frente, e estranhamente eu o conhecia, bom, não pessoalmente.

— meu Deus! Bentley Manson? — me levanto rapidamente para cumprimentá-lo

Ele é simplesmente o irmão de um astro do Rock, o Famoso Derick Manson, Bentley não é muito conhecido, não quanto o irmão, ele é mais reservado, e eu o admiro tanto. Sigo ele nas redes sociais, por incrível que pareça, ele me segue também, interage comigo. Talvez porque eu seja uma leve fã louca que comenta em todas as suas publicações.

Nunca, na minha vida, imaginei encontrá-lo pessoalmente, meu corpo está em um leve choque, acho que me sinto em um livro.

— Ivy, certo? — ele diz me encarando com aquele olho verde claro

Ele sabe meu nome!

Não que isso seja novidade, ele me segue nas redes sociais, as vezes curte algumas fotos minhas, mas mesmo assim estou em choque.

— isso, sou a Ivy, é uma honra te conhecer — sorrio e ele retribui, que sorriso lindo

— acredite, a honra é toda minha — ele me olha com precisão — desculpa te atrapalhar, mas, eu estava aqui sozinho, vim para relaxar um pouco a cabeça, eu trouxe um lápis e um caderninho na intenção de depositar meus sentimentos no papel, gosto de fazer isso, eu te vi aqui sentada, olhando essa flor, e então decidi lhe desenhar, espero que goste — ele diz e me entrega um desenho

O ar me falta na hora, nunca vi um desenho tão lindo, tão delicado, era eu ali naquele papel, com uma flor na mão, no desenho eu estava sorrindo, mesmo que pessoalmente eu estava séria, pensando nos problemas, ele me fez alegre.

— caramba isso é tão lindo, Bentley. — eu o olho com os olhos marejados, meu peito quase sai pela boca.

Uma pessoa que eu admiro fez um desenho meu, para mim.

— nem sei como agradecer — digo fazendo carinho no desenho

— ver seu sorriso já é um grande agradecimento — eu o olho sorrindo

Não me contive e o abracei, não um abraço desesperado de uma fã, mas sim, um abraço sentimental, me senti acolhida quando seus braços apertaram minha cintura.

Senti seu cheiro entrando em minhas narinas, seu perfume amadeirado fez meu coração palpitar, que sensação maravilhosa.

— você está sozinho? quer companhia? — pergunto saindo do abraço guardando o desenho na minha carteira, guardarei ele como minha alma.

a alma não morre.

— estou sim, podemos ir na montanha russa, que tal?— ele diz fazendo um gesto engraçado com as mãos me fazendo rir

— acho uma boa ideia — dou uma piscadela e o puxo pela mão o levando para a montanha russa

— é meio alto né? — ele diz ainda segurando minha mão

— é, mas assim que é legal — digo, porém morrendo de medo por dentro.

Compramos algumas fichas e lá fomos nós.

Eu gritei tanto, e o bonitinho só sabia rir de mim.

— você tinha que ver sua carinha — ele diz rindo

— tá, não foi uma ideia tão boa assim — eu o seguro pela mão levando para uma barraca de sorvete dentro do parque

Já estava quase de noite, o sol já tinha praticamente se posto, mas qualquer hora é hora de sorvete.

— eu pago —digo rapidamente antes de fazer o pedido

— nem pensar, eu pago — ele rebate na mesma hora

— você me deu o desenho, é como se fosse uma retribuição — digo e então pedimos os sorvetes, pedi um de Pistache e ele de Baunilha clássico.

— nunca, eu pago os sorvetes, sem mais nem menos — ele dispara e ficamos esperando o sorvete ser servido

— não

— sim

E então eu bufo revirando os olhos e ouço sua risada.

Pegamos o sorvete e sentamos em um banquinho, cujo é o mesmo que eu estava sentada a alguns minutos atrás.

Sentamos ali e ficamos conversando, nós temos uma espécie de conexão, é difícil dizer.

Sinto algo nessa noite.

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𝐔́𝐋𝐓𝐈𝐌𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora