Lua Violeta - Sterek

Capítulo X

Após conversar por um tempo com a bruxa - que Miguel descobriu chamar-se Thetis -, o rapaz percebeu que seriam grandes amigos; a personalidade calma e amigável da outra funcionando como uma injeção de endorfina em si, fazendo-o relaxar.

- Seus olhos são muito bonitos. - o Gajos fala, após um confortável momento de silêncio.

Thetis dá de ombros para seu elogio, sorrindo.

- O vermelho para nós é a personificação do poder, da vida e da criação - Ela explica de forma didática, o encarando. - Os seus serão violetas, representando o equilíbrio.

Ele acena com a cabeça, antes de desviar o olhar para o horizonte, tentando encontrar o ponto exato onde a imensidão azul dá lugar à amarela; sem êxito nesta tarefa, ambos se mesclavam de uma forma tão sutil que não era possível encontrar tal ponto.

- Que lugar é este? - Pergunta, sem olhar para a outra.

- Estamos dentro do meu coração. É muito bonito, não acha? - Pergunta, sem se virar para o castanho.

O Gajos desvia o olhar do horizonte para a bruxa.

- O seu coração?

Ela apenas acena com a cabeça, em concordância, olhando ao redor.

- Sim, é lindo. - Ele decreta, se sentando no chão em seguida e sendo acompanhado por Thetis em sua ação.

Os dois conversaram por horas a fio, pois ambos sabiam que, a partir daquele dia, a bruxa estaria com Miguel até seu último dia.

••۞••

Miguel está parado em frente à porta da casa que ele tão bem conhece, a mesma casa que guarda com tanto carinho em suas lembranças; pois foi nela que ele viu o dono daqueles belos olhos castanhos crescer, assim como foi nela a última vez que os viu.

Ele bate na porta.

Está nervoso. Muito nervoso. Faz quase dez anos que não entra em contato, que não troca uma única palavra, mas não pôde evitar de vir correndo para saber como o outro está.

Uma semana antes, Miguel tivera um sonho estranho - Algo incomum, já que warlocks não sonham. -, ele não se lembra ao certo como o sonho fora, mas sabe que precisa estar aqui, precisa vê-lo.

A porta é aberta.

Um cheiro extremamente atraente toma conta dos sentidos do Gajos, inebriando-o de uma maneira estranha. Até que uma voz puxa sua atenção para outro objetivo.

- Miguel! - É Stiles. É realmente Stiles na sua frente.

Os dois primos sempre foram muito parecidos, porém, os anos separados deu a Miguel a impressão de que a semelhança havia sido fortemente acentuada.

- E aí, Stiles, feliz aniversário! - Foi o que o maior respondeu ao abraçar o outro, erguendo-o do chão.

- Miguel, quanto tempo! Por que não avisou que estava vindo? - Stiles não parava de sorrir, o que causou uma sensação boa no Gajos.

- Porque chegar do nada na casa dos outros depois de passarem anos sem se ver é a maior surpresa que alguém pode dar. - Coloca o menor no chão.

- E que surpresa! Pensei que você estive morto depois desses anos. Não tem celular no México?

Por um momento, o mais velho questionou-se de como havia conseguido viver sem as brincadeiras de Stiles.

- Sabe como é, né, vida corrida - Fala, rindo - Senti saudade do seu senso de humor questionável.