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Sábado
Lizzie McGonagall

A Academia Nevermore é um espaço seguro, onde todos os estudantes podem desfrutar de seus dons livremente e aprender, há várias gerações de famílias que passaram por lá.

Carrego comigo o dom da agilidade, meus reflexos são incríveis, o que me ajudou em muitos momentos da minha vida.

[...]

Recebi uma correspondência da minha mãe dizendo que iria comparecer ao dia da família, isso é bom.

Parentes e familiares dos estudantes estavam chegando e por um piscar de olhos, o pátio já estava cheio de pessoas, logo vi meus pais passando pelos portões da escola, fui até eles.

-Oi mãe - Oi pai.

- Olha quem está aqui, a mais recém estudante da Nunca Mais, Está se adaptando bem? - perguntou o meu pai com um sorriso sem mostrar os dentes.

- Melhor do que nunca. - Respondi.

Logo minha mãe passou pelo meu pai me puxando para um abraço bem apertado.

- Ah, minha filha preferida. Diz ela em um tom meloso.

Eu sou filha única.

- Já fez amigos? - minha mãe perguntou.

- Eu reecontrei a Sinclair.

- Claro, vocês eram unha e carne no fundamental. -- disse minha mãe sorrindo frouxo.

A verdade é que não tínhamos muitos assuntos a comentar, sempre eram as mesmas perguntas.
Minha mãe rodou os olhos à procura de alguém, a Diretora Weems.

- Liza, tenho alguns assuntos a tratar, volto logo. Minha mãe disse e deixou um beijo estralado em minha bochecha.

Enquanto isso, meu pai estava em uma ligação no telefone, como sempre, assim que percebeu que eu estava o olhando, sorriu sem mostrar os dentes e voltou a falar algo que não estava prestando atenção e tão pouco interessada.

Caminhando pelo pátio olhei de relance para cima
e vi Xavier, olhando para mim, acenei e ele retribuiu.

Xavier Thorpe

Estava apoiado em um dos muros dos corredores que dava a visão de todo o pátio, e lá estava ela, olhou para cima e acenou, acenei de volta.

Em um momento de distração, me assustei com uma voz logo atrás de mim.

- Está sozinho? - Lizzie perguntou.

- Como? Não estava lá embaixo agora pouco?
Ela só levantou os ombros em sinal de confusão.

- Sim, estou sozinho - respondi. - Minha família não veio.

- Isso sempre anda acontecendo? - perguntou a garota ao meu lado.

Na verdade ela já sabia, os pais da mesma sempre me acolhiam das muitas vezes em que o meu pai não aparecia.

- Pois é - Tá afim de sair daqui? - Olhei para a mesma que assentiu.

[...]

A levei para a minha galeria, que fica no meio da floresta, mostrei alguns dos meus desenhos.

- Você que fez? - perguntou admirando as telas.

- E olha isso, usei o meu dom para dar a vida a
uma mariposa rosada e ela voou da tela para a minha mão, Lizzie observou com curiosidade, e assim fechei e virou pó.

- Incrível - disse a mesma olhando fascinada.

Sorri com o elogio.

Logo lembrei que queria a convidar para ser a minha acompanhante no baile Raven'N, essa era a hora, só estava meio tímido pra isso, falei com o Ajax sobre e ele achou uma boa ideia, ele nunca discorda de nada, sempre parecia aéreo, com a mente na lua.

- Liz, eu-

- Xavier, acho melhor nós voltarmos, está ficando
tarde. Ela diz me interrompendo.

Ela não notou que iria falar algo.

- Claro - dei um sorriso meio frustrado.

O baile acontecerá daqui a quatro dias, ainda
tenho tempo. Pensei.

Voltamos para a escola e me despedi da McGonagall nos corredores.

- Adorei ter a sua companhia hoje a tarde. Disse Lizzie.

- O mesmo senhorita. fiz uma reverência brincando.

- Até amanhã.

- Até. Ela diz e fecha a porta.

Lizzie McGonagall

Entrei ao dormitório com um sorriso simplista estampado no rosto e que logo se desfez ao encontrar Enid chorando em silêncio, me aproximei da garota sem saber como agir e ofereci um abraço de consolo.

- Enid, o que houve? Pergunto meio confusa por sempre ver a garota tão sorridente.

- É a minha mãe, o meu dom de licantropia ainda não se manifestou, ela me acha uma decepção.

- Vai ficar tudo bem, não se exige tanto, no seu tempo vai acontecer.

- Obrigada. - a loira respondeu.

Assenti com minha cabeça,

Eu não sou muito boa em conselhos, mas tento o máximo ajudar principalmente as pessoas que amo.

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 É assim que acaba - 𝐗𝐚𝐯𝐢𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐨𝐫𝐩𝐞 Onde histórias criam vida. Descubra agora