𝘚𝘢𝘣𝘢́𝘥𝘰
L𝐢𝐳𝐳𝐢𝐞 𝐌𝐜𝐆𝐨𝐧𝐚𝐠𝐚𝐥𝐥A indisposição estava tomando conta da minha alma no momento, acabei de despertar e parecia que passei a noite em claro.
Eu tenho que me "resolver" com o Xavier, talvez ele ainda esteja chateado. Pensei
Logo me recordo que ainda tenho que ir a sala da diretoria.
Depois de alguns minutos, tomo coragem para levantar e cumprir minhas necessidades matinais.
[...]
— Lizzie, creio que está informada do quanto os alunos ficam vulneráveis na floresta, o que estava fazendo lá uma hora daquelas?! A diretora me advertia.
— Claro. Ela se lembrou da cena em que viu. -- Olha, sei que os adolescentes gostam de riscos, adrenalina, que seja, mas vou deixar passar desta vez, mas na próxima será uma detenção.
— Obrigada pela compreensão diretora Weems. Disse.
Ela assentiu.
Assim que saí da diretoria, fui até o pátio para encontrar com o Xavier.
No pátio encontro com Ajax, seu melhor amigo.
— Oi Ajax, tudo certo? você viu o Xavier por aí? Perguntei.
— Eae Lizzie, tudo sim, e por enquanto não o vi ainda. Ajax disse tranquilo.
Fui até o salão de esgrima, e nenhum sinal do Xavier.
Fui até o campo de arco e flechas. Nada.
Me lembrei da sua cabana de artes, por mais que fosse na floresta e eu estivesse restrita de ir pra lá, deve valer algo.
Chegando lá, abrir as portas devagar e o encontrei.
— Oi, eu procurei você por toda a parte, imaginei que estivesse aqui. Eu disse tentando quebrar o gelo.
Ele estava sentado em um banco de madeira fazendo alguns rascunhos.
— O que quer? Ele perguntou.
— Você ainda está chateado comigo?
— Não, sei que foi idiota da minha parte, nós não-
— Xavier. fui até ele e parei em sua frente. — Eu gosto de você, se é essa a sua dúvida, e sei que você não gosta muito do Tyler, mas você não precisa se preocupar com isso.
Ele me olhou e assentiu.
[...]
Voltamos para a escola juntos, Xavier desabafou sobre coisas em relação a ele e a nós, no final, foi bom para os dois, ele estava contente mesmo que não demonstrasse muito.
Ainda era tarde, pensei em ir ao cata vento às escondidas para esclarecer as coisas com o Tyler.
Essa seria a última vez que sairia da escola escondida, eu jurei a mim mesma.
[...]
— Certo, deixa eu ver se entendi. — Ele gosta de você e quer ser mas do que um amigo. Enid dizia.
— Vamos supor que foi algo parecido, eu não sei se quero interpretar dessa forma. Disse.
— Porque vocês não conversam?! Enid perguntou.
— Eu pensei em ir até a cafeteria, mas já está anoitecendo e eu não quero problemas.
— Ouvir dizer que o Galpin está trabalhando no turno da noite hoje, vai lá, se algo acontecer eu vou te encobrir. Enid disse me incentivando.
Já nas ruas iluminadas da cidade, chego até a cafeteria.
As luzes estavam meio apagadas, assim que entrei o sino da porta fez barulho.
— Estamos fechando. Uma voz soou meio longe.
— Então deveriam manter as portas fechadas. Disse.
Tyler se virou e parou de organizar a bancada depois que percebeu quem era.
— Lizzie? Ah sim. Depois daquele dia meu pai me deu um baita sermão, parece que naquela noite a floresta-
Tyler puxou assunto mas eu havia de ser rápida pois já era quase noite.— Sei que não é mais um local seguro. Disse lembrando das falas da diretora Weems.
— Eu só queria esclarecer algumas coisas entre nós.
— Claro. Tyler disse se aproximando.
— Quer dizer, que está pronta para ser mais do que uma amiga?! Tyler disse quase esboçando um sorriso.
— Tyler, olha, não podemos ser mais do que amigos, eu meio que gosto de outra pessoa. Disse sendo direta. — Me desculpa se eu fiz algo que você acabou entendendo errado ou-
— O Xavier? Você gosta do Xavier não é?! Tyler disse com um tom de distinção.
— Olha, eu tenho que ir agora. Disse apontando e dando passos pra trás até a porta do local.
Retornando a escola, percebi talvez eu tenha piorado e deixado um clima estranho entre eu e o Tyler.
Chegando ao pátio da escola, percebi que estava bem movimentado, vários alunos conversando e a diretora Weems parecia agitada.
Subi para os corredores para ter uma visão melhor do pátio, e me apoiei os antebraços no muro, logo senti dois braços rodeando minha cintura por trás e apoiando o queixo em cima dos meus ombros.
Logo me tranquilizei ao perceber quem era.
— O que está fazendo?! Xavier perguntou sorrindo.
— Apenas observando. Sorri.
Logo ele saiu da posição em que estava e foi para o meu lado.
— Porque a diretora Weems está tão inquieta lá embaixo? Perguntei ao mesmo.
— Parece que gravaram uma ameaça em fogo no gramado atrás da escola.
— Acha que tem alguma coisa a ver com o que está acontecendo na floresta?
— Provável que sim, o meu colega de quarto alegou ter visto um hyde e agora saiu da escola, o xerife tem entrado em contato com a diretora para falar comigo sobre os meus sonhos, eles acham que tenho algum tipo de relação.
— E como você está com isso? Perguntei com preocupação.
— Eu sinceramente não sei, as vezes fico assustado pela possibilidade de eles acharem que sou eu.
— Isso seria muito incoerente eu não acho que-
— Eu não os culpo, eles apontaram a mim por conta dos meus desenhos tão reais e nítidos, eu não descartaria se eu estivesse no lugar deles. Xavier disse meio aéreo.
— Xavier, para com isso, você não pode aceitar algo assim, seria uma grande injustiça. Disse o repreendendo.
Ficamos conversando ali sobre vários assuntos, tantos agradáveis, como os nem tão bons, mas ter a companhia dele era indispensável.
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Perdão pela demora. 😰