𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐒𝐒𝐎𝐑'𝐒 𝐖𝐇𝐎𝐑𝐄 || 𝐌. 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄 (+𝟏𝟖 )

- 𝖙𝖗𝖊𝖘 ❦

Se alguém tivesse me dito há dois meses que eu não só seria reprovada, mas também não conseguiria tirar meu professor da cabeça, eu o teria chamado de louco.

Agora eu sou o louco.

Porque nas últimas duas semanas, tudo em que consegui pensar foi no professor Riddle e minhas notas estão caindo. Tudo o que tenho feito é enterrar minha cabeça nos livros e sonhar acordado em ser tocada pelo meu professor. Ambos eram gostosos, mas por algum motivo eu gostava um pouco mais quando era o professor Riddle.

Meu despertador está me irritando nos últimos 45 segundos, porque não consigo estender a mão e desligá-lo. Mas, para o minha salvação, Marcy abriu a porta do banheiro e a bateu no chão. Eu, porém, fingi estar dormindo.

Marcy suspirou irritada. — Levante-se. Eu sei que você não está dormindo.

Eu rolei com um alongamento. — Droga, minhas cobertas estouraram. — Olhei para ver meu despertador quebrado em pedaços. — E... agora eu preciso de um novo relógio. Obrigada, Marcy.

— Bem-vinda, Bug — ela voltou para o banheiro sem fechar a porta, falando comigo no processo. — Então, June me disse que você reprovou.

Eu zombei, balançando meus pés sobre a minha cama e no chão. — Não estou reprovando. Só não tenho tempo para a aula. — Poções, para ser exata.

— Eu posso ser sua tutora — ela põe a cabeça para fora da porta, enquanto colocava maquiagem no rosto. — E, a propósito, você não carregou seu telefone ontem à noite.

Revirei os olhos, pegando meu telefone e vendo que nem ligava. Ah bem. De qualquer forma, não uso muito, não tenho amigos.

— Por favor, Marcy — comecei a tirar minha camiseta e colocar meu sutiã. — Você não seria pega morta me ensinando. Vou só encontrar outra pessoa-

— Como quiser — ela pegou suas vestes. — Mas a opção ainda existe. Estou cansada de discutir com você. Já dividimos um dormitório, e você ainda me odeia-

— Odeio você? — Eu balancei minha cabeça, deslizando meu suéter sobre meu torso. — Eu não te odeio, Marcy, você parece me odiar.

— Não — ela soltou o 'ão' e saiu, deixando-me sozinha para me arrumar.

O que deu nela? Ela ainda é a pessoa má e mal-intencionada que conheci há quatro anos, mas parece que ela está tentando ser legal comigo, e para quê? Provavelmente para me pregar uma peça como ela faz todos os anos.

A porta se abriu novamente, e ela levantou a cabeça. — A propósito, a aula de poções é na biblioteca hoje.

Tudo bem por mim.

Terminei de me arrumar, trocando meu suéter por uma blusa branca e uma calça preta. Vesti minhas vestes e me dirigi para a biblioteca.

—

Estava vazio quando cheguei aqui.

Não quero dizer pelos alunos, quero dizer pelos professores. Mas os alunos aqui não faziam parte da nossa classe, então voltei para a entrada, pensando que era mais uma de suas pegadinhas.

— Agora!

Líquido derramado sobre mim.

E de repente, meu rosto franziu e eu fiquei de mau humor com minha própria pena. Tinta vermelha estava pingando em cima de mim, meus olhos olhando para o balde que havia sido derrubado sobre mim.

Humilhação foi a única coisa que senti. Claro que eu nunca seria tratado como qualquer um dos outros alunos aqui, as pessoas me odeiam.

Eu aproveitei minha chance para sair, saindo da biblioteca, deixando minhas vestes na biblioteca no processo. Não importava, eles estavam encharcados e pingando de vermelho.