"Eu vi estranhos me ajudarem nas horas que eu mais precisei dos meus amigos"
Essa frase nunca foi tão real pra any, uma menina cercada de amigos que viu todos lhe abandonares quando ela mais precisou deles, e foi em um estranho, em uma noite escura...
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Coloquei a Alesia no carrinho e a nour me ajudou pegando a bolsa dela, entramos no hospital e seguimos ate a recepção, olhei pra recepcionista que sorriu pra mim
— Temos uma hora marcada com a doutora Monica – falei sorrindo e a recepcionista mexeu no computador e sorriu pra mim
— Esta aqui – ela falou – vocês são as próximas, podem se sentar que vou chamar – ela assenti e me virei vendo a nour brincar com a Alesia
Seguimos ate a cadeira e nos sentamos, puxei o carrinho dela e peguei ela no colo ao ver ela fazer careta de choro e lhe peguei antes que ela começasse a chorar, algo que o josh percebeu essa semana foi que ela não gosta muito de ficar deitada quando esta acordada
Sai dos meus pensamentos ao ver a recepcionista se aproximar avisando que a monica já iria nos atender, nos levantamos e entrei enquanto a nour me esperava na sala de espera, cumprimentei a Monica e ela começou a examinar a Alesia, é apenas uma visita de rotina pra ver se ela estava bem e como estava seu desenvolvimento
Após terminar sai e entramos no carro, iriamos passar na casa da mãe da nour pra ela entregar uns remédios que havia comprado e depois vamos pra casa, o josh ta trabalhando hoje o dia todo e eu não queria ficar sozinha em casa então perguntei a nour e podia ir com ela e a mesma adorou, ela disse que falou de mim pra mãe dela e ela ficou curiosa sobre mim
Ela parou em frente a casa e desci com a ajuda da nour, cobri a Alesia e a nour tocou a campainha, a porta foi aberta por um homem mais velho que sorriu abraçando ela
— Como você esta papai? – ela perguntou e o homem beijou sua testa
— Estou bem querida – ele falou e me olhou – oh entrem, não fiquem ai fora
Ele abriu espaço e entramos, ele nos guiou ate a sala e olhei pra mulher que provavelmente é a mãe da nour
— Oi minha princesa – ela falou abraçando ela que sorriu e elas se afastaram – any
— Sim, é a any, como você sabia que era ela – a Nour falou e a mulher se aproximou colocando sua mão no meu rosto – any essa é minha mãe, a Natalia
— Jamais imaginei ter você tão perto assim de novo – ela falou e lhe encarei confusa
— Mãe, do que esta falando? – a Nour perguntou se aproximando da sua mãe
— Querida – o homem falou – se quer mesmo fazer isso é melhor conta primeiro a historia
— Eu não estou entendendo – falei e a nour parou do meu lado - de onde a senhora me conhece?
— Sente, a história é longa - ela apontou pro sofá e me sentei assim como a nour - A anos atrás eu conheci um homem, um homem que estava disposto a tudo para conseguir o que queria, minha pequena nour estava crescendo saudável, eu estava tão feliz, o Caio meu marido - ela segurou a mão do homem - Trabalhava pro seu pai
— Comentei com ele que a minha esposa é eu tínhamos tido uma sorte absurda pela precisão de tempo em que ela conseguiu ficar grávida, ele comentou que havia de casado mas sua esposa era infértil e jamais lhe daria um herdeiro pra cuidar da sua empresa, enganamos uma conversa quando ele no fim do dia me pediu pra ir até Londres por três dias para especificar uma remeca de tecidos que trariam e eu fui - olhei pra mulher que estava com os olhos marejados
— Na noite do dia seguinte eu havia colocado a nour pra dormir a pouco tempo, ela nem tinha um ano ainda, eu estava exausta e me deitei pra dormir, mas acordei com um barulho na sala, eu peguei uma tesoura que estava sobre minha máquina de costura e desci pra ver - ela respirou fundo já não segurando as lágrimas
— Querida - seu marido falou olhando pra ela e lhe abraçou
Que não seja o que eu estou pensando
— Tá tudo bem querido, ela precisa saber, não passei tanto tempo tentando achar ela pra desistir agora - ela falou vendo ele assentir - quando eu desci, fui surpreendida pelo Roberto e mais dois homens, tentei gritar, mas sabia que iria acordar a nour, então tentei apenas correr, mas não funcionou, os dois homens me pegaram e foi aterrorizante, seu pai me ameaçou e disse que mataria a nour se eu abrisse a boca, ele me vigiava e umas semanas depois descobri que tinha ficado grávida
— Mãe - a nour falou abraçando ela e apertei a alesia em meus braços
— Eu contei ao Caio, mesmo com medo e ele me apoio, tentamos esconder a gravidez, mas o Roberto descobriu, no dia que a minha pequena nasceu, ela foi arrancada dos meus braços e levada pra longe, toda vez que eu me aproximava de te encontrar, seu pai dava um jeito de me mandar pra longe, já fez o caio ser preso e até mesmo atentou contra a vida da nour - ela proceguiu e a nour me olhou
— Esta dizendo que você é minha mãe - falei sentindo meus olhos embacados pela lágrimas e ela se aproximou me olhando com uma caixa na mão
— Aqui está suas fotos, ele me torturava anualmente me mandando fotos suas, era uma forma de me lembrar que eu jamais te teria nos meus braços novamente - ela falou me entregando a caixa
Abri a caixa e vi de fato diversas fotos minhas, todas com escritas atrás, era de fato a letra do meu pai...
