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Harry

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Finalmente deu meia noite.

Era dia 31 de julho, seu aniversário, por mais que ele soubesse que deveria estar comemorando seus 15 anos ele ainda continuava deitado em sua cama, deprimentemente ele observava o céu noturno enquanto fazia carinho nas penas de sua coruja já à tempos adormecida, para Harry ele não era digno de comemorar aquela data especial ,afinal, ele deixou seu amigo morrer por causa de sua brilhante ideia de pegarem o troféu juntos, ele também viu Voldemort ressuscitar em sua frente mas não conseguiu fazer nada para impedir.

Harry se sentia responsável e culpado por tantas coisas que simplesmente ficar feliz parecia uma hipocrisia, ele só queria não ter o peso e a responsabilidade que era ser Harry Potter, o Menino-que-sobreviveu, o menino de ouro, o Salvador, Harry só queria uma chance de ser outra pessoa.

No meio de seus devaneios Harry viu algo que pensou que nunca veria, ele viu uma estrela cadente cruzando o escuro azul do céu de Londres, Harry já tinha deixado de acreditar nas histórias sobre um pedido à estrela que se realizava mas naquele momento ele sentia que não deveria desperdiçar uma grande oportunidade, então por alguns instantes ele para de fazer carinho na coruja e respira fundo

E naquele momento ele fechou os olhos e pediu a brilhante estrela, um pedido feito por impulso, um pedido que ele tentaria reverter depois, um pedido que, segundo ele, era egoísta de mais.
ele pediu pra ser qualquer  outra pessoa, ele desejou não ser mais Harry Potter, e as estrelas, morte, magia e destino ouviram o seu pedido.

Agora ele não podia voltar atrás.

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Harry acordou um tempo depois, ele não sabia quando tinha dormido, ele também não sabia aonde estava sua coruja e porque ele estava coberto, Harry percebeu que estava enxergando muito bem, o que o vez pensar se tinha dormido de óculos, então Harry percebe um fator muito importante, ele não estava na mesma cama em que dormiu.

O colchão era suave de mais, seu travesseiro era fofo de mais e sua coberta parecia ser feita do mais puro tecido, além de ter uma coloração verde muito familiar, ele olhou para cima, estava fechado com madeira e tinha um desenho que estranhamente o lembrava das igrejas católicas, aos lados tinha um longo corcel verde claro meio transparente que não o deixava ver o suficiente do lado de fora.

Harry por costume resolve arrumar o óculo mas quando ele ergue a mão para os arrumar ele percebe não tem mais seus óculos e também nota que suas mãos que antes eram calejadas pelo trabalho forçado nos Dursleys e morenas agora estavam azuladas e com uma pele estranhamente macia, suas unhas que antes eram ruídas e curtas agora eram longas, tão longas que o lembra garras, e sem sinal de cutícula!

Vendo aquilo Harry soltou um grito de horror e medo enquanto saltava da cama, mas seu salto mal calculado fez com que ele cai-se de cara no chão fazendo um estrondoso barulho.

- MAS QUE PORRA!

Harry reclamou audivelmente enquanto tentava se levantar, o que parecia um imenso desafio já que, reparou ele, 'suas' pernas estavam mais longas do que o habitual. Depois de muito tempo (1 minuto para ser exato, mas pra ele pareceu uma eternidade.) Harry consegue se por de pé usando a cabeceira da cama de apoio, ele ainda não se sentia pronto para andar então se contentou em ficar encostado na cabeceira enquanto averiguava o lugar.

Estava estranhamente escuro mesmo que fosse possível ver a luz do sol tentando inutilmente passar pela grossa cortina bege, Harry pode ver uma escrivaninha em um canto afastado ao lado de um guarda-roupa de coloração verde clara, ele viu que o chão era todo de carpete branco as paredes eram cinzas, na parede ao lado de Harry ele viu que tinha uma porta branca com uma maçaneta verde clara, o menino ficou tentado a ir mas, tinha medo de que pudesse ter alguém atrás da quela porta.

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