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Olsen
Me perdi completamente na minha escuridão, a minha mente derrubada por pensamentos que descem rasgando cada vez que zumbia nós meus ouvidos.
Soltei um suspiro pesadamente, me virei para a minha antiga casa que agora estava vazia. Tinha que vender todos os meus pertences depois da minha derrota, infelizmente eu perdi tudo depois de ter pedido emprestado dinheiro com a agiota. Que tive que fazer para conseguir pagar as minhas contas atrasadas.
Agora estou completamente sozinho, sem rumo. E o único dinheiro que tinha, eu usei para comprar uma passagem de ônibus.
Vi uma mulher me encarar de longe com a testa franzida, talvez deve ser pelo fato de que meus cabelos curtos é cor-de-rosa.
Desci no ônibus aonde me deixou em uma estrada, eu não fazia ideia para aonde ir. Mas tinha certeza de uma coisa, não vou ter que me preocupar com a agiota.
Com a única peça de roupa que eu vestia, caminhei pela estrada na esperança de que alguém pudesse me dar uma carona. E certamente não daria para um jovem sem dinheiro e sem rumo.
Cada carro que passava, fiz o sinal com o polegar para parar. Mas nenhum deles parou.
Até o anoitecer, estava faminto e congelando. E pra piorar, começou a chover e eu não tinha para aonde me proteger na chuva.
Tive que forçar o meu campo de visão, pois a água da chuva borrava as minhas pálpebras. Mas pude jurar ter visto uma moto vindo na minha direção, e parou bem perto de mim.
Abracei-me congelando, e estremecendo meus lábios. Todo meu corpo encharcado pela chuva, o sujeito era um motoqueiro de jaqueta preta como a calça, o capacete era escuro demais para ver seu rosto.
— Monte aí.— disse ele numa voz rouca.
Mesmo sabendo que ele era um completo estranho, eu tinha outra saída. Eu morreria de frio se ficasse mais um pouco sob a chuva.
Montei e segurei firme em volta de sua cintura, quando ele começou a cantar o motor soltei um grunhido baixo um pouquinho assustado.
Era a primeira vez que andava de moto, uma mistura de adrenalina e medo.
Era tão rápido, a chuva beijava violentamente minhas têmporas e pálpebras. Nós entramos numa cidadezinha pequena, passando por algumas casas parando numa branca com cercas da mesma cor.
— Desce.— fiz como ele ordenou, e segui o meu caminho.— Para aonde você está indo.
No meio do caminho sob a chuva grossa, me virei para o sujeito que parecia uma geladeira Eletrolux de tão alto que era, estava um pouco confuso, abri e fechei os olhos na esperança das gotas d'água escapar dos meus cílios.
— Estou indo embora, muito obrigado pela...
Não consegui terminar de falar, o sujeito me agarrou pela minha mão me arrastando para dentro de sua casa.
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Contos Eróticos
FanfictionAs vezes, o prazer em uma só noite com a pessoa pode ser insaciável.