The Sweet Revenge #TemTay

The Sweet Revenge

Tapa na cara

                           Tem sempre foi o homem para pequenos casos. Ninguém o desejava para algo mais. Há muito ele tinha perdido a esperança de ser de alguém. Os próprios amigos acreditavam que ele gostava daquilo, daqueles relacionamentos momentâneos e, quando muito, ser o namorado secundário de algum colega de turma na escola. E mesmo agora, um empresário de sucesso, ainda assim alguns o viam como um substituto no amor. Apenas um tapa-buracos.

                           Quando conheceu Time, Tem acreditou que poderia enfim se apaixonar e quase abriu espaço para ele, mas aos poucos percebeu que apesar de desfilar publicamente com ele, o outro o levava para ambientes onde só se levavam os amantes. Então um dia ele foi convidado para a casa dos amigos e ele teve certeza de que era apenas o sobressalente, o bonitinho para desfilar em privado. 

                          Os amigos Kinn e Porsche, que  como os outros o viam como   um garoto despreocupado que não se apega, não o preveniram para a surpresa. Time o apresentou aos presentes como amigo, mesmo que na frente de alguns tenha agido como namorado.

                          A surpresa maior foi quando um convidado inesperado adentrou a área da piscina e com toda a beleza e desenvoltura do mundo posta sobre ele, foi até Time e o beijou. 

                          Naturalidade maior teve o homem que colocou Tem no centro disso, Time enlaçou o belo rapaz, sentando-o em seu colo com intimidade e o apresentou como noivo.

                          O mundo do elegante empresário afundou. Buscou força no sorriso profissional com que encarava cotidianamente os dragões dos bancos e indústrias e aceitou a receptividade do outro. Daria um tempo, fingiria um compromisso inadiável e sumiria. Ele é um homem, tem obrigação de dar exemplos, não vai se sujeitar a isso! E quase conseguiu sair ileso. 

                     Quase. 

                     Momentos depois do desagradável encontro, quando afastou-se para pedir à sua assessoria que o ligasse, Time surgiu, como se não tivesse humilhado ele e o abraçou por trás, puxando-o e virando-o para um beijo.

                  Tem interrompeu o contato e se afastou.

                   —     Time, faz um favor para nós dois e me deixa em paz.      —      Sibilou revoltado.

                   —      O que foi, amor? Por que está me rejeitando?       —   A cara de pau de Time irritou o belo homem.  

                   —      Por que será, não é, Time?      —       Tem era a representação da ira.

                    —      Ora, por causa de Tay? Depois ele me perdoa.

                    Time falava e puxava Tem para seu abraço, tentando beijá-lo. Se estivesse em outro lugar, o rapaz teria reagido de outro modo, mas estava evitando um escândalo. 

                     Não era possível que ele não pensasse no incômodo gerado por essa situação. Era impossível que ele desconsiderasse seus sentimentos.     Pior que o tratar  como algo descartável era faxer isdo cara a cara!

                     —     Você não entende mesmo, Time? Não percebe o que fez?

                      —   Ora, nós dois estamos passando tempo. Não estou entendendo sua cobrança, Tem.