7. Casos ligados

1.9K 220 44
                                    

- Você?! - ele e Enola disseram ao mesmo tempo.
- Enola - digo e Sherlock a ajudou a levantar.

- O que estão fazendo aqui? - perguntou a jovem.
- Resolvendo um caso - respondi.
- Que estranho - disse Enola.

- Nossos casos estão interligados,por isso estamos no mesmo local - falou Sherlock.
- Me admira você precisar de ajuda grande Sherlock Holmes - falou com sarcasmo.

- Ah querida,você ficaria impressionada em como podemos mudar - digo sorridente.
- Seja lá o que fez com Sherlock,eu te agradeço - disse sorrindo.

- Podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui - disse incomodado e eu sorri.

Subimos as escadas do escritório que estava com as lizes acesas. Pensando na hipótese de alguém estar lá dentro,nos esgueiramos de maneira silenciosa,até ver um corpo na cadeira.

- Oh meu Deus - coloco as mãos na boca ao ver o rapaz morto.
- Pobre William - disse Enola.
- Controlem as emoções,não a mais nada que possamos fazer por ele - disse Sherlock.

- Ele foi esganado por algo de aço - analisei o risco roxo no pescoço do jovem Mcthay.
- Tem marcas de sapatos no chão - Enola analisou o chão de madeira.

- O charuto ainda está fresco,mas algo me diz que isso foi planejado - falou o mais velho.
- Acha que Grail tem algo haver? - pergunto ainda olhando para os riscos no pescoço de William.

- Provável,mas a ordem deve ter vindo de alguém maior - disse o Holmes.
- Acha que o pai de William o mataria? - questionou a Holmes mais nova.

- Não diretamente,mas sim,alguém que trabalha para eles - digo seguindo o raciocínio.
- Enola o que houve? Ah...- Tewskbury entrou falando alto,mas parou no momento que viu o corpo na poltrona.

- Controle as emoções - Enola falou ao jovem marquês.
- Senhoria Vandeleur o que faz aqui? E Sherlock Holmes? - perguntou.
- Longa história - falei.

- Depois Tewskbury - disse Enola.
- Acho que eles querem que tiramos as próprias conclusões...isso está perfeito demais - falei.

- Mas se aqui não é a verdadeira cena do crime,onde seria? - Enola ficou pensativa.
- Enola você ainda tem alguma de suas pistas? - pergunto e a mesma me entregou dois papéis,um era a horrível poesia de William e o outro a letra de uma música.

- Isso é aquele lugar que Sarah Chapman trabalhava,a taverna - concluiu Sherlock.
- É um enigma,eles deixaram pistas na poesia e na canção - deduzi.

Então corremos para pegar uma carruagem e irmos para a taverna.

Quando chegamos no local,me deparei com uma cena icônica ao abrir a porta da carruagem. Enola e Lord Tewskbury aos beijos,chegava a ser fofo pela mesma não demonstrar tantas coisas relacionadas ao amor.

- Vamos? - tossi.
Os mesmos saíram da carruagem,enquanto eu caminhava ao lado de Sherlock.

Entramos no teatro/taverna e olhamos as pistas indicavam.
- O x marca o local - falou Enola e olhei pelo teto procurando.

Subi até os camarotes e fui até as cadeiras,pegando os papéis escondidos em seu interior.

- Deixe-me ver - os entreguei a Sherlock.
- O que são? - perguntou o lord.
- São os nomes de todas as garotas que trabalham na fábrica - surgiu das sombras,uma moça ruiva.

- Sarah Chapman? - a questionei.
- Sim - respondeu vindo até nós.

- Vocês sabiam de tudo não é? A música era apenas uma maneira de exclarecer a verdade - disse Enola e a mesma assentiu.
- E eu não poderia deixar que esquecessem essas meninas - disse a ruiva.

- Por isso pediu minha ajuda,para que tudo isso viesse a público - falou Tewskbury.
- Perdão? Era você quem me seguia todas as manhãs? - perguntei.
- Soube que é uma mulher obstinada,queria sua ajuda - disse Sarah.

- E eu garanto que pelo nome de todas essas meninas,toda essa farsa será levada a público - afirmei com todas as minhas forças.
- Não permitirei isso - Grail surgiu com sua espada apontada no pescoço de Becky,irmã mais nova de Sarah.

- Becky - Sarah disse desesperada.
- Me entreguem os papéis e ninguém se machuca - ameaçou o policial.
- E o clã Mcthay conta com polícias sujos.

- Não entregue - dizia Becky.

E antes de Sarah lhe entregar os papéis,a garotinha moredeu o braço do policial,se soltando.

- Corram - digo. Mas Grail não estava sozinho,junto a ele estavam mais dois policiais.

Grail foi atrás de Enola,que estava com os documentos em suas mãos. Puxei uma espada do vestido,para ajudá-los.

- Por que diabos você teria uma espada no vestido?! - o Holmes falou impressionado.
- Para momentos como esse querido - falei e bloqueio um ataque.

Mas o pobre Lord não sabia muito sobre luta,apesar de sua breve aula,então eu o protegia.

Em momentos de descuido da parte de meu adversário,eu consegui ir atrás da Holmes mais nova. O policial,a estava encurralando na ponte de tábuas no andar de cima.
Mas desviei a atenção ao ouvir um disparo,Sherlock acabara de ser atingido por um tiro no ombro.

Seu olhar ne mandava ajudar Enola e assim o fiz,dando uma rasteira em Grail.

Fui até a garota caída e com um ferimento em sua lateral da cabeça,tentei pegá-la antes de ser atingida por um canivete.

- NÃOOO - gritou o Holmes,e eu já estava preparada para morrer,mas a dor não veio.

Quando ví que Grail havia acertado o meu espartilho e minha pele ainda estar intacta. Sorri debochada e soquei seu rosto com toda a força,o fazendo cair.

E Enola se levantou e terminou o trabalho,quando fomos parar no chão devido ao desabamento das tábuas.

- Enola - Tewskbury correu ao encontro da amada,a abraçando e checando cada detalhe de seu rosto.
A garota apenas tossiu corada e eu lhe lancei um sorriso.

- Você está bem? - sinto a mão de Sherlock sobre a minha.
- Estou...mas e esse ferimento - me virei para o homem.
- Cuido mais tarde - sorriu.

Quando palmas ecoaram pelo ambiente e vários policiais apareceram,junto ao ministro das finanças.

- Sherlock Holmes - disse com desgosto.

- Que perda de tempo,não adianta fazer isso minha jovem - falou olhando para Sarah.
- Tudo isso vai a público - disse Tewskbury.

- Não estou me importando com isso,sei apenas que fui roubado - disse o ministro.
- Devo dizer senhor,que o culpado trabalha ao seu lado - indaguei.
- Moriarty ou devo dizer,Mira Troy - completou Sherlock.

A mulher saiu das sombras esbanjando um sorriso divertido.

- Me sinto impressionada,Sherlock Holmes e Camille Vandeleur - sorria.
- Como se atreve senhorita Troy?! - o ministro dizia indignado.

- Como me atrevo?! Sabe quantos clubes uma mulher pode entrar? Comorar imóveis ou participar de sociedades? - olhou para o mais velho - Mesmo tendo mais cérebro,você ainda ganha menos - gritou.

- Ora sua - o homem estava desgostoso.
- Mas eu dei a volta por cima e consegui.

- Inspetor Lestrade,leve esta mulher daqui - ordenou o homem.
- Sob quais acusações? - questionou.

- Roubo e chantargem - disse o ministro.
- Espero jogarmos assim mais vezes - disse Mira Troy antes de ser algemada e levada por Lestrade.

E depois de levarem o culpado,o ministro queimou os papéis que eram essenciais para comprovar a morte de várias meninas.

- Não - Sarah disse.
- Isso se encerra aqui,o que vão dizer? Eu apenas queimei meus documentos acidentalmente - falou o mais velho.

- E as milhares de meninas que morreram por sua culpa - disse a Chapman.
- Onde está a prova? - falou e foi embora.

Uma esposa para o Holmes Onde histórias criam vida. Descubra agora