Reconhecimento - Cap 11.2

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Alexandre: Abram fogo.

Diogo: À todas as unidades, sigam meu comando; ABRIR FOGO!

?: Comando aceito, iniciando disparos.

~ PAH, PAH, PAH, PAH! ~

UUUI, ELES ESTÃO ATIRANDO MESMO! CALMA LÁ MEU PATRÃO, ISSO NÃO É IDEIA NÃO!

~ TRA, TRA, TRA, TRA, TRA, TRA, TRA, TRA! ~

AIAIAIAIAI, ESPERAAA!!!

[Você sofreu 16 pontos de dano.]

[Vida: 9//25]

EITA P*RRA EU TÔ COM 25 DE LIFE! NÃO, ANTES DISSO, EU LEVEI UM TIRO... COF... ARGH!

Michel: Ele está desesperado, está desviando dos tiros com tudo! Nunca imaginei um criatura tão rápida! Vamos logo, continuem atirando!

~ PAH PAH PAH PAH PAH! ~

EI, EI, EI, CALMA LÁ!!

~ TRA TRA TRA TRA TRA TRA!! ~

Diogo: ESTÁ VOANDO! NÃO O DEIXEM FUGIR, ATIREM COM TUDO QUE TÊM!!

Michel: Ei Diogo, podemos acertar civis com balas perdidas!

Diogo: Balas perdidas? Estamos praticamente lidando com um alienígena, sabe-se lá o que no mundo essa coisa é!

Alexandre: Não se preocupem, o estado já sabe o que está acontecendo, logo teremos movimentos do exército brasileiro como um todo, aí então iremos buscar essa maldita criatura extraterrestre.

[...]

[Condições foram atingidas, Cockroach "Oliver" ganhou pontos de experiência suficientes.]

[Cockroach Oliver atingiu o nível 15!]

[Você possui 1 ponto(s) de atributo(s) restante(s)]

[Vida: 9//25]

Não consigo acreditar que eu pude fugir, mas e agora? Se eu voltar e alguém me reconhecer eu estarei perdido...

Porque é que ganhei tais poderes, qual seria o objetivo ou motivação de me darem isso? Eu cheguei a perguntar para Deus naquela oportunidade, mas ele não me respondeu...

É um sentimento um tanto quanto estranho, a cada dia mais que eu passo sendo uma barata, menor é minha empatia com as outras espécies, e principalmente com os seres humanos. Mesmo depois de matar eles, estando eu desmaiado ou não, eu ainda não sinto nenhum remorso...

Então... - Oliver já havia percebido naquele momento que não havia mais volta, o tempo todo desde quando virou uma barata ele já sabia que não tinham meios de voltar a ser humano, porém, o peso de ser outra espécie só fez ele mudar sua própria visão naquele momento.

- E quando se deu conta de que já tinha mudado, ele lembrou de um de seus títulos;

"Inumano: Ao matar o primeiro humano, espécime começa a se preocupar menos com a vida de outros seres que não a si."

- Assim foi, e ele partiu em viagem para seguir seu próprio rumo, longe de toda a sociedade e isolado dos holofotes.

Bem, já que não há mais o que fazer no mundo humano, que eu possa coexistir pacificamente no mundo animal. - Mas era apenas o que ele pensava. No mundo animal, tudo é pela sobrevivência, e ganhar a confiança de outras espécies é uma questão de sorte, de topar com a besta certa que possua um pouco mais de quietude.

Estou andando pelas florestas daqui a um tempo, mas ainda não encontrei nada. Apenas rios, muita mata fechada e uma vasta flora, porém, nada de outros seres vivos... AAAAAAH EU FALEI QUE QUERIA VIVER ISOLADO E LONGE DA SOCIEDADE, E NÃO SIMPLESMENTE VIRAR UM MONGE QUE NÃO FALA COM NINGUÉM POR 30 ANOS!!

Virei uma barataOnde histórias criam vida. Descubra agora