na cabine dois ❪ hot ❫

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palavras: 3269
cw: uso de (Nome) para a personagem principal
boa leitura!  ‧₊˚ *

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Perdida num mar de confusões, não sei o que aconteceu. Era impossível de terem adulterado minha bebida para me deixar tão desmiolada assim - e ainda mais improvável que eu tivesse ficado emocional o suficiente para sujar todo o visual de um estranho.

Bom, ele não parecia bravo, pelo menos. Apenas desapontado, melancólico, triste, lúgubre... É, pisei na bola.

— Ai! Meu deus! Me desculpa! — Exclamo, passando a mão no peitoral do desconhecido, quase tocando em sua pele de tanto que esfregava o tecido de algodão. Desse jeito, ele ficaria sem camisa de vez.

— Ei... Tá tudo bem, relaxa! — Tenta me confortar, quase que sorrindo para mostrar que tudo estava bem. Sei que não estava, entretanto. Eu podia muito bem ter estragado a noite - e o dia inteiro - dele.

Tento rir em desculpas mas nada saía além de pequenas lágrimas que estragavam a maquiagem, essas removendo pigmentos e o que restava da minha postura de durona. Meu olho dava pequenos tremeliques em formato de tiques nervosos - e isso quase nunca acontecia. Sentia o fracasso e a inutilidade correrem por minhas veias, chegando ao meu lânguido coração.

Não estava tão mal por derrubar a batidinha de frutas no estranho, espero que me entenda. Estava chocada pela facilidade que tenho para estragar as coisas, abatida por ser idiota demais e me levar pelo momento. Que incrível.

Ah, e com certeza havia algo de errado.

Numa tentativa desesperada de fazer tudo dar certo, puxo-o pelas mãos, segurando a alva pele com força. Não o suficiente para ele reclamar ou arrancar a epiderme fora, claro. Não reclamava de nada, o deixando parecer com um desistente da vida.

Meus olhos rolam de forma maníaca, quase saindo das órbitas, enquanto eu procurava os banheiros. Por sorte, encontrei um. Ainda melhor, era um banheiro para ambos os sexos. Em situações normais acharia nojento um banheiro disponível para todos, todavia, estava quase em desespero.

Os pequenos espasmos já diminuíam conforme ia me aproximando da luz ao fim do túnel, ânimos já voltavam ao normal e eu já cantava vitória prematuramente.

Exagerada? Nem um pouco.

A primeira cabine estava ocupada, então vamos para a segunda. O tranco lá, junto comigo, deixando-o mais confuso que nunca. Bom, pelo menos ele não estava gritando por ajuda...

— Por qual motivo eu sinto que vou ser sequestrado a qualquer momento? — O homem quebra o silêncio. Agora eu estava do outro lado da cabine, essa que estava mais para um banheiro completo que uma simples instalação sanitária, pegando papéis molhados para limpar a bagunça por completo. Sua voz era clara e pouco grossa, por mais que parecesse rouca... culpa da estação, provavelmente.

𝐒𝐎𝐁𝐄𝐑  ᡣ𐭩  megumi fushiguroOnde histórias criam vida. Descubra agora