Cap 4

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     " Afinal somos amigas"

O dia seguinte amanheceu ensolarado novamente, só que dessa vez o céu está carregado de nuvens, ontem a noite mal consegui dormir, minha cabeça estava a mil.

O vazio dentro de mim está incomodando muito, como se estivesse faltando algo, e isso me assusta, nem mesmo na morte de meus pais eu senti esse tipo de vazio, não é doloroso apenas incomoda.

Minha cabeça está dolorida pela falta de dormir, respiro fundo e tateio a cama atrás de meu celular, quando o sinto e vejo as horas resolvo me levantar, se eu for ficar mesmo na cidade tenho que arranjar um emprego, meus pais me deixaram uma pequena fortuna, mas não quero utilizar ela no momento.

Me levanto e vou até o banheiro, tomo um banho, visto uma camisa soltinha da cor preta com uma calça jeans, e visto uma bota preta, penteio meu cabelo, passo uma maquiagem básica e pego minha bolsa, saio do apartamento e o tranco.

Ando pelas ruas animadas, pessoas tocavam jazz e dançavam, várias obras de artes expostas para o público, paro justamente em frente a um que parecia sombrio, mas bonito e delicado ao mesmo tempo.

- lindo, não – uma voz com o sotaque britânico fala ao meu lado –

- sim – ainda continuo olhando o quadro –

- gostou? – ele pergunta, e quando o olho fico nervosa, o mesmo homem que me perseguia nós últimos dias estava ali –

- oque você quer comigo – fico seria –

- originalmente, nada – ele fala simples e me encara –

- então porque anda me perseguindo? – falo ríspida –

- apenas estou vendo se é uma boa pessoa, e se está com boas intenções – ele fala sério –

- eu nem te conheço cara – me afasto -

- você não, mas eu te conheço – ele sorri assustadoramente – sei a sua história e de quem está fugindo –

- me deixe em paz – meu coração dispara e me viro para sair, mas sou parada –

- eu não quero te machucar no momento – ele sussurra perto de meu ouvido – apenas continue oque está fazendo, e a ajude. –

- ajudar quem? – fico confusa com sua fala –

- cuide dela – ele se afasta – vejo sua ligação com ela por isso não a matei –

- oque – fico com medo – me deixe em paz, se não quem vai te matar vai ser eu – falo ríspida – tenha um bom dia – me viro e me afasto –

- você está a ajudando sem perceber – escuto sua voz – está fazendo bem a ela, por isso te admiro –

Nego com a cabeça e acelero meus passos, dês que cheguei a Nova Orleans tudo anda sendo muito esquisito.

O dia foi passando e achar um emprego está sendo muito difícil, vou até uma lanchonete ali perto e o adentro, torço para que me aceitem, coloco um sorriso no rosto e me aproximo do atendente no balcão.

- oi, boa tarde – fala e ele levanta a cabeça –

- boa tarde – ele sorri –

- eu gostaria de saber se estão precisando de alguma pessoa para trabalhar aqui – aperto a alça da minha bolsa nervosa –

- estamos sim – ele fala – na verdade você chegou em um ótimo momento –

- sério – falo mais animada –

- sim, estamos precisando de alguém para ajudar – ele se levanta – o estabelecimento anda muito cheio nos últimos dias por causa dos turistas e estamos sem funcionários o suficiente – ele vem até mim – tem experiência? –

Connected - Hope mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora