Sou conhecida por ser a loba solitária, aquela que nunca está em uma matilha fixa, depois da morte de meus pais sempre foi assim, andando de um lado para o outro, sem rumo.
Sempre gostei assim, mesmo que seja solitário, não tenho nenhum propósito na...
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Se tem uma coisa que eu odeio é ser pega desprevenida, o fato de ser nova nesse negócio de lobo não era fácil. Papai antes de morrer sempre me deixava longe do mundo dos lobos com medo que algum se descontrolasse e me machucasse.
Minha mãe dizia que era para o meu bem, que quando fosse a minha hora eles estariam prontos para me receber e me explicar, mas não teve esse momento, não teve ninguém para me ajudar ou me guiar, eu sabia apenas o básico que ouvia dos outros lobos, e isso era tão frustrante.
Me remexo com dor no corpo e me assusto com o barulho das correntes, abro os olhos de repente me arrependendo em seguida pela dor da claridade, abro e fecho os olhos lentamente até me acostumar, olho ao redor não reconhecendo o lugar, parecia uma espécie de porão, estava escuro, a única iluminação era de uma espécie de tocha que estava ao meu lado.
Uma dor de cabeça me fez fechar os olhos novamente, junto dela veio a lembrança da noite interior, resmungo de raiva por ter sido tão descuidada.
- olha, olha - a voz do garoto ecoa pelo lugar - vejo que a ratinha finalmente acordou - ergo a cabeça tentando o localizar mas estava difícil, o veneno injetado me fazia perder muitos dos meus sentidos, sendo eles: faro, audição, visão. Tudo fica muito confuso e embaralhado - já estava ficando angustiado vendo o quanto vocês são próximas - ele finalmente para em minha frente - não estava gostando nada de você a tentando roubar de mim - ele puxa meu cabelo o fazendo te acesso ao meu pescoço -
- eu vou matar você - tento mexer meu braços, grito de dor quando os sinto queimar. Estava acorrentada de pé, estava mais para pendurada já que meu pés não estavam em contato com o chão -
- quem vai morrer aqui vai ser você - seu sorriso desmancha dando lugar a uma carranca - eu não sou ruim bella, mas veja, você estava a tirando de mim - ele mostra uma injeção e eu me estremeço - quando você apareceu, ela parou de me procurar, sabe como eu me senti - ele grita - sabe? -
- problema é seu - cuspo em seu rosto, sorrio quando o vejo se afastar minimamente limpando seu rosto -
- sua cretina - ele grita e transfere um soco em meu rosto - quero ver como vai se sentir agora - ele volta a puxar meu cabelo e injeta o líquido em meu pescoço -
Grito ao sentir o veneno escorrer em minha veia, aquilo queimava como inferno, com se estivesse enfiado várias lâminas afiadas e elas desciam lentamente, meu corpo davam espasmos, tremia, o suor escorria por rosto e costas, aquilo me matava lentamente e dolorosamente.
Meus gritos ecoavam por aquele lugar, tentava a todo custo mesmo estando fraca, me soltar, não adiantava, eu não conseguiria, mesmo sendo uma loba forte, não conseguiria vencer o veneno, ele era letal, a única coisa que conseguia matar a minha espécie.
Choro, choro de dor, eu não iria conseguir, não dessa vez, aquilo dói, minha cabeça parecia que ia explodir, junto com minhas veias.
- chega roman - uma mulher grita, eu grito junto, sua voz foi como um trovão em minha cabeça -
- Mae - ele sussurra trêmulo-
- Saia daqui, eu mesma lidarei com ela - sua voz vai ficando próxima, logo sua silhueta está próxima a mim -
- mas mãe - ele tenta relutar mas ela o retruca -
- agora, e eu não vou falar mais de uma vez - escuto seu rosnado e seus passos se distanciando- em fim a sós - ela se aproxima e pega em meu rosto - prazer em finalmente a conhecer, bella. Eu sou greta -
- oque você quer sua vadia - rosno baixo, não tinha nem voz direito -
- eu? - ela aponta para si mesma debochadamente - aparentemente nada querida, só queria saber o porque de você amar tanto um monstro -
- como se seu filho não amasse também, e o único monstro aqui são vocês - tusso e resmungo de dor - pessoas fracas que não tem amor próprio, não consegue ver outras pessoas melhor que vocês e já querem a destruir - sorrio e a vejo fechar os punhos - oque foi?, a verdade dói - seu punho acerta meu rosto o fazendo virar para o lado-
- Você não entende não é - ela gargalha - escuta criança a família de hope são os primeiros vampiros a existir, os originais. Já ouviu falar - ela suspira fundo e volta a falar - eles aterrorizaram milhares de pessoas, destruíram famílias para bens próprios. Ela te contou?, ou não - ela sorri de lado -
- Pare de mentir sua vadia mesquinha - tento gritar mas falho miseravelmente -
- Vejo que ela te deixou nas sombras - ela gargalha - nunca ouviu falar dos mikaelson - meu corpo se arrepia - claro que já, elas são tipo a realeza no mundo sobrenatural, a existência da garota foi um erro da natureza, ela não deveria existir. -
- cala boca - finalmente consigo gritar, ela me injeta mais uma dosagem -
- porque você acha que vocês tinham que viver se escondendo? - ela contorna meu corpo com suas mãos atrás de suas costas admirando meus gritos de angustia - advinha - ela sorri sombriamente -
- cala a boca - me remexo nas correntes, mas meu corpo está fraco com o tanto de dosagem de mata lobos que ela me injetou -
- foi o pai dela - ela gargalha - aquele monstro estava a procura de lobos para os fazer híbridos- paro de me remexer e a encaro - não se lembra? - fleches de quando eu tinha dois anos passam em minha cabeça- ele foi o culpado de vocês viverem com medo, da estrema proteção que seus pais tinham com você, não achava estranho o fato deles estar sempre em sua volta -
- está blefando - meu olhos transborda lágrimas - não pode ser isso - soluço -
- não se lembra, ah que pena - ela sinaliza com os dedos chamando alguém, olho ao seu lado e vejo outra mulher, ela se aproxima e coloca suas mão em minha cabeça, a escuto sussurrar algumas palavras - pois vai se lembrar agora -
Grito com a queimação no meu cérebro, fragmentos das minha memorias passavam como se fosse um filme, ate parar em uma especifica.
