— Isso ainda não acabou!
A voz de ***** berrou por em cima do meu corpo.
Eu estava rastejando novamente naquele piso, sujo de areia e confetes espalhados por todos os lados
Despertando outra vez aquela dor no meu corpo, incomum.
Uma dor evasiva, calorenta e gosmenta.
— Já chega...— Verdade, chega. — Ele se levanta exausto e o encaro assustada. Por um lado, feliz. Aliviada, na verdade.
O meu peitoral levantava em exatidão, medo e pasma.
Os olhos de ****** e de ****** eram nítidos como a brisa do verão em frente ao mar, caracterizando os seus detalhes faciais como se estivéssemos cara a cada. Dos outros, diferente dos dois, tão escuros e escondidos como o escuro do mais negro possível.
Era perturbador tentar fazer com que os seus semblantes ficassem nítidos.
— Vamos para outra pessoa. — ***** diz seguido de um sorriso de lado e mais três homens a sua frente aparecem, causando-me arrepios de medo.
Sonolenta, cansada e totalmente dolorida.
— Outra pessoa? — Perguntei sem entender tentando se esconder dentro dos meus próprios braços. — QUEM?
Gritei, mas não tive resposta.
— QUEM É? — Grito novamente.
— QUEM É?
Abri os olhos, eu ainda estava deitada no chão, sentindo o suor escorrer das minhas costas. O meu corpo, as minhas roupas estavam molhadas por meu suor, tanto quanto a minha pele. Acordei aflita novamente. Assustada. Exausta. Quanto tempo isso duraria?
Eu havia desmaiado... eu me lembrava disso. Passei a noite aqui?
Me levanto indo diretamente para o banho, sentindo o corpo embrulhando. Fiz as minhas higienes e entrei debaixo do chuveiro.
Eu não precisava me preocupar com eles, pois eu já havia os matado.
— Que pesadelo estranho... merdä... não sei como essa merdä ainda está em mim...
Logo após me arrumei e corri para a minha mãe, beijando a sua bochecha. Ela estava na cozinha, mexendo com o celular encontada na pia.
Eu vestia uma calça preta e uma camiseta branca, com um casaco marrom por cima.
— Teve outro pesadelo? Te ouvi. — Ela se ergue e assenti, tentando não mostrar muita comodidade. — Precisa de algo, querida?
Neguei abrindo a geladeira e pegando uma maçã, girando-a com a mão e tirando o primeiro pedaço.
— Não vai tomar café da manhã? — Perguntou preocupada e ergui a maçã para cima. — Maçã abre apetite, irá sentir mais fome.
— Estou bem, mae... — Berrei mastigando, abrindo a porta de casa e retirando-de, mordendo mais um pedaço da maçã verde.
Saí de casa tranquilamente, segundos depois, e caminhei até a escola pensativa. Todo o percurso com os detalhes do pesadelo na minha cabeça, usufruindo de mim de uma forma ameaçadora. Era difícil não lembrar, inevitavelmente impossível.
Assim que cheguei, encontrei Peter de frente a E.I.H School, segurando as alças da sua mochila e de pé, com os olhos fechados. Prestei atenção alguns segundos, tentando saber o que ele estava fazendo naquele posição, como se sugasse os raios solares.
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Entre Pistas - Livro 1
Misteri / ThrillerDisponível na Dreame! VÃO LER E SE ADIMIRAR COM O QUÃO FICOU PERFEITO! AINDA É DE GRAÇA!!! >>> Livro 1 Em quem devo confiar? Sofia Courtney, de dezesseis anos, vive numa cidade pequena e luta contra os seus sentimentos duplos, numa escola insensivel...