Capitulo 2-Um homem de verdade

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Seus gemidos cresciam e ficavam mais altos todas as vezes que chegava ao ápice. Nicholas já havia decorado todos os tons roucos para qual ela usava quando chegava ao prazer. Enquanto bebericava seu chá sentia uma veia palpitar em sua testa em nervosismo. Arthur do outro lado da mesa, corava constragido, tentando se diatrair com os meros detalhes da enorme sala de jantar da mansão Manford. As enormes janelas do lado direito iluminavam os entalhes da vasta mesa de café da manhã, pintada e entalhada a ouro pelo seu marceneiro pessoal. Nas paredes pinturas renascentistas adornavam com o moderno espaço composto por lustres de todos os lados. Mais cadeiras do que se podia contar e um café da manhã vasto apenas para uma pessoa.

Nicholas apertou os dedos nas têmporas frustrado quando mais uma vez o gemido se tornou agudo e quase inexistente. Ela nunca pararia ao menos que ele fosse a repreender como todas as manhãs desde que voltara da guerra.

-Vossa graça...-Arthur disse contrangido-Os generais logo chegarão para uma reunião e creio eu que o senhor não gostaria que eles ouvissem a duquesa em um momento tão íntimo...-ponderou corando.

Nicholas socou a mesa tão forte que foi capaz de causar uma mera rachadura. Suspirou e esperou que seu criado se colocasse na disposição de empurra-lo. Quando chegaram nas portas de seus aposentos no primeiro andar, encontrararam-as semi-abertas, o que apenas frustou ainda mais o duque. Com um jesto de mãos Arthur foi dispensado e Nicholas sozinho empurrou as rodas de sua cadeira para entrar em seu quarto.

Seus olhos captaram a bagunça feita por todos os lados. Travesseiros jogados ao chão e lençóis amarrotados. Penas flutuando por todos os lados. O corpo nu da bela mulher a sua frente estirada sob os lençóis com os dedos entre as pernas, hipnotizou-o por breves segundos, mas logo dissipou-se tão rápido quanto veio. Quase inexistente.

-Velho hábitos nunca mudam, não é mesmo?-apontou frustado-Porque você está fazendo isso no meu quarto, Catarina? Nós já conversamos sobre isso...-rosnou.

Um de seus olhos se abriram e um sorriso devastador cruzou sua face, que parecia afetar todos os homens, menos este. Seus dedos frenéticos subiram para alcançar e circuncidar as aureulas de seus seios pontiagudos. E mesmo com tanta poluição proveniente da capital, o sol ainda iluminava sua pele negra como se fosse um cristal.

-Quer provar?-provocou enquanto deslizava um dos dedos pelos lábios inchados de tanto morder.

-Eu não gosto que você faça essas coisas aqui...-esclareceu enraivecido-Você tem seu próprio quarto para fazer essas coisas...

-Mas meu quarto não tem o seu cheiro...-se possível seu sorriso aumentou enquanto se espreguiçava e rolava para ficar de bruços e encarar seu marido, o duque-Você sabe o quanto seu cheiro me dá tesão?-provocou. Seus longos cabelos emoldurando toda a sua costa.

-Catarina!-rosnou-Saia.da.porra.do.meu.quarto!-o lartejar da veia em sua testa não parecia salubre, muito menos a vermelhidão que tomava seu rosto-Eu já disse, eu não sou a porra do seu marido!

-Só porque você está nessa cadeira não significa que não é mais meu marido!-apontou mal-humorada-Eu acho que seu pau ainda funciona muito bem...-resmungou lançando um olhar lacivo para suas calças bem prenchidas, devo reçaltar.

O homem fraziu a testa amargamente-Eu não sou mais um homem! Especialmente para você. Quando você acabar com isso avise-me para que eu possar receber meus convidados...-resmugou virando sua cadeira em direção a saída.

-Talvez algum deles possa se juntar a mim-provocou uma última vez antes de o ver desaparecer. Bufou e sufocou um grito com um travesseiro. Lágrimas ardiam seus glóbulos oculares, contudo se recussava a chorar. Não quando Nicholas ainda estava aqui, vivo e saudável, embora ele discordasse totalmente e preferisse a morte. Ela não podia se culpar por isso.

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