Nunca vou te deixar

Entre o Bem e o Mal

Me desculpem a demora, mas aqui estou, e com um capitulo novo para vocês ❤ Teremos altas revelações nesse capitulo, vamos ver se vocês acertaram nas teorias kkkk Detalhe: Não sei quem fez esse desenho, mas achei tão lindo que resolvi colocar aqui kkkk então os créditos ficam para a pessoa que fez 😊

Narrador

Ela não sabia a quanto tempo estava olhando para o chão da sala. Dois corpos caídos, mortos, e sem nenhum resquício de luta ao redor. só havia uma resposta para tudo isso, e foi inevitável não praguejar mentalmente por ter deixado ele sozinho por tanto tempo. Suspirando, se abaixou diante de um dos corpos levando sua mão contra a testa da vítima. Fechando seus olhos lentamente, concentrou-se e, em um segundo, vasculhou a memória do homem, examinando cada detalhe em busca do motivo para ter dois corpos jogados na sala de estar de sua casa. E depois de averiguar cada canto das memorias, a fez ter certeza do que havia acontecido ali.

-Mas que droga – Grunhiu assim que se levantou e sentiu sua cabeça girar.

Ler a mente humana, se tornava algo bem fácil para ela, mas também muito mais doloroso. Chegando muitas vezes a sentir fortes enxaquecas ou dores que a atormentavam por dias, e quem dera se fosse só isso, se já não bastasse as dores ainda tinha que lidar com os sentimentos que insistiam em invadir sua mente. Eram como agueiros que a puxavam em direção ao mar e a distanciavam cada vez mais para longe da superfície. Ainda desnorteada, ouviu barulhos começarem no andar de cima e, logo em seguida o chuveiro sendo desligado e a porta ser aberta. Resmungou para si mesma, antes de começar a andar para cima, chegando no último degrau, parou, escutando. Podia ouvir passos adiante. O corredor estava claro, havia apenas três portas, porem era a do final do corredor que a chamou atenção. Esta última estava fechada. Tentando manter a calma bateu na porta escutando um resmungo vindo do lado de dentro.

-Você fez de novo Nicolas, que merda! Já falamos sobre isso – Resmungou pronta para descarregar toda a sua frustração, porem assim que a porta foi aberta e viu seu irmão aparecer completamente coberto por machucados, sua preocupação se tornou mais forte que sua raiva – O que aconteceu com você?

-Em primeiro lugar, precisei matar aqueles dois, você deve ter visto... – Sussurrou se escorando no batente da porta, não queria demonstrar suas dores e preocupar ainda mais sua irmã - Eles me viram chegar todo machucado e por alguma razão carregavam uma arma e você sabe o risco que estamos correndo aqui – Nicolas encarou sua irmã, passando por ela. Porem antes que chegasse nas escadas, sentiu seu braço ser segurado.

-O que realmente aconteceu?

Com olhos desolados, Nicolas suspirou puxando a mais nova para um abraço.

-Eu estou bem, não precisa chorar – Sussurrou assim que escutou os resmungos chorosos preencherem o rosto da mais nova. – Não queria preocupa-la, pois não tinha certeza até que eu o vi.

-O que? – Olivia se afastou e viu os olhos de seu irmão se tornarem sombrios

-Ele está aqui, deve ter nos seguido...

-Não! impossível

Olivia negou com a cabeça se afastando. Suas mãos começaram a tremer e provavelmente teria arrancado alguns fios de cabelo se Nicolas não a tivesse segurado pelos ombros

-Eu também achei que era impossível, mas lá estava ele e isso não é a pior parte – Sussurrou, recebendo um olhar confuso de sua irmã. – Ele as encontrou Olivia... chegou ate mesmo a lutar com elas, tive que intervir ou poderia ter sido bem pior

-Não! isso não deveria acontecer, tivemos cuidado para esconder o rastro delas até fomos para a mesma faculdade para ficar de olho caso algo desse errado – Retrucou em completa negação. Sentindo o estômago revirar, ela passou os olhos por todo o corredor. Suas mãos tremiam e os sentimentos se misturavam, e quando se deu conta de que não aguentaria por muito tempo a raiva que crescia em seu peito, se virou para o outro lado onde deixou suas mãos socarem a parede recém pintada. - PORRA! PORRA!